Alunos da FEUC 2013.1 criam final alternativo para conto de Lygia Fagundes Telles
Um conto de Lygia Fagundes Telles
VENHA VER O PÔR-DO-SOL
TELLES, Lygia Fagundes. Venha ver o pôr-do-sol. In: ______. Mistérios. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981. p. 203-212.
TELLES, Lygia Fagundes. Venha ver o pôr-do-sol. In: ______. Mistérios. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981. p. 203-212.
Ela subiu sem pressa a tortuosa ladeira. À medida que avançava, as casas iam rareando, modestas casas espalhadas sem simetria e ilhadas em terrenos baldios. No meio da rua sem calçamento, coberta aqui e ali por um mato rasteiro, algumas crianças brincavam de roda. A débil cantiga infantil era a única nota viva na quietude da tarde.
Ele a esperava encostado a uma árvore. Esguio e magro, metido num largo blusão azul marinho, cabelos crescidos e desalinhados, tinha um jeito jovial de estudante.
– Minha querida Raquel.
Ela encarou-o, séria. E olhou para os próprios sapatos.
– Veja que lama. Só mesmo você inventaria um encontro num lugar destes. Que idéia, Ricardo, que idéia! Tive que descer do táxi lá longe, jamais ele chegaria aqui em cima.
Ele riu entre malicioso e ingênuo.
–Jamais? Pensei que viesse vestida esportivamente e agora me aparece nessa elegância! Quando você andava comigo, usava uns sapatões de sete léguas, lembra?
–Foi para me dizer isso que você me fez subir até aqui? – perguntou ela, guardando as luvas na bolsa. Tirou um cigarro. – Hein?!
–Ah, Raquel... – e ele tomou-a pelo braço. Você está uma coisa de linda. E fuma agora uns cigarrinhos pilantras, azul e dourado... Juro que eu tinha que ver ainda uma vez toda essa beleza, sentir esse perfume. Então? Fiz mal?
–Podia ter escolhido um outro lugar, não? – Abrandara a voz. – E que é isso aí? Um cemitério?
Ele voltou-se para o velho muro arruinado. Indicou com o olhar o portão de ferro, carcomido pela ferrugem.
–Cemitério abandonado, meu anjo. Vivos e mortos, desertaram todos. Nem os fantasmas sobraram, olha aí como as criancinhas brincam sem medo acrescentou apontando as crianças na sua ciranda.
Ela tragou lentamente. Soprou a fumaça na cara do companheiro.
–Ricardo e suas idéias. E agora? Qual o programa?
Brandamente ele a tomou pela cintura.
–Conheço bem tudo isso, minha gente está, enterrada aí. Vamos entrar um instante e te mostrarei o pôr-do-sol mais lindo do mundo.
Ela encarou-o um instante. Envergou a cabeça para trás numa risada.
–Ver o pôr-do-sol!... Ali, meu Deus... Fabuloso, fabuloso!... Me implora um último encontro, me atormenta dias seguidos, me faz vir de longe para esta buraqueira, só mais uma vez, só mais uma! E para quê? Para ver o pôr-do-sol num cemitério...
Ele riu também, afetando encabulamento como um menino pilhado em falta.
–Raquel, minha querida, não faça assim comigo. Você sabe que eu gostaria era de te levar ao meu apartamento, mas fiquei mais pobre ainda, como se isso fosse possível. Moro agora numa pensão horrenda, a dona é uma Medusa que vive espiando pelo buraco da fechadura...
–E você acha que eu iria?
–Não se zangue, sei que não iria, você está sendo fidelíssima. Então pensei, se pudéssemos conversar um pouco numa rua afastada... _ disse ele, aproximando-se mais.
Acariciou-lhe o braço com as pontas dos dedos. Ficou sério. E aos poucos, inúmeras rugazinhas foram-se formando em redor dos seus olhos ligeiramente apertados. Os leques de rugas se aprofundaram numa expressão astuta. Não era nesse instante tão jovem como aparentava. Mas logo sorriu e a rede de rugas desapareceu sem deixar vestígio. Voltou-lhe novamente o ar inexperiente e meio desatento. _ Você fez bem em vir.
–Quer dizer que o programa... E não podíamos tomar alguma coisa num bar?
–Estou sem dinheiro, meu anjo, vê se entende.
–Mas eu pago.
–Com o dinheiro dele? Prefiro beber formicida. Escolhi este passeio porque é de graça e muito decente, não pode haver um passeio mais decente, não concorda comigo? Até romântico.
Ela olhou em redor. Puxou o braço que ele apertava.
–Foi um risco enorme, Ricardo. Ele é ciumentíssimo. Está farto de saber que tive meus casos. Se nos pilha juntos, então sim, quero só ver se alguma das suas fabulosas ideias vai me consertar a vida.
–Mas me lembrei deste lugar justamente porque não quero que você se arrisque, meu anjo. Não tem lugar mais discreto do que um cemitério abandonado, veja, completamente abandonado – prosseguiu ele, abrindo o portão. Os velhos gonzos gemeram. – Jamais seu amigo ou um amigo do seu amigo saberá que estivemos aqui.
–É um risco enorme, já disse. Não insista nessas brincadeiras, por favor. E se vem um enterro? Não suporto enterros.
Mas enterro de quem? Raquel, Raquel, quantas vezes preciso repetir a mesma coisa?! Há séculos ninguém mais é enterrado aqui, acho que nem os ossos sobraram, que bobagem. Vem comigo, pode me dar o braço, não tenha medo.
O mato rasteiro dominava tudo. E não satisfeito de ter-se alastrado furioso pelos canteiros, subira pelas sepulturas, infiltrara-se ávido pelos rachões dos mármores, invadira as alamedas de pedregulhos esverdinhados, como se quisesse com sua violenta força de vida cobrir para sempre os últimos vestígios da morte. Foram andando pela longa alameda banhada de sol. Os passos de ambos ressoavam sonoros como uma estranha música feita do som das folhas secas trituradas sobre os pedregulhos. Amuada mas obediente, ela se deixava conduzir como uma criança. Às vezes mostrava certa curiosidade por uma ou outra sepultura com os pálidos, medalhões de retratos esmaltados.
–É imenso, hein? E tão miserável, nunca vi um cemitério mais miserável, que deprimente – exclamou ela, atirando a ponta do cigarro na direção de um anjinho de cabeça decepada. – Vamos embora, Ricardo, chega.
–Ali, Raquel, olha um pouco para esta tarde! Deprimente por quê? Não sei onde foi que eu li, a beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio-tom, nessa ambigüidade. Estou-lhe dando um crepúsculo numa bandeja, e você se queixa.
–Não gosto de cemitério, já disse. E ainda mais cemitério pobre.
Delicadamente ele beijou-lhe a mão.
–Você prometeu dar um fim de tarde a este seu escravo.
–É, mas fiz mal. Pode ser muito engraçado, mas não quero me arriscar mais.
–Ele é tão rico assim?
–Riquíssimo. Vai me levar agora numa viagem fabulosa até o Oriente. Já ouviu falar no Oriente? Vamos até o Oriente, meu caro...
Ele apanhou um pedregulho e fechou-o na mão. A pequenina rede de rugas voltou a se estender em redor dos seus olhos. A fisionomia, tão aberta e lisa, repentinamente escureceu, envelhecida. Mas logo o sorriso reapareceu e as rugazinhas sumiram.
–Eu também te levei um dia para passear de barco, lembra?
Recostando a cabeça no ombro do homem, ela retardou o passo.
–Sabe, Ricardo, acho que você é mesmo meio tantã... Mas apesar de tudo, tenho às vezes saudade daquele tempo.
Que ano aquele! Quando penso, não entendo como agüentei tanto, imagine, um ano!
–É que você tinha lido A Dama das Camélias, ficou assim toda frágil, toda sentimental. E agora? Que romance você está lendo agora?
–Nenhum – respondeu ela, franzindo os lábios. Deteve-se para ler a inscrição de uma laje despedaçada: minha querida esposa, eternas saudades – leu em voz baixa. Pois sim. Durou pouco essa eternidade.
Ele atirou o pedregulho num canteiro ressequido.
–Mas é esse abandono na morte que faz o encanto disto. Não se encontra mais a menor intervenção dos vivos, a estúpida intervenção dos vivos. Veja – disse apontando uma sepultura fendida, a erva daninha brotando insólita de dentro da fenda –, o musgo já cobriu o nome na pedra. Por cima do musgo, ainda virão as raízes, depois as folhas... Esta a morte perfeita, nem lembrança, nem saudade, nem o nome sequer. Nem isso.
Ela aconchegou-se mais a ele. Bocejou.
–Está bem, mas agora vamos embora que já me diverti muito, faz tempo que não me divirto tanto, só mesmo um cara como você podia me fazer divertir assim. – Deu-lhe um rápido beijo na face. – Chega, Ricardo, quero ir embora.
–Mais alguns passos...
–Mas este cemitério não acaba mais, já andamos quilômetros! – Olhou para trás. –Nunca andei tanto, Ricardo, vou ficar exausta.
–A boa vida te deixou preguiçosa? Que feio – lamentou ele, impelindo-a para a frente. – Dobrando esta alameda, fica o jazigo da minha gente, é de lá que se vê o pôr-do-sol. Sabe, Raquel, andei muitas vezes por aqui de mãos dadas com minha prima. Tínhamos então doze anos. Todos os domingos minha mãe vinha trazer flores e arrumar nossa capelinha onde já estava enterrado meu pai. Eu e minha priminha vínhamos com ela e ficávamos por aí, de mãos dadas, fazendo tantos planos. Agora as duas estão mortas.
–Sua prima também?
–Também. Morreu quando completou quinze anos. Não era propriamente bonita, mas tinha uns olhos... Eram assim verdes como os seus, parecidos com os seus. Extraordinário, Raquel, extraordinário como vocês duas... Penso agora que toda a beleza dela residia apenas nos olhos, assim meio oblíquos, como os seus.
–Vocês se amaram?
–Ela me amou. Foi a única criatura que... Fez um gesto. – Enfim, não tem importância. Raquel tirou-lhe o cigarro, tragou e depois devolveu-o.
–Eu gostei de você, Ricardo!
–E eu te amei. E te amo ainda. Percebe agora a diferença?
Um pássaro rompeu cipreste e soltou um grito. Ela estremeceu.
–Esfriou, não? Vamos embora.
–Já chegamos, meu anjo. Aqui estão meus mortos.
