Quem sou eu

Minha foto
Blog para apresentação de textos e desenvolvimento de práticas relacionadas à produção, manipulação, seleção, gerenciamento e divulgação de trabalhos de confecção de textos dos alunos e alunas do Professor Dr. Erivelto Reis, mediador, orientador e coordenador das atividades desenvolvidas no Blog, que tem um caráter experimental. Esse Blog poderá conter textos em fase de confecção, em produção parcial, em processo de revisão e/ou postados por alunos em fase de adaptação à seleção de conteúdo ou produção de textos literários.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Aluna Renata Tavares do 7º Período manhã do Curso de Letras/Literaturas das FIC/RJ escreve um lindo poema.














CAFÉ AMARGO
Renata Tavares

O que o mundo quer?
Café
Com açúcar ou sem?
Adoçante diet
Bala perdida
Criança desnutrida
Gente pelada
Gente irritada
Gente estagnada
Gente sem nada
O que o mundo quer?
Fazer sucesso virtual
Não trabalhar
Não estudar
Só relaxar
Postar ilusão
Brigar pela razão
E o compartilhar do pão?
Wi-Fi?
Duas cidades foram destruídas
E as guerras sem medidas?
Violência...
O que será de nossas vidas?
Café?
Com açúcar ou sem?
Café amargo
Não gosto
Não tem escolha
Bebe logo




ALUNAS 2018.1 MANHÃ CRIAM NOVOS FINAIS ALTERNATIVOS PARA O CONTO "VENHA VER O PÔR-DO-SOL", DE LYGIA F. TELLES


Giullia Laynes Longo
Letras - Português/Inglês    
1º Período

 












Victoria Lima Lopes Brandão 

Curso: Letras- Inglês 
Período: 1° 


ADRIELEN NORRANY FRANÇA DOS SANTOS
Curso:Letras-Inglês_ Turno:Matutino


MUCIA DE OLIVEIRA LAURIA CORRÊA                            
Curso:Letras-Inglês_ Turno:Matutino

2018.1 - Manhã.

VENHA VER A LUA CHEIA


 Giullia Laynes Longo

Ricardo caminhava pelas ruas, já não estava mais perto do cemitério, nem das crianças que brincavam por longe, ele estava em uma floresta. Era noite de lua cheia, precisava se alimentar, não podia se contiver. De longe, sentiu o cheiro de sua presa, era um cervo filhote, aquela não fora a noite mais feliz na vida do animal.
Na manhã seguinte, o rapaz volta ao local em que prendeu Raquel, seu peito preenchido com culpa. Já não se ouviam mais os gritos de antes, mas enquanto se aproximava, um grito de socorro foi ouvido.
A voz era rouca, quase sem esperança.
– Me ajudem!
Ele estava trêmulo, arrependido.
– Raquel?
Houve um estrondo na porta da catacumba, era a moça batendo na mesma incessantemente, em desespero.
– Ricardo! Por favor, me tira daqui, eu faço o que quiser! Por favor.
– Você vai fugir de mim, de novo. Eu não posso aguentar isso.
Raquel soluçava de pavor.
– Por que isso? Você não pode me deixar aqui até a minha morte. Você me amou se lembra?
– Na verdade, eu ainda te amo.
– Como me ama, Ricardo? Deixou-me nessas condições por um dia. Não pode ser uma forma de demonstrar amor. O meu marido sim me ama, ele deve estar me procurando, a minha família inteira deve estar.
Sua fala foi interrompida com um grunhido do homem, seguido de um chute na porta.
– Eu fiz isso pra te proteger.
A voz de Raquel continuava trêmula.
– Me proteger de que? Eu sei me cuidar, não há explicações pro que você fez, a não ser pura crueldade. Por favor, me tire daqui.
Agora ele se pôs a chorar.
– De mim! Eu não posso te transformar, não quero que seja como eu.
– Está louco? Do que está falando?
Cansado de explicações, Ricardo pegou a chave da catacumba e abriu a tranca da mesma, mas não completamente.
– Não fuja. Apenas veja.
Sua camisa estava ensanguentada, a moça entrou em prantos quando viu a carcaça do animal morto a uns metros do homem.
– O que você fez? O que é isso? É um veado? Ricardo, você é doente! Deixe-me ir, estou com medo.
O mesmo negou com a cabeça e suspira, deixando algumas lágrimas escaparem e tentando falar em meio ao choro.
– Para me alimentar! Não tinha outra forma, não posso mais esconder de você...
– Não pode ser! Isso não existe. Que tipo de brincadeira é essa? Isso não tem graça, você passou dos limites. Quero sair daqui.
Ele deixou uma risada sem humor escapar.
– Brincadeira... Acha que estou brincando, Raquel?
O olhar incrédulo dela quase o matou.
– Você é um... Vampiro? Isso não existe! Não pode ser.
Ele riu debochado, negou com a cabeça e sussurrou algumas palavras inaudíveis antes de responder.
– Se você prefere chamar assim...
Ela o empurrou com força, mas não conseguiu escapar, o rapaz suspirou algumas vezes e voltou a encara - lá
– Eu não posso te deixar aqui... Eu amo você, Raquel, eu quero te proteger, eu não quero te morder e te transformar, não quero que seja como eu –  falava sem parar com olhar de culpa – você... Perdoa-me, por favor – sua voz parecia um murmúrio.
Ela não dizia mais nada, apenas o olhou aterrorizada.
– Eu te peço perdão. – ele nem mais a encarava, apenas olhava para o chão.
O que Raquel, com medo, não notou era que o rapaz não estava mais fazendo força contra a porta da catacumba, ela podia escapar, estava livre.
Com cuidado a moça abriu a porta o suficiente para poder passar, enquanto Ricardo voltou a lhe encarar, ainda sem pronunciar um sequer som.
Raquel correu. Correu até parar de pensar, até perder o ar, já estava bem longe.
Ele a deixou escapar. Não podia fazer isso, já que realmente a amava. O que a jovem fazia no coração dele era inexplicável, ele não podia mais esconder tamanho segredo dela.
Para Ricardo o amor era sinônimo de posse. E era como ter alguém só pra ele. Entretanto, seu coração o mostrou o contrário, tal sentimento não pode ser egoísta. O amor é livre, não pode ser forçado. Deixar ir é uma forma de amar.


