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Blog para apresentação de textos e desenvolvimento de práticas relacionadas à produção, manipulação, seleção, gerenciamento e divulgação de trabalhos de confecção de textos dos alunos e alunas do Professor Dr. Erivelto Reis, mediador, orientador e coordenador das atividades desenvolvidas no Blog, que tem um caráter experimental. Esse Blog poderá conter textos em fase de confecção, em produção parcial, em processo de revisão e/ou postados por alunos em fase de adaptação à seleção de conteúdo ou produção de textos literários.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Poemas da Aluna Jubiatana Mello - 1º período do Curso de Letras - Noite

O cabelo que vive em mim
Jubiatana Mello

 
Meu cabelo crespo gosta de crescer
Gosta de se enroscar e me envolver
Uma flor vermelha para enfeitar
Esse cabelo crespo que não quero pentear

Mamãe briga comigo,
Diz que preciso dar um jeito no meu pixaim
As amigas dizem que devo alisar
Todos acham que podem sobre o meu cabelo opinar

Se me enxergassem como eu me enxergo
Veriam que ele é lindo
Muito mais que um cabelo rebelde
É minha história personificada
Minha herança abençoada!

Eu e meu cabelo somos um só
Vivemos em harmonia e liberdade
Sem ele eu seria apenas singularidade
Seguindo a ditadura da beleza e da igualdade

Prefiro meus fios soltos e ondulados
Poder sentir o vento descabelando minha cabeleira
Prefiro ser eu mesma,
Negra e brasileira!

Jubiatana Mello
31/05/12


Não me julgues assim
Jubiatana Mello

Não me julgues pela capa,
Isto de fora é apenas uma carcaça
Que um dia irá aos poucos
Se desfazer

Não penses que sou só isto
Não me resumas assim
Não cometas este erro
De me julgar pelo que não vês

Eu seria um grão de areia
Na imensidão de um deserto
Se eu fosse somente
Esse meu externo

Não posso e não quero,
E não serei só uma capa
Eu me nego a me reduzir
A esse tipo de definição

Jamais poderás definir
O que teus olhos não podem enxergar
Jamais poderás atingir
O que tuas mãos não podem tocar

Sendo eu mais que essa carcaça colorida
Pintada com uma cor qualquer,
Delineada com uma forma exclusiva,
Talvez torta, mas intrínseca
Não posso ser apenas isto que teus olhos podem alcançar

Sou maior que tudo que externalizo
Sou infinita no meu interior
Sou pessoa com alma boa
Isso sim, me faz ter valor.

Jubiatana Mello
06/06/12

Poeminha da igualdade

Se um dia me perguntares qual é a minha raça,
Direi: humana
Se um dia me perguntares qual é a minha cor,
Direi: sou um arco-íris
E se mesmo assim lhe restar alguma dúvida,
Direi: por debaixo dessa capa colorida, sou gente!

Jubiatana Mello
31/05/12


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