Pararam diante de uma capelinha coberta: de alto a baixo por uma trepadeira selvagem, que a envolvia num furioso abraço de cipós e folhas. A estreita porta rangeu quando ele a abriu de par em par. A luz invadiu um cubículo de paredes enegrecidas, cheias de estrias de antigas goteiras. No centro do cubículo, um altar meio desmantelado, coberto por uma toalha que adquirira a cor do tempo. Dois vasos de desbotada opalina ladeavam um tosco crucifixo de madeira. Entre os braços da cruz, uma aranha tecera dois triângulos de teias já rompidas, pendendo como farrapos de um manto que alguém colocara sobre os ombros do Cristo. Na parede lateral, à direita da porta, uma portinhola de ferro dando acesso para uma escada de pedra, descendo em caracol para a catacumba.
Ela entrou na ponta dos pés, evitando roçar mesmo de leve naqueles restos da capelinha.
–Que triste que é isto, Ricardo. Nunca mais você esteve aqui?
Ele tocou na face da imagem recoberta de poeira. Sorriu, melancólico.
–Sei que você gostaria de encontrar tudo limpinho, flores nos vasos, velas, sinais da minha dedicação, certo? Mas já disse que o que mais amo neste cemitério é precisamente este abandono, esta solidão. As pontes com o outro mundo foram cortadas e aqui a morte se isolou total. Absoluta.
Ela adiantou-se e espiou através das enferrujadas barras de ferro da portinhola. Na semi-obscuridade do subsolo, os gavetões se estendiam ao longo das quatro paredes que formavam um estreito retângulo cinzento.
–E lá embaixo?
–Pois lá estão as gavetas. E, nas gavetas, minhas raízes. Pó, meu anjo, pó –murmurou ele. Abriu a portinhola e desceu a escada. Aproximou-se de uma gaveta no centro da parede, segurando firme na alça de bronze, como se fosse puxá-la. – A cômoda de pedra. Não é grandiosa? Detendo-se no topo da escada, ela inclinou-se mais para ver melhor.
–Todas essas gavetas estão cheias?
–Cheias?... Só as que têm o retrato e a inscrição, está vendo? Nesta está o retrato da minha mãe, aqui ficou minha mãe – prosseguiu ele, tocando com as pontas dos dedos num medalhão esmaltado embutido no centro da gaveta.
Ela cruzou os braços. Falou baixinho, um ligeiro tremor na voz.
–Vamos, Ricardo, vamos.
–Você está com medo.
–Claro que não. Estou é com frio. Suba e vamos embora, estou com frio!
Ele não respondeu. Adiantara-se até um dos gavetões na parede oposta e acendeu um fósforo. Inclinou-se para o medalhão frouxamente iluminado.
–A priminha Maria Emília. Lembro-me até do dia em que tirou esse retrato, duas semanas antes de morrer... Prendeu os cabelos com uma fita azul e veio se exibir, estou bonita? Estou bonita?... – Falava agora consigo mesmo, doce e gravemente. – Não é que fosse bonita, mas os olhos... Venha ver, Raquel, é impressionante como tinha olhos iguais aos seus.
Ela desceu a escada, encolhendo-se para não esbarrar em nada.
–Que frio faz aqui. E que escuro, não estou enxergando!
Acendendo outro fósforo, ele ofereceu-o à companheira.
–Pegue, dá para ver muito bem... – Afastou-se para o lado. –Repare nos olhos.
–Mas está tão desbotado, mal se vê que é uma moça...
Antes da chama se apagar, aproximou-a da inscrição feita na pedra. Leu em voz alta, lentamente.
– Maria Emília, nascida em vinte de maio de mil e oitocentos e falecida... – Deixou cair o palito e ficou um instante imóvel. – Mas esta não podia ser sua
namorada, morreu há mais de cem anos ! Seu menti...
Um baque metálico decepou-lhe a palavra pelo meio. Olhou em redor. A peça estava deserta. Voltou o olhar para a escada. No topo, Ricardo a observava por detrás da portinhola fechada. Tinha seu sorriso meio inocente, meio malicioso.
–Isto nunca foi o jazigo da sua família, seu mentiroso! Brincadeira mais cretina! – exclamou ela, subindo rapidamente a escada. – Não tem graça nenhuma, ouviu?
Ele esperou que ela chegasse quase a tocar o trinco da portinhola de ferro. Então deu uma volta à chave, arrancou-a da fechadura e saltou para trás.
–Ricardo, abre isto imediatamente! Vamos, imediatamente! – ordenou, torcendo o trinco. – Detesto este tipo de brincadeira, você sabe disso. Seu idiota! É no que dá seguir a cabeça de um idiota desses. Brincadeira mais estúpida!
Uma réstia de sol vai entrar pela frincha da porta tem uma frincha na porta. Depois vai se afastando devagarzinho, bem devagarzinho. Você terá o pôr-do-sol mais belo do mundo.
Ela sacudia a portinhola.
–Ricardo, chega, já disse! Chega! Abre imediatamente, imediatamente! –Sacudiu a portinhola com mais força ainda, agarrou-se a ela, dependurando-se por entre as grades. Ficou ofegante, os olhos cheios de lágrimas. Ensaiou um sorriso.
–Ouça, meu bem, foi engraçadíssimo, mas agora preciso ir mesmo, vamos, abra...
Ele já não sorria. Estava sério, os olhos diminuídos. Em redor deles, reapareceram as rugazinhas abertas em leque. Boa noite, Raquel...
–Chega, Ricardo! Você vai me pagar!... – gritou ela, estendendo os braços por entre as grades, tentando agarrá-lo.
–Cretino! Me dá a chave desta porcaria, vamos! – exigiu, examinando a fechadura nova em folha.
Examinou em seguida as grades cobertas por uma crosta de ferrugem. Imobilizou-se. Foi erguendo o olhar até a chave que ele balançava pela argola, como um pêndulo. Encarou-o, apertando contra a grade a face sem cor. Esbugalhou os olhos num espasmo e amoleceu o corpo. Foi escorregando.
–Não, não...
Voltado ainda para ela, ele chegara até a porta e abriu os braços. Foi puxando, as duas folhas escancaradas.
– Boa noite, meu anjo.
Os lábios dela se pregavam um ao outro, como se, entre eles houvesse cola. Os olhos rodavam pesadamente numa expressão embrutecida.
–Não...
Guardando a chave no bolso, ele retomou o caminho percorrido. No breve silêncio, o som dos pedregulhos se entrechocando úmidos sob seus sapatos. E, de repente, o grito medonho, inumano:
–NÃO!
Durante algum tempo ele ainda ouviu os gritos que se multiplicaram, semelhantes aos de, um animal sendo, estraçalhado. Depois, os uivos foram ficando mais remotos, abafados como se viessem das profundezas da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano escutaria agora, qualquer chamado. –Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.
Ele a esperava encostado a uma árvore. Esguio e magro, metido num largo blusão azul marinho, cabelos crescidos e desalinhados, tinha um jeito jovial de estudante.
– Minha querida Raquel.
Ela encarou-o, séria. E olhou para os próprios sapatos.
– Veja que lama. Só mesmo você inventaria um encontro num lugar destes. Que idéia, Ricardo, que idéia! Tive que descer do táxi lá longe, jamais ele chegaria aqui em cima.
Ele riu entre malicioso e ingênuo.
–Jamais? Pensei que viesse vestida esportivamente e agora me aparece nessa elegância! Quando você andava comigo, usava uns sapatões de sete léguas, lembra?
–Foi para me dizer isso que você me fez subir até aqui? – perguntou ela, guardando as luvas na bolsa. Tirou um cigarro. – Hein?!
–Ah, Raquel... – e ele tomou-a pelo braço. Você está uma coisa de linda. E fuma agora uns cigarrinhos pilantras, azul e dourado... Juro que eu tinha que ver ainda uma vez toda essa beleza, sentir esse perfume. Então? Fiz mal?
–Podia ter escolhido um outro lugar, não? – Abrandara a voz. – E que é isso aí? Um cemitério?
Ele voltou-se para o velho muro arruinado. Indicou com o olhar o portão de ferro, carcomido pela ferrugem.
–Cemitério abandonado, meu anjo. Vivos e mortos, desertaram todos. Nem os fantasmas sobraram, olha aí como as criancinhas brincam sem medo acrescentou apontando as crianças na sua ciranda.
Ela tragou lentamente. Soprou a fumaça na cara do companheiro.
–Ricardo e suas idéias. E agora? Qual o programa?
Brandamente ele a tomou pela cintura.
–Conheço bem tudo isso, minha gente está, enterrada aí. Vamos entrar um instante e te mostrarei o pôr-do-sol mais lindo do mundo.
Ela encarou-o um instante. Envergou a cabeça para trás numa risada.
–Ver o pôr-do-sol!... Ali, meu Deus... Fabuloso, fabuloso!... Me implora um último encontro, me atormenta dias seguidos, me faz vir de longe para esta buraqueira, só mais uma vez, só mais uma! E para quê? Para ver o pôr-do-sol num cemitério...
Ele riu também, afetando encabulamento como um menino pilhado em falta.
–Raquel, minha querida, não faça assim comigo. Você sabe que eu gostaria era de te levar ao meu apartamento, mas fiquei mais pobre ainda, como se isso fosse possível. Moro agora numa pensão horrenda, a dona é uma Medusa que vive espiando pelo buraco da fechadura...
–E você acha que eu iria?
–Não se zangue, sei que não iria, você está sendo fidelíssima. Então pensei, se pudéssemos conversar um pouco numa rua afastada... _ disse ele, aproximando-se mais.
Acariciou-lhe o braço com as pontas dos dedos. Ficou sério. E aos poucos, inúmeras rugazinhas foram-se formando em redor dos seus olhos ligeiramente apertados. Os leques de rugas se aprofundaram numa expressão astuta. Não era nesse instante tão jovem como aparentava. Mas logo sorriu e a rede de rugas desapareceu sem deixar vestígio. Voltou-lhe novamente o ar inexperiente e meio desatento. _ Você fez bem em vir.
–Quer dizer que o programa... E não podíamos tomar alguma coisa num bar?
–Estou sem dinheiro, meu anjo, vê se entende.
–Mas eu pago.
–Com o dinheiro dele? Prefiro beber formicida. Escolhi este passeio porque é de graça e muito decente, não pode haver um passeio mais decente, não concorda comigo? Até romântico.
Ela olhou em redor. Puxou o braço que ele apertava.
–Foi um risco enorme, Ricardo. Ele é ciumentíssimo. Está farto de saber que tive meus casos. Se nos pilha juntos, então sim, quero só ver se alguma das suas fabulosas ideias vai me consertar a vida.
–Mas me lembrei deste lugar justamente porque não quero que você se arrisque, meu anjo. Não tem lugar mais discreto do que um cemitério abandonado, veja, completamente abandonado – prosseguiu ele, abrindo o portão. Os velhos gonzos gemeram. – Jamais seu amigo ou um amigo do seu amigo saberá que estivemos aqui.