* * *

Boa noite professor, obrigada por esse convite de publicar meu trabalho em seu blog, me sinto lisongeada! Só faz eu querer mais ainda mudar para literatura rs

Desde já obrigada mais uma vez. 

Att. 
Victoria Lima Lopes Brandão 
Matrícula:18010201 
Curso: Letras- Inglês 
Período: 1° 


Texto de Victoria Lima Lopes Brandão 


“Enquanto isso, Raquel tentando achar alguma forma de fugir, cansada de gritar, ela começa a procurar a mísera capela para ver se consegue encontrar alguma enxada ou algo que faça a arrombar a porta e fugir. E a hora foi passando, ela se cansa do, acaba adormecendo em cima de uma bancada bem antiga onde eram colocados os caixões para ser velados. E ao acordar desesperada ela diz: 
Meu Deus, preciso sair daqui, estou morrendo de fome, essa brincadeira cretina que Ricardo fez, tudo porque terminei com ele para ficar com alguém melhor, ele nunca aceitou isso. 
Ricardo por sua vez, voltou a sua rotina, como se nada estivesse acontecido, Raquel tentando sobreviver naquele local, sem comida, sem banho, sem água, sem comunicação alguma. Foi aí que Raquel começou a procurar novamente algo para tentar arrombar a porta, aí então encontrou uma pá, daquelas bem antigas que previa que era utilizada pelos funcionários para cavar o chão para colocá-lo o caixão. Ela então começou a bater na porta tentando abrir-la, derrepente, a surpresa, a portinhola caiu no chão,  abrindo assim, um mísero espaço para fugi-la, ela conseguiu sair, mas percebeu que ao sair escutou um ruído de passos próximos, ficou recuada, e voltou, e posicionou a portinhola no mesmo lugar, passando alguns minutos ela escuta uma voz que fala: 
Raquel? Raquel?  
Ela fica bem quietinha pois já sabe que és Ricardo, não responde por medo dele fazer algo pior com ela. Ricardo então deixa um sanduíche e uma garrafa de suco encostado à parede perto da entrada. 
Depois, ele sai bem contente e acreditado que Raquel teria morrido. Raquel esperou um tempo para poder abrir novamente e poder fugir. Então, ela consegue sair, porém é incapaz de comer e beber o que Ricardo deixou e diz com um sorriso sarcástico: 
Esse cretino ainda me pague, quem verá o pôr-do-sol é ele. 
Ela espera então a noite cair para poder fugir, para que ninguém perceba ela deixa tudo no mesmo lugar, deixando apenas uma pista misteriosa, deixa seu salto ao lado do lanche que Ricardo colocara na tarde passada. 
Raquel então segue à caminho de uma casa na descida da ladeira próximo ao cemitério para que possa ver se Ricardo voltaria ou não ao recinto, foi aí que encontrou Dona Zélia, uma moça que morava próximo ao cemitério que estava sentada no portão quando Raquel passava em frente, e perguntou-lhe: 
Boa noite senhora, será que teria como eu passar umas noites em sua casa? 
Dona Zélia, bem sucinta responde:
Claro, quantas quiser.
Na manhã seguinte, Raquel voltou ao cemitério e percebeu que estava tudo conforme tinha deixado na noite anterior, voltou-se então para casa de Dona Zélia, na parte da tarde ficou observando pela janela quem estava passando a rua, foi então que por volta das 15:00, Ricardo passa em direção ao cemitério com uma corda bem grande, em suas mãos, Raquel ao ver fica assustada e sai da janela e fica reflexiva imaginando para que serviria essa corda, fica com medo, desce as escadas da casa de Dona Zélia correndo, pega uma faca e vai atrás de Ricardo sem que ele perceba, chegando lá, ele fica assustado ao ver que o sapato se encontra lá e a portinhola se encontra quebrada decide entrar, quando entra percebe que está tudo no seu devido lugar, quando se retira, Raquel está a sua frente com a faca na mão diz: 
agora chegou a sua hora de ver o pôr do sol seu cretino
Ricardo arregala os olhos, fica pasmado e diz: 
Não faça isso, eu só fiz isso porque eu te amava 
Raquel vai chegando mais perto dele e diz:
Me amava? Ah Ricardo, me poupe, você me traz a um cemitério abandonado, inventa mil mentiras para mim, programa a minha morte e ainda vem dizer que me ama? 
Ricardo então não consegue dizer nada só percebe que suas rugas aparecem e começa a chorar 
Raquel observando aquilo, vê que Ricardo coloca a corda na trepadeira que fica em frente à capela e pergunta à ele o motivo da corda estar ali 
Ele responde: 
Então meu anjo, eu achei que você já tinha visto o por do sol, decide então ver o pôr do sol junto a ti. 
Ela então bem furiosa diz: 
Seu idiota, que pôr do sol o que, o único que virá o pôr do sol aqui é você, lasca se então a faca em seu peito, deixando então Ricardo no chão jogado. Instantes depois ela se dá conta de que matou Ricardo, começa a chorar pensando no que tinha feito e teve a ideia de se matar, chega até a corda, espera o fim da tarde vir, se enforca e se suicida."

                                  * * *




ADRIELEN NORRANY FRANÇA DOS SANTOS

                                                       Curso:Letras-Inglês_ Turno:Matutino
                                            



DESCANSO DOS SEUS MORTOS



...Crianças ao longe brincavam de roda. Não se ouvia nada além do som da infância.
– Meu Deus! Eu não consigo acreditar ,como Ricardo pôde fazer isso comigo? – Gritou sentada no chão com a companhia de ratazanas já envelhecidas. E, de lá, finalmente, viu o pôr do sol que a sentenciou.

Ao raiar de um dia, uma voz bem de longe ecoava pelo Jazigo.

– Raquel, Raquel! Onde está você? – Porém Raquel não tinha forças para responder, já estava há quatro dias trancafiada naquele lugar podre sem qualquer comida ou bebida. Apenas esperando seu corpo sucumbir de vez.

– Ah! Aí está minha doce menina! – Era Ricardo com seu olhar apertado, dotado de cinismo e malvadez. – Raquel, como você está abatida... Nem parece aquela mulher de fina pompa... Aconteceu algo?

Raquel se sentou com o que lhe tinha restado de forças, junto às ratazanas, olhou para ele e disse:

– Ricardo, me tira daqui. Prometo ficar com você... Só me ti...

Ela desmaiou. Ricardo, então, jogou-a nos ombros e a carregou até uma velha cabana do cemitério. Deu água, comida e medicamentos a ela. Ele ainda nutria uma paixão. Doentia, porém paixão. Ao cabo de dois dias e meio, ela despertou.

– Onde estou? O que você fez comigo, seu idiota! Leva-me para casa!

– Raquel, sua casa é onde estou. – Falou Ricardo serenamente.

Ele a manteve em cativeiro por quatro anos e, durante esse período, fazia sexo com ela semanalmente sem qualquer consentimento. Ela engravidou seis vezes, e cinco ele assassinou. Restou um. Esse ela conseguiu fazer vingar. Salvatore, que significa salvador.

– Família, o jantar já está na mesa. – Ricardo havia preparado a refeição do dia.