–É um risco enorme, já disse. Não insista nessas brincadeiras, por favor. E se vem um enterro? Não suporto enterros.
Mas enterro de quem? Raquel, Raquel, quantas vezes preciso repetir a mesma coisa?! Há séculos ninguém mais é enterrado aqui, acho que nem os ossos sobraram, que bobagem. Vem comigo, pode me dar o braço, não tenha medo.
O mato rasteiro dominava tudo. E não satisfeito de ter-se alastrado furioso pelos canteiros, subira pelas sepulturas, infiltrara-se ávido pelos rachões dos mármores, invadira as alamedas de pedregulhos esverdinhados, como se quisesse com sua violenta força de vida cobrir para sempre os últimos vestígios da morte. Foram andando pela longa alameda banhada de sol. Os passos de ambos ressoavam sonoros como uma estranha música feita do som das folhas secas trituradas sobre os pedregulhos. Amuada mas obediente, ela se deixava conduzir como uma criança. Às vezes mostrava certa curiosidade por uma ou outra sepultura com os pálidos, medalhões de retratos esmaltados.
–É imenso, hein? E tão miserável, nunca vi um cemitério mais miserável, que deprimente – exclamou ela, atirando a ponta do cigarro na direção de um anjinho de cabeça decepada. – Vamos embora, Ricardo, chega.
–Ali, Raquel, olha um pouco para esta tarde! Deprimente por quê? Não sei onde foi que eu li, a beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio-tom, nessa ambigüidade. Estou-lhe dando um crepúsculo numa bandeja, e você se queixa.
–Não gosto de cemitério, já disse. E ainda mais cemitério pobre.
Delicadamente ele beijou-lhe a mão.
–Você prometeu dar um fim de tarde a este seu escravo.
–É, mas fiz mal. Pode ser muito engraçado, mas não quero me arriscar mais.
–Ele é tão rico assim?
–Riquíssimo. Vai me levar agora numa viagem fabulosa até o Oriente. Já ouviu falar no Oriente? Vamos até o Oriente, meu caro...
Ele apanhou um pedregulho e fechou-o na mão. A pequenina rede de rugas voltou a se estender em redor dos seus olhos. A fisionomia, tão aberta e lisa, repentinamente escureceu, envelhecida. Mas logo o sorriso reapareceu e as rugazinhas sumiram.
–Eu também te levei um dia para passear de barco, lembra?
Recostando a cabeça no ombro do homem, ela retardou o passo.
–Sabe, Ricardo, acho que você é mesmo meio tantã... Mas apesar de tudo, tenho às vezes saudade daquele tempo.
Que ano aquele! Quando penso, não entendo como agüentei tanto, imagine, um ano!
–É que você tinha lido A Dama das Camélias, ficou assim toda frágil, toda sentimental. E agora? Que romance você está lendo agora?
–Nenhum – respondeu ela, franzindo os lábios. Deteve-se para ler a inscrição de uma laje despedaçada: minha querida esposa, eternas saudades – leu em voz baixa. Pois sim. Durou pouco essa eternidade.
Ele atirou o pedregulho num canteiro ressequido.
–Mas é esse abandono na morte que faz o encanto disto. Não se encontra mais a menor intervenção dos vivos, a estúpida intervenção dos vivos. Veja – disse apontando uma sepultura fendida, a erva daninha brotando insólita de dentro da fenda –, o musgo já cobriu o nome na pedra. Por cima do musgo, ainda virão as raízes, depois as folhas... Esta a morte perfeita, nem lembrança, nem saudade, nem o nome sequer. Nem isso.
Ela aconchegou-se mais a ele. Bocejou.
–Está bem, mas agora vamos embora que já me diverti muito, faz tempo que não me divirto tanto, só mesmo um cara como você podia me fazer divertir assim. – Deu-lhe um rápido beijo na face. – Chega, Ricardo, quero ir embora.
–Mais alguns passos...
–Mas este cemitério não acaba mais, já andamos quilômetros! – Olhou para trás. –Nunca andei tanto, Ricardo, vou ficar exausta.
–A boa vida te deixou preguiçosa? Que feio – lamentou ele, impelindo-a para a frente. – Dobrando esta alameda, fica o jazigo da minha gente, é de lá que se vê o pôr-do-sol. Sabe, Raquel, andei muitas vezes por aqui de mãos dadas com minha prima. Tínhamos então doze anos. Todos os domingos minha mãe vinha trazer flores e arrumar nossa capelinha onde já estava enterrado meu pai. Eu e minha priminha vínhamos com ela e ficávamos por aí, de mãos dadas, fazendo tantos planos. Agora as duas estão mortas.
–Sua prima também?
–Também. Morreu quando completou quinze anos. Não era propriamente bonita, mas tinha uns olhos... Eram assim verdes como os seus, parecidos com os seus. Extraordinário, Raquel, extraordinário como vocês duas... Penso agora que toda a beleza dela residia apenas nos olhos, assim meio oblíquos, como os seus.
–Vocês se amaram?
–Ela me amou. Foi a única criatura que... Fez um gesto. – Enfim, não tem importância. Raquel tirou-lhe o cigarro, tragou e depois devolveu-o.
–Eu gostei de você, Ricardo!
–E eu te amei. E te amo ainda. Percebe agora a diferença?
Um pássaro rompeu cipreste e soltou um grito. Ela estremeceu.
–Esfriou, não? Vamos embora.
–Já chegamos, meu anjo. Aqui estão meus mortos.
Pararam diante de uma capelinha coberta: de alto a baixo por uma trepadeira selvagem, que a envolvia num furioso abraço de cipós e folhas. A estreita porta rangeu quando ele a abriu de par em par. A luz invadiu um cubículo de paredes enegrecidas, cheias de estrias de antigas goteiras. No centro do cubículo, um altar meio desmantelado, coberto por uma toalha que adquirira a cor do tempo. Dois vasos de desbotada opalina ladeavam um tosco crucifixo de madeira. Entre os braços da cruz, uma aranha tecera dois triângulos de teias já rompidas, pendendo como farrapos de um manto que alguém colocara sobre os ombros do Cristo. Na parede lateral, à direita da porta, uma portinhola de ferro dando acesso para uma escada de pedra, descendo em caracol para a catacumba.
Ela entrou na ponta dos pés, evitando roçar mesmo de leve naqueles restos da capelinha.
–Que triste que é isto, Ricardo. Nunca mais você esteve aqui?
Ele tocou na face da imagem recoberta de poeira. Sorriu, melancólico.
–Sei que você gostaria de encontrar tudo limpinho, flores nos vasos, velas, sinais da minha dedicação, certo? Mas já disse que o que mais amo neste cemitério é precisamente este abandono, esta solidão. As pontes com o outro mundo foram cortadas e aqui a morte se isolou total. Absoluta.
Ela adiantou-se e espiou através das enferrujadas barras de ferro da portinhola. Na semi-obscuridade do subsolo, os gavetões se estendiam ao longo das quatro paredes que formavam um estreito retângulo cinzento.
–E lá embaixo?
–Pois lá estão as gavetas. E, nas gavetas, minhas raízes. Pó, meu anjo, pó –murmurou ele. Abriu a portinhola e desceu a escada. Aproximou-se de uma gaveta no centro da parede, segurando firme na alça de bronze, como se fosse puxá-la. – A cômoda de pedra. Não é grandiosa? Detendo-se no topo da escada, ela inclinou-se mais para ver melhor.
–Todas essas gavetas estão cheias?
–Cheias?... Só as que têm o retrato e a inscrição, está vendo? Nesta está o retrato da minha mãe, aqui ficou minha mãe – prosseguiu ele, tocando com as pontas dos dedos num medalhão esmaltado embutido no centro da gaveta.
Ela cruzou os braços. Falou baixinho, um ligeiro tremor na voz.
–Vamos, Ricardo, vamos.
–Você está com medo.
–Claro que não. Estou é com frio. Suba e vamos embora, estou com frio!
Ele não respondeu. Adiantara-se até um dos gavetões na parede oposta e acendeu um fósforo. Inclinou-se para o medalhão frouxamente iluminado.
–A priminha Maria Emília. Lembro-me até do dia em que tirou esse retrato, duas semanas antes de morrer... Prendeu os cabelos com uma fita azul e veio se exibir, estou bonita? Estou bonita?... – Falava agora consigo mesmo, doce e gravemente. – Não é que fosse bonita, mas os olhos... Venha ver, Raquel, é impressionante como tinha olhos iguais aos seus.
Ela desceu a escada, encolhendo-se para não esbarrar em nada.
–Que frio faz aqui. E que escuro, não estou enxergando!
Acendendo outro fósforo, ele ofereceu-o à companheira.
–Pegue, dá para ver muito bem... – Afastou-se para o lado. –Repare nos olhos.
–Mas está tão desbotado, mal se vê que é uma moça...
Antes da chama se apagar, aproximou-a da inscrição feita na pedra. Leu em voz alta, lentamente.
– Maria Emília, nascida em vinte de maio de mil e oitocentos e falecida... – Deixou cair o palito e ficou um instante imóvel. – Mas esta não podia ser sua
namorada, morreu há mais de cem anos ! Seu menti...
Um baque metálico decepou-lhe a palavra pelo meio. Olhou em redor. A peça estava deserta. Voltou o olhar para a escada. No topo, Ricardo a observava por detrás da portinhola fechada. Tinha seu sorriso meio inocente, meio malicioso.
–Isto nunca foi o jazigo da sua família, seu mentiroso! Brincadeira mais cretina! – exclamou ela, subindo rapidamente a escada. – Não tem graça nenhuma, ouviu?
Ele esperou que ela chegasse quase a tocar o trinco da portinhola de ferro. Então deu uma volta à chave, arrancou-a da fechadura e saltou para trás.
–Ricardo, abre isto imediatamente! Vamos, imediatamente! – ordenou, torcendo o trinco. – Detesto este tipo de brincadeira, você sabe disso. Seu idiota! É no que dá seguir a cabeça de um idiota desses. Brincadeira mais estúpida!
Uma réstia de sol vai entrar pela frincha da porta tem uma frincha na porta. Depois vai se afastando devagarzinho, bem devagarzinho. Você terá o pôr-do-sol mais belo do mundo.
Ela sacudia a portinhola.
–Ricardo, chega, já disse! Chega! Abre imediatamente, imediatamente! –Sacudiu a portinhola com mais força ainda, agarrou-se a ela, dependurando-se por entre as grades. Ficou ofegante, os olhos cheios de lágrimas. Ensaiou um sorriso.
–Ouça, meu bem, foi engraçadíssimo, mas agora preciso ir mesmo, vamos, abra...