Os três sentaram à velha mesa. Ricardo engasgou com uma azeitona. Foi ficando roxo, saltaram os olhos. Clamava por água. Por qualquer ajuda. Raquel pegou Salvatore no colo e olhou firmemente para Ricardo. Um olhar de alívio e vingança.

– Quem diria, Ricardo... Finalmente!

Ela correu com seu bebê em direção a cidade. Encontrou com policiais e lhes contou todo o ocorrido. As autoridades se dirigiram à cabana. E, agora, Ricardo descansa com seus mortos no mesmo jazigo. 


                                      * * *

VENHA VER O PÔR-DO-SOL (LIGYA FAGUNDES)
Resenha acadêmica por:

ALUNA: MUCIA DE OLIVEIRA LAURIA CORRÊA      

Curso/Habilitação: Letras-Inglês
Turno: manhã 1º período

O PODER DA VINGANÇA E DO PERDÃO



Ricardo ouve a voz de sua ex-namorada pela última vez: -Não!
Ele pensava não ter ninguém além deles no cemitério, mas havia uma equipe de coveiros, em uma parte mais distante do local, aguardando um caminhão, chamado por O Destruidor, que era utilizado para destruir caixões muitos antigos, como por exemplo, o da falsa prima do rapaz vingativo, que nascera em 1800.  E, foi este veículo que causou o estrondo. Um dia antes, a prefeitura da cidade voltou a reformar o lugar por não haver outro pelas redondezas.
Quando a menina se deu conta que estava viva após seu grito, com sua esperança renascida, começou a clamar incessantemente: - Socorro, socorro (enquanto isso, ela se arrependia do que fizera a Ricardo)! Por favor, tirem-me daqui! Estou presa! Um dos trabalhadores ouviu o grito desesperador da moça quando o silencio retornou, disse: - O que é isso? Alguém está em perigo! Eles saíram correndo para ajudar.
Assim que conseguiram localizar de onde viera o pedido de ajuda, eles entraram na capela e viram que a porta estava trancada e, por não terem a chave, o grupo de rapazes arrombou a porta. - Você está bem? Disse o rapaz, que ouvira o clamor da menina. - Sim, agora estou bem! Muito obrigada por me ajudar. Meu ex-namorado me prendeu aqui por vingança. Disse Raquel. - Você precisa ir à delegacia! E se tivesse acontecido algo pior a você? Perguntou o moço. - É estranho, mas ele teve motivos. Disse ela dando razão a Ricardo. – Deixem-me ir! Mais uma vez agradeço a todos vocês! Ela saiu correndo.
Então, a jovem foi à casa dele. Quando Ricardo atende e a vê fica pálido. – Você? Mas... como você saiu de lá? Disse ele: - Um grupo de coveiros me ajudou. Por aqueles instantes, eu pensei muito no que aconteceu e percebi que eu humilhei a quem me amava de verdade e seu amor tornou-se ódio. Até eu estou com raiva de quem me tornei. Eu quero te pedir perdão por tudo! Raquel o abraçou e foi embora. Ele, por sua vez, ficou aliviado porque viu que ela estava bem e que não foram aos policiais que o procuraram. Caiu de joelhos no chão em prantos. “O que a vingança me induziu a fazer”? Ele pensou.
            Passados dois meses, o casal de ex-namorados se perdoaram e voltaram a se relacionar como amigos. Ela decidiu deixar a ostentação de lado e rompeu com o namorado atual, já que não se gostavam. Ricardo, por sua vez, passou a fazer terapias com um psicólogo, pois se arrependeu da atitude movida pela vingança, na tentativa de um dia poder ser perdoar.

          O perdão é a cura para todos os males no coração de quem a vingança fez morada.   

                              * * *
Nome: Isabelle de Moraes Rohem 
Primeiro período do curso de Pedagogia
(Foto da aluna não fornecida)
         Final alternativo para o texto: Venha ver o pôr do sol- Lygia Fagundes.