Ele já não sorria. Estava sério, os olhos diminuídos. Em redor deles, reapareceram as rugazinhas abertas em leque. Boa noite, Raquel...
–Chega, Ricardo! Você vai me pagar!... – gritou ela, estendendo os braços por entre as grades, tentando agarrá-lo.
–Cretino! Me dá a chave desta porcaria, vamos! – exigiu, examinando a fechadura nova em folha.
Examinou em seguida as grades cobertas por uma crosta de ferrugem. Imobilizou-se. Foi erguendo o olhar até a chave que ele balançava pela argola, como um pêndulo. Encarou-o, apertando contra a grade a face sem cor. Esbugalhou os olhos num espasmo e amoleceu o corpo. Foi escorregando.
–Não, não...
Voltado ainda para ela, ele chegara até a porta e abriu os braços. Foi puxando, as duas folhas escancaradas.
– Boa noite, meu anjo.
Os lábios dela se pregavam um ao outro, como se, entre eles houvesse cola. Os olhos rodavam pesadamente numa expressão embrutecida.
–Não...
Guardando a chave no bolso, ele retomou o caminho percorrido. No breve silêncio, o som dos pedregulhos se entrechocando úmidos sob seus sapatos. E, de repente, o grito medonho, inumano:
–NÃO!
Durante algum tempo ele ainda ouviu os gritos que se multiplicaram, semelhantes aos de, um animal sendo, estraçalhado. Depois, os uivos foram ficando mais remotos, abafados como se viessem das profundezas da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano escutaria agora, qualquer chamado. –Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.
FINAIS ALTERNATIVOS
1
Aluno: Matheus de Paula Souza
Aluno: Matheus de Paula Souza
Curso: Geografia
Período: 1º Período
Disciplina: Oficina de Produção de Textos
Turno: Noite
Venha Ver o por do Sol II- O que aconteceu com a Raquel?
Durante algum tempo ele ainda ouviu os gritos que se multiplicaram, semelhantes aos de um animal sendo estraçalhado. Depois, os uivos foram ficando mais remotos abafados como se viessem das profundezas da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano escutaria agora qualquer chamado. Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.
Enquanto o Ricardo se afastava lentamente do cemitério abandonado, Dentro da Capela, Raquel Gritava, Esperneava e Implorava por Socorro. Porém, ela percebe que não há como pedir ajuda e pensou consigo mesma:
- Raquel, sua tonta, é claro que ninguém vai escutar, este cemitério está abandonado. Ricardo, seu cretino, você me paga. Hum, há uma maneira de eu sair daqui. Mas, como?
Então, rapidamente, ela se acalmou, sua expressão não era mais de desespero, mas sim de coragem. Então, ela olhou para os lados procurando alguma saída, mas, só havia paredes. Então, ela olhou para cima, e avistou um basculante bem estreito, mas que dava para ela passar, pois ela era muito magra. Então, ela exclamou:
-Perfeito! É ali que eu vou sair. Mas, como eu vou chegar lá em cima?- Pensou atentamente-Ah, Já sei. Respondeu ela com muita atuição.
Então, ela se despiu, emendou as roupas umas nas outras, formando uma grande corda, pegou um gancho num canto e lançou em direção ao basculante. Sentindo que a corda estava firme, ela começou a escalar feito uma aranha, até alcançar o basculante, com um pequeno detalhe: o basculante estava emperrado:
- Mais que droga!- Exclamou ela, com muito desespero.
Então, ela Empurrou o vidro do basculante com força até conseguir abrir, entretanto, ela passou pelo basculante estreito e se sentiu totalmente do lado de fora. Então, ela falou bem ofegante:
-Ufa, consegui sair daquele lugar escuro e frio, agora é só sair deste cemitério e procura por ajuda.
E, assim, ela vestiu as suas roupas, e, com passos bem longos, deixou o cemitério abandonado em busca de ajuda. Não tão longe dali, havia algumas crianças brincando de roda, então, Raquel, imediatamente, interrompe a brincadeira e pergunta:
-Boa noite, meninos. Vocês podem me dizer aonde tem um telefone público por perto?
Mal ela sabia que aquelas crianças, são na verdade, Almas penadas de crianças. Então, uma delas se virou e disse:
-Minha bela moça, eu não sou deste mundo.- Disse uma delas, com voz de fantasma.
Ao ouvir aquelas palavras, Raquel ficou um minuto em estado de gelo, depois começou a suar frio, bambear as pernas, e dar um grito bem forte:
-AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHH!!!!!
E começou a correr, de tanto medo que ela estava, apavorada, em busca de ajuda. Não tão muito longe, tinha um guarda policial de plantão à noite, ele era magro, alto, de olhos castanhos. Então, Raquel avistou este guarda, aproximou- se dele e disse:
-SOCORRO, SEU GUARDA, SOCORRO!!!!! Pelo amor de deus, o senhor tem que me ajudar!!!-Disse ela, toda desesperada.
-Mantenha a calma, senhorita! Primeiro me conta o que aconteceu.- Disse o policial, tentando acalmá-la com um copo de açúcar.
Então, Raquel tomou a água com açúcar e começou a explicar tudo pro guarda, do começo ao fim, em seguida, Raquel é levada de volta pra casa pelo guarda. No dia Seguinte, a polícia chega na casa de Ricardo para levá-lo preso,porém, ao entra na casa, Ricardo é encontrado morto, enforcado. Motivo: suicídio. Dizem que ele tinha distúrbios mentais, o que levou ele a se suicidar. Hoje em dia, Raquel se encontra com 75 anos, e, até hoje, ela se lembra das crianças ao longe brincando de roda.
1958-2013
2
Aluna: Gabriella dos Santos Almeida
Curso: História
Período: 1° Período
Disciplina: Oficina de Produção de Texto
Turno: Noturno
Não acredite em cretinos
O que está acontecendo? Por que o Ricardo esta fazendo isso, por quê? Por ciúmes, vingança por troca-lo por um homem rico. Não, não abra essa porta, não quero ficar sozinha nesse cemitério nojento, por favor, volte. Calma não entre em pânico, alguém vai sentir a sua falta, vão te procurar. Ainda bem que a Sofia sabe do meu encontro com o Ricardo, eu devia ter escutado ela e não aparecer nesse encontro, mas ele parecia tão desesperado em falar comigo. E isso, ela vai sentir a minha falta, vai me procurar não preciso ficar em pânico a Sofia sempre me tira das confusões e quando eu sair daqui vou acabar com o Ricardo, não acredito que cai na conversa dele de me mostrar a capela onde sua família estava enterrada, ele vai me pagar e muito caro por me deixar trancada nesse lugar escuro e nojento cheio de baratas e só Deus sabe mais o que, e só de pensar que eu vim aqui toda preocupado e pra que, ele só queria se vingar de mim, me trancando nesse cemitério horrível, que tipo de amor e esse que ele diz sentir por mim afinal.
3
Ivanildo Silva de Oliveira
Ivanildo Silva de Oliveira
Geografia - 1º periodo ( noite ) Oficina de produção de texto
O que aconteceu com Raquel?
A bebida no copo parecia mais amarga que de costume. A música, a performance da dançarina e seu corpo semi-nu, nada se encaixava, a minha mente estava preenchida pela culpa.
Enquanto planejara as minhas ações, sentia um frenesi de sentimentos onde a vingança era a maestrina... e onde está voce agora?
cade a alegria de um plano bem executado?
Sim, isso ninguem me tira, eu planejei, eu executei, eu venci!
Mas estou pior que antes, pois agora convivo com essa sombra, esse vulto, essa maldição, o que eu faço?
Deve ter um nome esse momento em que a noite está indo embora e o dia chegando, não está claro e nem está escuro, não vejo o sol e nem vejo a lua, esse momento para mim é um mistério. Agora vejo a pequena construção, suas paredes castigadas pelo tempo, pela chuva e vento, sua figura horrenda por fora e por dentro.
Nesse instante um raio de sol rompendo uma camada de rosadas nuvens, ilumina o caminho que percorro no velho cemitério, e os meus pensamentos.
4
Nome: Cesário, José Valério da Silva
Curso: História
Período: Primeiro
Disciplina: Oficina de Produção de Texto
Turno: Noturno
VINGANÇA AMOROSA
Linda e elegante, Raquel vai ao encontro que havia marcado com Ricardo. Pois, seria o seu último contato com ele, já que ela estava bem próxima de realizar uma viagem para o Oriente com o seu futuro pretendente.
Ricardo sempre se mostrando ingênuo, arquitetou um malicioso plano de vingança contra Raquel, que estava trocando-o por outra pessoa. Mas Raquel, deixando se levar pelo seu espírito aventureiro e por confiar no amor que Ricardo ainda sentia por ela, aceitou o seu convite para ver o pôr-do-sol, que jamais imaginaria ser dentro de um cemitério.
Deixando-a o tempo que fosse necessário para morrer, sem que ninguém pudesse ouvir os seus gritos, Ricardo de forma perversa e vingativa, trancou Raquel em uma catacumba abandonada, no qual, teria dito pertencer a sua família.
5
EDINEARA KELLE DA SILVA
PRIMEIRO PERÍODO DE HISTÓRIA, NOITE
O que aconteceu com Raquel ?
Ricardo, depois de ouvir os uivos que foram ficando mais remotos e abafados, sentiu-se mal ao ver crianças ao longe brincando de roda. Mas não parou, com um cigarro na mão, abriu um sutil sorriso, com o olhar mortiço seguiu, até que escutou um último grito. Olhou para trás e lá estava de pé, no portão daquele lugar, a Raquel. Por um instante se perguntou como; "como e possível?! É mesmo a Raquel. Lá estava ela com um olhar sombrio.
-Como saiu?
-Com certeza, não graças a você, seu idiota.
Com os sapatos nas mãos, indignada foi ao seu encontro e o esbofeteou.
-Como acha que saí? O coveiro abriu pra mim, e não pense que já me pagou, este tapa e só um pouquinho do que te espera. Boa noite, Ricardo.
6
Aluna: Nayara Luíza dos Santos Rodrigues
Curso: História
1º Período - FEUC
Texto: VENHA VER O PÔR-DO-SOL
Lygia Fagundes Telles
O que aconteceu com Raquel?
... Raquel, depois de alguns instantes, se calou e percebeu que uma réstia de sol ia entrando pela frincha da porta. Ela foi se afastando bem devagar como Ricardo havia lhe dito. Ela ficou deslumbrada com a bela imagem do pô-do-sol.
Raquel passou a noite no cemitério e, ao amanhecer, ela acordou ao lado de uma gaveta onde uma foto lhe chamou a atenção: era a foto de Ricardo. Imediatamente ela sacudiu a portinhola desesperada, mas sem tanto esforço ela abriu e saiu correndo em direção ao portão do cemitério. Ao sair, uma criança se aproximou de Raquel e disse:
-Moça, você estava tão bonita ontem.
Raquel, no mesmo instante perguntou à criança se ela havia visto um rapaz ao lado dela. A criança deu um leve sorriso e acenou com a cabeça que não e afirmou que estava o tempo todo sozinha. E a criança saiu correndo deixando Raquel. Depois disso os olhos de Raquel se encheram de lágrimas e percebeu que Ricardo esteve lá sim, mas em alma e que ele queria mostrar para ela que as melhores coisas da vida são simples e de graça como um pôr-do-sol depois de um momento de desespero.
7
Aluno: Luiz Henrique dos Santos. FEUC,
1º período, História, noturno
O trágico fim de Raquel
A cada passo que Ricardo dava para longe da porta, aumentava a aflição e o pavor de Raquel, ela não consegui parar de pensar no fim terrível que lhe aguardava. Aquela altura, o medo já a consumia por completo, seu desespero era tamanho que ela já se encontrava em estado de choque, não conseguia parar de pensar:
- Como pode ter tido coragem, um homem que eu amei tanto, de tamanha crueldade?!
E ao passar do tempo, antes que a solidão, a fome, a sede, e todos os males daquele lugar inóspito e horrível, a consumissem por completo e a levassem à loucura, Raquel decide tomar o controle da situação e, num ato de desespero, buscando aliviar todo seu sofrimento, se suicidou. Se atirando de cabeça, com todas as suas forças, na quina de um jazigo. Num último movimento de coragem e desespero, abraçou a morte, e, finalmente, encontrou o fim pra todo seu sofrimento.
FEUC -
Aluno (a):Lívia de Oliveira Miguez
Curso:Licenciatura em História – 1º período
Disciplina:Produção Textual
Turno:Noite
VENHA VER O PÔR-DO -SOL.
“Depois, os uivos foram ficando mais remotos, abafados como se viessem das profundezas da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano escutaria agora, qualquer chamado. _Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.” (Lygia Fagundes Telles)
Continuação...
Ricardo não imaginava que de longe, Raquel era seguida sorrateiramente por um homem aparentemente humilde, com trajes gastos, como se já tivesse sido reparado várias vezes, um chapéu surrado, que com sua cabeça baixa, ajudava a esconder seu belo corte e sua barba muito bem cuidada. Meio atordoado, o homem de vestes simples, porém de rosto refinado, pede uma cerveja, senta em uma mesa de madeira velha, entalhada com palavras torpes, recadinhos e iniciais. Enquanto disfarçadamente observa Ricardo descer a rua com passos lentos, olhos espremidos, e as rugas que ressaltavam em seu rosto. Ele se levanta da mesa, retira o dinheiro da cerveja, soltando uma pergunta direta ao dono do bar:
- Aquele homem que desce em passos lentos na rua, mora nessas redondezas?
O dono do bar, que estava com um lápis atrás da sua orelha, acendeu um cigarro e balançando lentamente sua cabeça para os lados disse:
- Nunca vi tal homem, estranhei, pois do bar vejo todos os dias as pouquíssimas pessoas que lentamente sobem esta difícil ladeira esburacada. Antigamente, era um pouco mais movimentada, mas depois que desativaram o cemitério...
O refinado simples homem, não esperou o dono do bar terminar de falar, saiu apressadamente em passos largos, deixando para trás o troco da cerveja que bebera, e segue em direção ao velho cemitério.
Com uma mistura de sentimentos, ele empurra o enferrujado e velho portão que emite um estridente rangido ao abri-lo.
Lentamente ele anda com seus olhos arregalados, e a cabeça inclinada, como quem quer escutar alguma coisa, como uma raposa à espreita. De repente, ele escuta, ao longe, uma voz rouca que desesperadamente suplicava por socorro. Rapidamente, o refinado homem simples segue o som daqueles já fracos, porém, desesperados gritos e encontra, dentro de um jazigo, Raquel, que com seus cabelos já emaranhados de tanto desespero, os olhos arregalados de medo, tinha em seu rosto lágrimas negras, que estragavam a bela maquiagem que ela usava.
Já sem forças, se arrasta em direção a porta e diz:
- Por favor, eu te imploro que me socorra e me tire daqui.
O simples, porém refinado homem, pede que ela se afaste, e com fortes golpes de seus pés consegue arrombar o velho jazigo.
Evitando mostrar seu rosto, pega Raquel em seus braços e pergunta:
- O que te fez chegar aqui?
Ela quase desmaiando diz:
- Fui raptada por um homem que nunca vi.
Quando Raquel disse isso, olhou para o homem que a socorreu e o reconheceu.
Te segui, disse ele com os dentes trincados, e os olhos marejados de lágrimas, pois sabia que o que Raquel lhe tinha dito não era verdade. Mesmo assim, ele a pegou em seus braços, desceu cuidadosamente a rua esburacada, colocou-a deitada em seu lindo carro, e deixou-a em um hospital com flores ao lado de sua cabeceira e um bilhete que dizia assim:
- Raquel, pode parecer loucura, mas apesar de saber de sua infidelidade, quero lhe dar mais uma chance de conhecer o verdadeiro pôr-do-sol ao meu lado. Tudo isso porque amo você!
Ao acordar, Raquel se dá conta que está em um hospital, vê ao seu lado o lindo buquê de rosas, e com os olhos banhados em lágrimas, lia o bilhete que, pela primeira vez, a fez chorar de vergonha e arrependimento.
Ao receber alta do hospital, Raquel vai ao escritório de seu esposo com um semblante de quem não tem mais prazer em
viver, e em um papel escreve o seguinte:
-Querido, escrevo-te esta carta, pois não sou mais digna de olhar em seus olhos. Me arrependo de não ter valorizado o
pôr do sol que todos os dias aparecia em frente da nossa casa, e eu não percebia.
Iludida, quis procurar o pôr do sol em outros lugares, mas não encontrei. E isso me fez enxergar que o sol não existe para pessoas como eu. Você merece ter alguém que realmente queira enxergar o pôr do sol ao seu lado. Ainda escrevendo no papel que já estava manchado pelas lágrimas que caíram na tinta.Terminou dizendo: "Me Perdoe, Assinado: Raquel".
Ao lado da carta, deixou as chaves da casa, e saiu andando com cabeça baixa, os ombros caídos, e bolsa pendurada em suas mãos que quase tocavam o chão. Comprou passagens de volta para sua terra natal e, com o dinheiro de suas joias, abriu uma casa de massagem, e viveu Raquel 83 anos,morreu de falência múltipla dos órgãos, sem conseguir ver o verdadeiro pôr-do-sol.
9
Thayane Souza
Curso?
1º período
"...Examinou, em seguida as grades cobertas por uma crosta de ferrugem. Imobilizou-se. Foi erguendo o olhar até a chave que ele balançava pela argola, como um pêndulo. Encarou-o, apertando contra a grade a face sem cor. Esbugalhou os olhos num espasmo e amoleceu o corpo. Foi escorregando. –Não, não... "
Por que você está fazendo isso comigo Ricardo? O que foi que eu te fiz? – Lágrimas escorriam de seu rosto agora sujo com toda a crosta de ferrugem.
- Sabe, meu anjo, durante muito tempo vivi acreditando que teríamos realmente algo só nosso, sem ter que me esconder, sem ter que dividi-la com outra pessoa novamente, mas me enganei. – Disse Ricardo se aproximando da porta e se agachando, ficando ao mesmo nível que Raquel.
- Ricardo por favor, me solta. Prometo que serei apenas sua, mas me solte. – Raquel tentava controlar sua voz, mas com muito esforço para que não saísse sufocada.
- Então percebi que te roubando pra mim te terei pra sempre. Espero que goste do meu presente pra você. – Os olhos de Ricardo brilhavam como uma chama viva. Escancarou um imenso sorriso, esticou os braços para um último toque e Raquel o mordeu.
Seus dentes cravaram na pele do rapaz com uma fúria insana e pode sentir em questão de segundos o sabor de sangue escorrendo por seus lábios. Ricardo gritava em agonia enquanto tentava se soltar de Raquel e quando conseguiu, um punhado de carne havia sido arrancada do lugar aonde havia sido mordido.
- Maldito! Seu desgraçado! Vou infernizar você até os meus últimos dias. - Raquel gritava e cuspia sangue com a raiva que a consumia. Ricardo gemia de dor e puxava as duas folhas escancaradas.
– Boa noite, meu anjo. – Disse ele entre dentes ao partir.
Os lábios dela se pregavam um ao outro, como se, entre eles houvesse cola. Os olhos rodavam pesadamente numa expressão embrutecida.
–Não... – Berrou.
Guardando a chave no bolso com dificuldade, ele retomou o caminho percorrido aos tropeços. Passo a passo, as cores iam sumindo do seu campo de visão, o chão parecia se movimentar e as paredes, ele tinha certeza, trocavam de lugar e ficavam cada vez mais distantes. A cabeça rodava e até mesmo os gritos de Raquel pareciam se silenciar em sua mente. Caiu de joelhos e aos poucos o corpo foi cedendo.
Olhos vidrados no teto, fechando-se aos poucos e a única e última sensação que tinha era que ainda estava na escada pelo terreno irregular embaixo de si e envolto em uma poça de sangue. O braço latejava e por mais que estivesse ferido, um sorriso insano enchia-lhe o rosto com um prazer que se igualava à loucura.
Por muito tempo ficara caído no chão, gargalhando entre os berros de Raquel. A última luz do crepúsculo se despedia mais uma vez da humanidade, deixando a terra em volta de escuridão e uma luz fraca do luar... Uma luz que não iluminava aquele cemitério abandonado, uma luz que nunca iluminaria o sepultamento eterno.
10
Atividade proposta pelo professor Erivelto Reis sobre o texto: Venha ver o pôr-do-sol.
Aluno: Adriano Matos de Souza;
Curso: Geografia;
Período: Primeiro período;
Disciplina: Produção de Texto;
Turno: Noite.
Continuação do conto: Venha ver o por-do-sol.