Quando Ricardo foi se distanciando, o atual  namorado de Raquel, entrava no cemitério. Ele tinha seguido Raquel, pois há um tempo estava desconfiado do amor e fidelidade  dela. Com tanta desconfiança, ele não conseguia mensurar o perigo que Raquel e ele poderia está passando naquele lugar sombrio, então ele seguia caminhando vagarosamente pelo cemitério, e observando cada detalhe. No momento que ele começou escutar gritos de socorro e promessas, se atentou na voz, que parecia muito com a voz de Raquel, sua amada, ele foi se aproximando do local de onde vinha os gritos, conforme se aproximava, mais ele tinha certeza que era Raquel que fazia as juras de amor para Ricardo e que entre uma promessa e outro, gritava por socorro.
 O atual namorado de Raquel se aproximava da catacumba para olhar pela fechadura e saber o que realmente estava acontecendo, Raquel escutando os passos gritava e implorava cada vez mais por Ricardo, dizia que o interesse dela pelo o atual namorado era financeiro mas quem ela amava mesmo era Ricardo, e que era ao lado de Ricardo que ela estava decidida a viver. Se sentindo hostilizado, sem dar uma palavra, o atual namorado de Raquel, resolve abrir a catacumba. Raquel olha assutada para o atual namorado e diz:
-Você?
E ele responde:
-Sim,Raquel, sou eu! E seria eu que te tiraria dessa situação, pois foi eu quem te jurou amor, mas você preferiu me trair, preferiu ficar comigo por interesse no meu dinheiro, e amar aquelezinho que foi capaz de...

Com fala ofegante, ele tira a arma da cintura e mira em Raquel, que em soluços implora para que ele não atire, mas ele, vencido pelo ódio; e, simultaneamente, pelo amor, não dá ouvidos aos pedidos de Raquel e atira nela e também atira em sua própria garganta, caindo assim em cima do corpo de sua amada.

                                   * * *
GABRIELLA PEREIRA BRAGA

Pedagogia/1º Período – Turno: Manhã
(Foto não fornecida)

BRINCADEIRA DE CRIANÇA
Maria, uma das crianças da roda de seis anos de idade, ao ouvir os gritos da pobre mulher indefesa dentro da capelinha com os antigos e decompostos corpos, motivou seus amigos para irem juntos salvá-la de terrível fim de seu destino.
Quanto mais que se aproximavam, Maria e seus três companheiros Álex de três anos, Bruna de cinco anos e Fernando de sete anos, começavam a ouvir mais intensamente os clamores de desespero da vítima daquele lugar frio e impetuoso.
Chegando lá, foram em direção ao som e acharam uma janela com grades e ao olharem por ela não se via nada mais que os olhinhos minguados e entristecidos de Raquel.
_Qual seu nome?
Perguntou Fernando.
_Me chamo Raquel. Ajudem-me a sair daqui! Gritou Raquel quase perdendo o fôlego...
_Foi o moço que te prendeu aqui, né? Questionou Maria irritada com a situação.
_Foi! Aquele cretino e infeliz... Cof! Cof! Sua tosse interrompeu seu discurso de voz rouca e sem vigor. Ao continuar, disse:
 _Achem um jeito de me fazer escapar daqui! Bater papo não vai me levar a lugar nenhum, crianças! Disse Raquel já cansada e ansiosa por um escape.
_Vamos chamar a mamãe Bruna. Ela sabe muita coisa. Pediu Álex com a intenção de ajudar.
_A nossa mãe não vai acreditar na gente Arthur, vai achar que estamos inventando que o namorado da moça prendeu ela! Sabe como são os adultos. Respondeu Bruna.
_Tá, e o que vocês vão fazer? Ficar olhando eu morrer aos poucos neste local onde mal entra ar para que eu possa respirar? Disse Raquel tentando convencer os pequenos a pensarem em algo rapidamente.
_Podemos ir até a Polícia dizer que você ta presa aqui. Tem uma delegacia aqui perto da esquina. Lembrou Maria entusiasmada.
_Ótimo! Façam isso! Disse Raquel.
No mesmo instante saíram correndo os quatro, rumo à Delegacia do bairro. Ao retornarem, os policiais arrombaram a porta, chamaram por Raquel e socorreram-na e ao convidá-la para depor sobre o caso, ela negou dizendo:
_Não! Não o meu Ricardo! Ele não merece ser preso! Apesar de ele ter me prendido naquele lugar, eu sei que foi só uma bobagem do feitio dele...
 _Senhorita, está tudo bem! Não precisa ter medo de denunciá-lo. O que seu namorado fez foi um crime!”Explicou o policial Souza Torres.
_Ele não é meu namorado! Mas, é... O senhor está certo, tem razão. Onde eu estava com a cabeça? Ricardo vai ser preso porque a Lei está do meu lado!
_Ricardo? Perguntou Álex.
_É, Ricardo. Por quê? Perguntou Raquel.
_Ricardo é o nosso pai. Respondeu Bruna e Álex simultaneamente.
 _E quem vocês acham que Ricardo irá aprisionar quando se tornarem adolescentes? Perguntou Raquel convicta de sua resposta.