Ao mesmo tempo que Ricardo descia a ladeira, pensava no ato que acabara de praticar, e num súbito momento de lucidez, lembrou-se de todos os momentos que passara com Raquel, deste o dia em que seus olhos se cruzaram e se apaixonaram até aquele momento. Continuando sua caminhada, encontrou-se com aquelas crianças tão inocentemente alegres que brincavam no caminho do cemitério e ao olhar para as mesmas viu uma menina de olhos verdes, como os de Raquel, e pensou que naquele momento aqueles lindos olhos verdes, de Raquel, poderiam estar maculados de lágrimas e terror pelo ato que ele havia acabado de cometer. Continuando sua caminhada para casa, no crepúsculo daquela triste e turbulenta tarde, ele não parava de pensar em Raquel e em tudo que poderia ter vivido ao lado dela se não tivesse havido a separação e indagava-se como poderia ser sua vida futura ao lado de sua amada. Ricardo não parava de pensar nas palavras de Raquel, que sempre dizia que ainda o amava e ao mesmo tempo que se lamentava pelo ato cometido, havia uma revolta grande por não entender como ela mesmo o amando tanto escolheu deixá-lo e ir embora para o oriente visando luxos e riquezas. Chegando em sua casa, em um breve momento de reflexão, ele entendeu que deixando Raquel sozinha e desamparada naquele lugar não iria resolver nenhum de seus problemas, pelo contrário só ira trazer mais tristeza e sofrimento à sua vida. Tendo em vista toda essa situação ele resolveu voltar àquele lugar, tão triste e obscuro, onde estava Raquel e então tirá-la de lá. Chegando naquela capela, ele encontra Raquel ainda trancada e extremamente triste com aquele ato cometido pelo homem que ela tanto amava. Ricardo então percebeu que havia cometido algo monstruoso e desesperado pediu perdão à Raquel e ela por sua vez já sem forças e decepcionada com Ricardo pediu a ele que a soltasse e a deixasse viver a sua vida como ela escolheu viver. Sendo assim, Ricardo por amá-la verdadeiramente deixou-a partir para o oriente junto com seu novo amor que havia convidado-a. Tempos depois, Ricardo recebeu uma carta de Raquel dizendo que estava feliz com sua nova vida de madame, porém ela repetia que ele ainda era o amor de sua vida. Desta maneira, Ricardo entendeu que naquela triste tarde tomou a decisão certa e constatou que amar não é aprisionar e sim, libertar.
11
Aluno: Vitor Gomes Arantes
Curso: Bacharelado em Sistemas da Informação (BSI)
Período: 1º
Disciplina: Oficina de Produção de Texto
Turno: Noite
...
Ricardo então volta para sua pensão, onde junta seus pertences. Com tudo em mãos, vai embora da cidade. Saiu sem se despedir de ninguém e sem deixar rastros.
Após alguns meses, um detetive chega à cidade. Obcecado a encontrar uma pessoa, passava de porta em porta. Ele procurava um criminoso muito perigoso, seguia seus rastros de cidade em cidade, a cerca de sete anos. Acabou chegando a uma pensão, que coincidentemente era a mesma onde Ricardo esteve hospedado, na recepção se depara com uma senhora, a tal Medusa.
– Bom dia senhora, procuro um homem magro, alto, cabelos crescidos, aparenta seus 30 anos, sabe dizer se alguém esteve hospedado aqui que tenha este perfil? – a senhora fica pensativa e por fim se lembra de alguém. – Sim, tinha o Ricardo, ele era muito estranho, sempre tratava bem as pessoas, mas eu sempre desconfiei que no fundo as odiasse. – Somente com essa informação, o detetive conclui que essa era a cidade certa para investigar sobre o tal criminoso.
O que ninguém imaginava, é que essa cidade foi mais um cenário dos ataques de um assassino em série, frio e calculista. Sim, Ricardo, um assassino conhecido como “Trindade”, nome dado pela equipe do tal detetive, pois realiza um ciclo de três vitimas no período de um ano. A primeira, uma jovem com 20 anos, assassinada na banheira de sua casa, com um corte na veia femoral, deixando-a sangrar até a morte. A Segunda, um homem, sempre com 40 anos, que praticava violência familiar, espancado com um martelo até a morte em um beco. E a terceira, uma mulher com 30 anos, sempre encarcerada em algum lugar isolado, deixada lá para uma morte lenta e solitária, que nesse ciclo era Raquel, a bela mulher na qual Ricardo dizia amar.
12
Ana Cristina Leal
Geografia
(continuação)
O pôr-do-sol
E o ranger do portão, ao ser trancado por Ricardo, calou-o.
Como se enferrujado pelo tempo, parou e saboreou sua faceta.
Então, refletindo em sua caminhada fria e irredutível sem mesmo olhar para trás, prosseguiu.
Poderia ignorar tantas humilhações de quem tanto amou? A quem os valores mundanos emboloraram à beleza e os sentimentos?!
Sim, poderia e jogou a chave fora.
Ao longe, não se ouvia a crianças brincando, e para trás deixava aquilo que lhe modificava: Raquel! E, à frente, a face, o desejo do homem deturpado pelo amor.
13
Aluna: Larissa Aparecida Drumond
Curso: Geografia
Período: 1° (primeiro período)
Disciplina: Oficina de Produção de textos.
Turno: noturno
Liberdade ao amanhecer
Raquel, ali jogada ao chão, trancafiada em uma capela de um cemitério abandonado, estava exausta por tanto clamar socorro e não obter resposta. Ela se perguntava:
-Por que, por que Ricardo, fizeste isso comigo?
E não encontrava sequer uma razão, para tamanho castigo e abandono. O tempo foi passando e ela já não sabia o que fazer para sair daquele inferno, mil coisas passavam por sua cabeça e imaginava ter visto pela ultima vez o pôr do sol. Adormeceu e preferiu pensar que tudo aquilo não passava de um enorme pesadelo; após algum tempo Raquel despertou e desesperou-se novamente ao ver a realidade diante de si.
Decidiu tentar se acalmar e buscar uma maneira de sair daquele lugar tão silencioso e horrivelmente assustador rastejava-se no chão a procurava de algo que lhe ajudasse a conquistar sua liberdade, e como se recebe um sinal lembrou-se do grampo que trazia em seu cabelo compondo seu penteado que aquela altura já se encontrava desfigurado. Subiu as escadas correndo, tropeçando nos degraus, tamanha era sua ânsia de sai dali, tentava de todas as formas abrir aquela maldita fechadura, até que um grito de alívio rompeu o silêncio.
-Ah!
Raquel conseguia por fim se libertar. Abriu a porta e saiu exausta e ainda muito assustada com tudo o que lhe acontecera. Corria, corria sem fim pelo infinito caminho que a levaria para fora do cemitério, e deteve-se que o sol surgia ao longe, sentiu-se inundada de felicidade por estar livre apreciando um novo amanhecer.
14
Aluna: Cleia Maria C. Santos Gusmão
Curso: Geografia
1º Período:
Disciplina: Oficina de Produção de Textos
Turno: Noite
O que aconteceu com Raquel
Quando Raquel percebeu realmente que Ricardo a havia abandonado naquele lugar, e que ele havia premeditado tudo aquilo só para se vingar, ela começou a gritar mais alto ainda a ponto das crianças que estavam brincando ali perto, ouvissem os gritos agonizantes. Então uma daquelas crianças entrou no cemitério abandonado e correu em direção da voz de Raquel, pedindo socorro, e quando ele chegou perto de onde ela estava, ele ficou tão desesperado que não sabia o que fazer, foi então que ele disse para ela ficar calma, que iria chamar sua mãe para ajuda-la.
Ele retornou ao encontro das outras crianças e disse o que viu e eles ficaram com muito medo. Mas o menino, muito corajoso, correu em direção a sua casa, ao chegar sua mãe lhe perguntou o que havia acontecido, porém ele mal conseguia falar de tão ofegante, foi quando ele se acalmou e contou o que tinha visto no cemitério, sua mãe então saiu com ele apressadamente para onde o menino disse ter visto Raquel presa, e ao chegar, a mãe do menino ficou sem saber o que fazer para tirá-la dali, pois não tinha chave, foi então que ela pegou uma barra de ferro e bateu contra o cadeado e abriu, logo ela e o menino entraram e conseguiram tirar Raquel e a levaram para sua casa.
Ao chegar, a mãe do menino perguntou quem fez isso , ela logo que se recuperou, explicou o que Ricardo havia feito, porém a senhora disse que tinha que ir na policia para dar parte, mais Raquel disse que não podia, pois ela iria se expor, visto que ela era casada, ela então agradeceu a ajuda do menino e de sua mãe, por que se não fosse eles, talvez ela teria morrido naquele lugar tão horrendo.
A mãe e o menino deram algo para ela beber e Raquel foi embora para sua casa, e prometeu a si mesma que nunca mais aceitaria nenhum convite de Ricardo ou de qualquer outro homem, a não ser do seu marido.
15
LIDIANE BORGES DE OLIVEIRA COSTA
TURMA: BSI 1º PERÍODO
TURNO: NOITE
MATRICULA: 12-16312
DISCIPLINA: OFICINA DE PRODUÇÃO DE TEXTO
“... Assim que atingiu o portão do
cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido
humano escutaria agora qualquer chamado. Acendeu um cigarro e foi descendo a
ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.”
Raquel,
já em desespero profundo, achando que seu Ricardo a deixaria ali entre
lembrança e uma infinita tristeza, não sabia que tudo que passara era parte de
um plano de amor. Ao perceber que não adiantaria choros e gritos, pois pessoas
por ali a muito tempo não havia, cansada
com o semblante molhado de suor e a roupa suja por poeira tirou os saltos e
decidiu por esperar e suplicar a Deus que um milagre acontecesse naquele
momento.
Chegando ao final da ladeira, Ricardo
fica a observar todos que passam por ali, calmo com um relógio em suas mãos, cuja a
aparência estava bem arranhada dando a impressão de um relógio de família,
olhando cada segundo que passava.
À medida que as horas passavam, as
esperanças de Raquel diminuíam mais. Certa de que dali não sairia, Raquel tinha pensamentos
como o dia que se conheceram, o tempo que passaram juntos e o que motivou
Ricardo a tomar esta atitude. Raquel não entendia que agora seu egocentrismo
incomodava Ricardo.
Ricardo por sua vez certo que mudaria
alguma coisa em Raquel resolve voltar ao mausoléu caminhando lentamente para
que Raquel não percebesse sua aproximação, e chegando bem próximo aos arredores
tenta ouvir alguns barulho. mais o silêncio era assustador, levando a pensar em
coisa ruins que poderia ter acontecido com Raquel, motivado por este sentimento
se aproxima e chama por Raquel.
-Raquel, Raquel você esta bem! (diz
Ricardo)
-Raquel, Raquel, Raquel me responda.
Ao achar que nunca mais iria ouvi-la,
ele imediatamente abre o portão e percebe que Raquel está desacordada, mais
ainda respira lentamente como se estivesse dando seus últimos suspiros.
Desesperado Ricardo a coloca em seus braços e a leva para fora em busca de
socorro. Sabendo que por ali existia uma enfermeira bem idosa mais eficiente
apesar da avança idade, Ricardo leva Raquel para lá e a enfermeira percebendo
que ela estava apenas desacordada por conseqüência de um mau súbito, pede para
Ricardo deixá-la só com Raquel no quarto e assim o fez.
Ao acordar vê que Ricardo esta ao seu
lado segurando sua mão, Raquel apenas diz a Ricardo:
-Entendi o porquê e agora
agradeço por me amar tanto mesmo sem poder retribuir com o mesmo amor.
Agora, certo de que Raquel entendeu que
ela não precisa ser fútil nem tão pouco viver as escuras do dinheiro, Ricardo
segue seu caminho e nunca mais volta a ver Raquel.
16
1°Período História
Ofícina de Produção deTextos
Bendita inadimplência
Ainda pelo caminho, entre ligeiros passos e longos tragos, Ricardo se vê como um detento que houvera escapado da prisão, tomado por um terrível sentimento, ele aumenta a velocidade de sua caminhada, chegando até mesmo a arriscar breves corridas, ao chegar na pensão onde vivia, antes de entrar em seu quarto a dona da pensão, Dona Amélia, o aborda para lhe cobrar os dois meses de aluguel que estava em atraso. Desesperado diante do inesperado, Ricardo a trata rispidamente e bate a porta de seu quarto dizendo para todos ouvirem:
- Este lugar é uma porcaria e ainda não se pode atrasar alguns dias que já querem me encostar na parede – enfim depois de muita dificuldade ele entra em seu refúgio.
Agora, já sozinho ele começa a provar, lentamente, o cálice da escravidão daquele terrível segredo que agora o ia acompanhar pelo resto de sua vida. Atônito, ele começa a arrumar suas coisas para ir embora daquele lugar. Dona Amélia, sem entender o que acontecera vai à porta, se inclina e começa a olhar pela fechadura para saber o que estava acontecendo. Ao vê-lo colocando seus pertences em uma mala, a senhora não pensa muito para agir corre até o telefone liga para a polícia pois previa que não veria o dinheiro do aluguel.
Após preparar sua bagagem, Ricardo ouve alguém bater em sua porta, julgando ser a dona do estabelecimento, abre a porta furioso, já soltando farpas pela boca, ao ver quem era, foi tomado por uma crise de gagueira e choro, a polícia por sua vez achando aquela situação muito estranha, suspeitou de que algo mais sério estava acontecendo tomado pela experiência, o policial antecipa o pé de frente a porta e entra dizendo que precisava fazer algumas perguntas.Não demorando muito a autoridade vê fotos e objetos de Raquel que Ricardo obtivera, guiado pela sua obsessão, o mesmo se contradiz em depoimento e logo expõe todo seu projeto maquiavélico.
17
Final alternativo para o texto " Vamos ver o por do sol"Aluna: Flávia BastosTurma: Letras- Primeiro período - Noite- Porque você está fazendo isso, Ricardo?- Você ainda tem coragem de me perguntar? Após o ano que passamos juntos, você me trocou. E pelo quê? Dinheiro!- Para com isso, abra essa porta - gritou Raquel.- E quem vai me obrigar? - de repente Ricardo sentiu uma forte pancada na cabeça e então tudo se apagou.- Quem é você? - perguntou Raquel ao estranho parado à sua frente - Outro maluco que quer ver meu sofrimento?- Calma, eu estava na entrada do cemitério, próximo as crianças, e vi quando este homem te trouxe para cá. Fiquei curioso, já que aqui não há o que se ver. Foi então que ouvi seus gritos.- Esse homem é insano, me trancou aqui e não me deixava sair. Olha, pegue a chave e me tire daqui, enquanto Ricardo está desacordado.E assim foi feito, Raquel conseguiu sua liberdade. E enquanto agradecia ao homem que salvou sua vida, notou que Ricardo desaparecera.Uma grande sensação de alivio tomou seu corpo.- Nunca mais verei aquele louco... - disse, sem saber que ainda era observada.
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Mayara Nicolau Silva - BSI, turno: noite 1° período,
Venha ver o amanhecer
Raquel, já cansada e quase rouca, sentada na escada, perto do portão, olha de relance por entre as grades e percebe, bem debaixo da barra de ferro, um pedaço de papel dobrado em várias partes em que estava escrito:
"Raquel sei que você deve estar me odiando agora, deve estar como muito medo e fome, sei que não é certo o que fiz, mais você também esta longe de fazer a coisa certa, sei que hoje já não faço parte do seu mundo, porem você um dia foi o meu, te dei tudo que pude, por você fiz coisas que jamais faria por qualquer outra pessoa"... (Raquel interrompe a leitura, rapidamente olha ao seu redor e, aos prantos, com um suspiro, retoma a leitura)
"...Fui seu amigo, companheiro, amante, confidente, larguei meus amigos e minha família, te entreguei minha vida em uma bandeja de ouro, gatei quase todo meu dinheiro com joias viagens e carros importados tudo com a única intenção de fazê-la feliz . E o que recebi em troca? De que valeu toda minha entrega e renúncia ? Quando, na primeira oportunidade, na primeira chance que teve, você me trocou como se eu fosse algo descartável, sem sentimentos, como se fosse um guardanapo usado, foi assim que me senti. Raquel, você me trocou por ele. Lembro- me, perfeitamente,como se fosse hoje, daquela noite em que eu estava ansioso para te apresentar à minha família; era meu aniversário e o único presente que me interessava estava ao meu lado, linda com o vestido vermelho que te dei, deslumbrante arrancando olhares de todos no salão, quando te apresentei ao meu amigo, mais que primo, um irmão, meu sócio nos negócios. Nós havíamos crescido juntos, depois que meu tios morreram; antes de você, ele era a pessoa em quem eu mais confiava e jamais esperaria qualquer traição. Ele brincou quando eu disse que você era minha vida, - 'que vida linda você tem! Você é um cara de sorte! Sempre foi. Irmão, você merece'. Depois, ele me pediu permissão pra dançar com você, e eu, ingenuamente, deixei. Estava cego por você e nem percebi as trocas de olhares entre vocês. Foi ali, Raquel, que minha vida desmoronou. Dois dias depois descobri que ele já vinha me roubando fazia tempo, fiquei muito mal. Quando amanheceu, olhei pro lado da cama e você não estava. Quando olhei pro meu criado mudo com um jarro de rosa vermelhas com um pequeno bilhete rosa perfumado dizendo: 'Perdão, fui muito feliz ao seu lado, porém, não dá mais pra mim; não me procure. A essa hora já estarei longe, adeus meu amor'. Raquel, você não tem ideia de como eu me senti depois que descobri que você fugiu com ele. Ele acabou com minha vida, me deixou sem dinheiro e o principal: sem você. E quando descobri que você estava de volta, planejei te trazer aqui em um cemitério abandonado, para te fazer sentir como eu me senti quando você me deixou. Me senti sem vida, abandonado e esquecido pelas pessoas que amava.Triste e sombrio, cheio de ódio e rancor e incapaz de voltar a amar outra pessoa, jurei vingança. Como você se sente agora, Raquel? A sensação de estar sozinha, sem poder contar com ninguém? É boa? Quero que sabia que te amei muito e que você foi o cerne da minha vida, e se hoje estou fazendo isso é por que tenho um coração ensanguentado, e uma mente perturbada. Provavelmente, agora já não estarei mais entre os vivos, pois não tenho razão para viver, então poderei cuidar de você essa noite, não se preocupe deixei comida, caso sinta fome, e se tiver medo, lembre-se de que estou por perto te protegendo. Dorme bem, meu amor! Aproveite a noite. O céu aqui é bem estrelado"...
(Raquel interrompe novamente a leitura e se deslumbra com as estrelas e retoma a leitura),
" ...E quando amanhecer, aprecie o pôr-do-sol, essas pequenas coisas é que realmente são valiosas. Muito mais que todas as suas joias juntas, e depois do meio dia, uma pessoa chegará e te libertará. Dorme bem, estarei velando seus sonhos daqui em diante. Adeus, meu amor, meu eterno amor."
Raquel, perturbada com tudo que acabara-a de ler, chorando e soluçando, olha ao seu redor e sente empatia por Ricardo e relembra dos momentos que tiveram juntos e pensa que tudo poderia ter sido diferente se tivesse escolhido o amor ao invés do dinheiro. Se sentindo culpada pelo sofrimento de Ricardo, e não sentindo mais prazer em sua vida, procura ao seu redor algo que seja perfuro-cortante, quando encontra um lasca de vidro e lentamente arrasta em seu pele rasgando profundamente, sangrando e chorando, olha para o sol que esta nascendo e sorri.
19
Professor: Erivelto Reis
Aluna: Vanessa Martins Ferreira
Letras Português/Espanhol (2013.1) - Noite
Parte Final de: Venha ver o pôr do sol
“... Foi erguendo o olhar até a chave que ele balançava pela argola, como um pêndulo.”
Neste instante, Raquel lançou seus olhos em direção a Ricardo. E tentando não deixar o desespero assumir o controle, falou com sua voz doce:
- Ricardo, por que está fazendo isso comigo? Que amor é esse que você afirma sentir por mim?
-Ah Raquel, não suporto mais a ideia de estar longe de você!
- Ricardo, meu amor! E você não percebe que me prendendo aqui só vai piorar as coisas? Tira-me daqui! Vamos conversar!
- Tentei conversar durante o caminho, e você só fez reclamar!
- E como não reclamaria?! Você me trouxe para um cemitério! Eu pensei que passaríamos a tarde em algum lugar romântico!
- Que mentira Raquel! Você me disse que ele vai te levar para o Oriente! Acha que vou acreditar que você queria passar uma tarde romântica comigo? - Disse Ricardo, já começando a amolecer.
- Essa viagem, é uma tentativa para me afastar de você! Porque na realidade ele sabe que o meu verdadeiro amoré você!
As palavras de Raquel fizeram com que Ricardo, sem pensar duas vezes, mudasse seus planos, e ele acaba abrindo a fechadura.
- Meu amor, quanto tempo esperei para ouvir isso! - Disse Ricardo, enquanto abraçava Raquel.
- Vamos sair daqui Ricardo?
- Claro querida! Vamos!
- Me deixa pegar minha bolsa, ficou lá embaixo - Raquel desce e se abaixa perto da bolsa, retira suas luvas suas luvas de dentro dela e diz:
- Minha bolsa ficou presa, me ajude Ricardo!
Ela dá alguns passos para trás, Ricardo passa por ela indo em direção à bolsa. Nesse momento, Raquel pega uma arma que estava junto com as luvas e atira em Ricardo.
- Acabou! - Disse Raquel.
Desde o momento em que aceitou encontrar-se com Ricardo, ela havia planejado colocar um ponto final nessa história que tanto sofrimento lhe causava. Durante anos foi perseguida pela paixão doentia de Ricardo. Ela sabia que esse martírio só acabaria com a morte de um dos dois.
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Aluna: Mônica Cristina da Rocha Teixeira
Curso: História - 1º Período - Noite
Professor: Erivelto Reis
Alunos: Allan Felipe Santana Fernandes
Patrícia Theodoro Pereira Cabral
Curso: História e Letras
Disciplina: Ofina de Produção Texto
Período: 1º Período
Turno: manhã
Final Alternativo para conto de Lygia Fagundes Telles
Raquel, desesperada continua gritando por socorro. Depois de muito tempo, chorando, cansada e com muito frio, começa a refletir nos motivos de Ricardo para rendê-la naquele lugar.
- Ai, meu Deus, por que o Ricardo está fazendo isso comigo? Acho que ele está me castigando por eu tê-lo trocado por outro homem. Mas acho que vai me tirar daqui, ele disse que me ama.
Enquanto Ricardo descia a ladeira, pensava no desespero de Raquel.
- Raquel deve estar achando que estou brincando, que só quero dar um susto nela!
Raquel refletia em como tinha tratado Ricardo. De repente, apareceu pela frincha da porta uma réstia de sol, Raquel nunca tinha parado para admirar o pôr-do-sol. Ficou parada admirando-a e pensou se veria ou sentiria o seu calor outra vez.
Quando a pequena luz do sol foi sumindo, Raquel sentiu como se estivesse levando sua vida junto.
Ricardo observava o pôr-do-sol pela janela do seu quarto e imaginou Raquel vendo-o.
- Meu amor, espero que esteja apreciando este lindo pôr-do-sol.
Raquel permanecia sentada na escada com medo, e percebeu que suas mãos e pés estavam ficando dormentes por causa do frio.
- Espero que a noite passe rápido, amanhã o Ricardo vai me tirar daqui!
Amanheceu e Raquel treme cada vez mais de frio e sente dores no peito quando respira.
- Parece que meus pulmões estão congelados, sinto tanta dor quando respiro. Hoje o Ricardo vai me tirar daqui, ele já brincou o suficiente comigo, estou morrendo de frio, preciso me aquecer. Não vou aguentar passar outra noite aqui!
A ansiedade crescia à medida que a noite ia chegando.
- Se o Ricardo não me tirar logo daqui, vou morrer de frio. Me perdoe Ricardo, nã me importei com seus sentimentos, fui muito egoista pensando só em mim. - Pensou Raquel.
Mais uma noite vai chegando, desta vez não teve pôr-do-sol, pois o dia foi nublado e chuvoso.
Raquel, já debilitada, estava sentada na fria escada e encostada na parede. Lembrou dos momentos bons que passou em sua vida, da viagem que faria ao Oriente se não estivesse ali e até dos momentos que passou com Ricardo.
- Como fui tola, insensivel, egoísta. Valorizei mais o dinheiro do que as pessoas. - Pensou Raquel.
Na manhã seguinte, Ricardo vai ao cemitério. Chegando onde tinha deixado Raquel, abriu a porta da capelinha, entrou e viu sua amada sentada na escada já sem vida, abriu a portinhola de ferro, tomou-a em seus braços e colocando em cima do altar de marmore que fica no centro da catacumba, começou a limpar suas mãos, seus pés, penteou seu cabelo, tirou seu roupa e colocou um lindo vestido que havia comprado com o pouco dinheiro que conseguiu guardar. Abriu a gaveta de sua prima fictícia Maria Emília e colocou Raquel lá dentro. Ricardo ficou admirando sua beleza e deu um beijo em sua face.
- Adeus, meu amor, enterro com você o meu passado.
Ricardo fechou a gaveta e por um momento, ficou olhando para os olhos verdes de Maria Emilia na foto que tanto lembravam o da sua amada Raquel.
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Oficina de Produção de texto
Professor: Erivelto Reis
Aluno: Marcio de Freitas Lopes
Licenciatura em Informática
1° período/ Noturno 2013-1
Descanse em Paz
Se dirigindo à sua humilde residência, Ricardo foi analisando a possibilidade de concluir o seu plano; enquanto isso Raquel, em desespero, presa
ainda no jazigo, tentava, aos prantos, conseguir sair! Sem sucesso e com bastante medo dos uivos que ficavam cada vez mais próximos, ela se amedrontava cada vez mais e refletia:
- Ele está se vingando de mim? Mas por quê?
Ricardo, de volta ao cemitério, começou a arrumar uma lápide com a descrição de Raquel na qual se lia "AMOR ETERNO!, enquanto cavava sua cova.
Ao amanhecer, ele voltou-se para onde ela estava presa e destrancou a porta esfaqueando-a em seguida.
- Prefiro que você morra, do que vê-la nos braços de outro homem... - disse ele. Raquel suspirou e morreu agarrada a Ricardo que friamente enterrou a bela moça ao lado do túmulo de sua família; onde, mais tarde, viria também a repousar.
Aluna: Mônica Cristina da Rocha Teixeira
Curso: História - 1º Período - Noite
Professor: Erivelto Reis
VENHA CONHECER O PÔR-DO-SOL
(Continua)
Ricardo,
enquanto caminhava para o ponto de ônibus mais próximo daquele lugar
remoto, sentia que um filme passava por sua cabeça com todos os bons momentos que
compartilhou ao lado de Raquel naquele ano tão marcante em sua vida.
Então,
tomado de um arrependimento enorme, tendo certeza que não fazia parte
da sua natureza uma atitude tão cruel, corre e volta para o cemitério para
desfazer o seu mau feito.
Refez aquele percurso tão longo a pouco percorrido ao lado de sua amada em poucos minutos.
- Raquel! Raquel! Gritou desde o portão de entrada.
- Raquel, Raquel, meu amor, eu me arrependi e voltei!
Destrancou
o jazigo onde ela estava e no final da escada se deparou com o corpo
inerte de Raquel no chão. Tarde demais para qualquer arrependimento:ela
estava morta! Pois, no desespero de sair daquele lugar horrível, despencou
pelos degraus e quebrou o pescoço.
Ricardo é atormentado, até hoje, por aqueles gritos de animal estraçalhado multiplicados em seus pesadelos.
FIM
21
Alunos: Allan Felipe Santana Fernandes
Patrícia Theodoro Pereira Cabral
Curso: História e Letras
Disciplina: Ofina de Produção Texto
Período: 1º Período
Turno: manhã
Final Alternativo para conto de Lygia Fagundes Telles
O Amor e a morte
Raquel, desesperada continua gritando por socorro. Depois de muito tempo, chorando, cansada e com muito frio, começa a refletir nos motivos de Ricardo para rendê-la naquele lugar.
- Ai, meu Deus, por que o Ricardo está fazendo isso comigo? Acho que ele está me castigando por eu tê-lo trocado por outro homem. Mas acho que vai me tirar daqui, ele disse que me ama.
Enquanto Ricardo descia a ladeira, pensava no desespero de Raquel.
- Raquel deve estar achando que estou brincando, que só quero dar um susto nela!
Raquel refletia em como tinha tratado Ricardo. De repente, apareceu pela frincha da porta uma réstia de sol, Raquel nunca tinha parado para admirar o pôr-do-sol. Ficou parada admirando-a e pensou se veria ou sentiria o seu calor outra vez.
Quando a pequena luz do sol foi sumindo, Raquel sentiu como se estivesse levando sua vida junto.
Ricardo observava o pôr-do-sol pela janela do seu quarto e imaginou Raquel vendo-o.
- Meu amor, espero que esteja apreciando este lindo pôr-do-sol.
Raquel permanecia sentada na escada com medo, e percebeu que suas mãos e pés estavam ficando dormentes por causa do frio.
- Espero que a noite passe rápido, amanhã o Ricardo vai me tirar daqui!
Amanheceu e Raquel treme cada vez mais de frio e sente dores no peito quando respira.
- Parece que meus pulmões estão congelados, sinto tanta dor quando respiro. Hoje o Ricardo vai me tirar daqui, ele já brincou o suficiente comigo, estou morrendo de frio, preciso me aquecer. Não vou aguentar passar outra noite aqui!
A ansiedade crescia à medida que a noite ia chegando.
- Se o Ricardo não me tirar logo daqui, vou morrer de frio. Me perdoe Ricardo, nã me importei com seus sentimentos, fui muito egoista pensando só em mim. - Pensou Raquel.
Mais uma noite vai chegando, desta vez não teve pôr-do-sol, pois o dia foi nublado e chuvoso.
Raquel, já debilitada, estava sentada na fria escada e encostada na parede. Lembrou dos momentos bons que passou em sua vida, da viagem que faria ao Oriente se não estivesse ali e até dos momentos que passou com Ricardo.
- Como fui tola, insensivel, egoísta. Valorizei mais o dinheiro do que as pessoas. - Pensou Raquel.
Na manhã seguinte, Ricardo vai ao cemitério. Chegando onde tinha deixado Raquel, abriu a porta da capelinha, entrou e viu sua amada sentada na escada já sem vida, abriu a portinhola de ferro, tomou-a em seus braços e colocando em cima do altar de marmore que fica no centro da catacumba, começou a limpar suas mãos, seus pés, penteou seu cabelo, tirou seu roupa e colocou um lindo vestido que havia comprado com o pouco dinheiro que conseguiu guardar. Abriu a gaveta de sua prima fictícia Maria Emília e colocou Raquel lá dentro. Ricardo ficou admirando sua beleza e deu um beijo em sua face.
- Adeus, meu amor, enterro com você o meu passado.
Ricardo fechou a gaveta e por um momento, ficou olhando para os olhos verdes de Maria Emilia na foto que tanto lembravam o da sua amada Raquel.
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Oficina de Produção de texto
Professor: Erivelto Reis
Aluno: Marcio de Freitas Lopes
Licenciatura em Informática
1° período/ Noturno 2013-1
Descanse em Paz
Se dirigindo à sua humilde residência, Ricardo foi analisando a possibilidade de concluir o seu plano; enquanto isso Raquel, em desespero, presa
ainda no jazigo, tentava, aos prantos, conseguir sair! Sem sucesso e com bastante medo dos uivos que ficavam cada vez mais próximos, ela se amedrontava cada vez mais e refletia:
- Ele está se vingando de mim? Mas por quê?
Ricardo, de volta ao cemitério, começou a arrumar uma lápide com a descrição de Raquel na qual se lia "AMOR ETERNO!, enquanto cavava sua cova.
Ao amanhecer, ele voltou-se para onde ela estava presa e destrancou a porta esfaqueando-a em seguida.
- Prefiro que você morra, do que vê-la nos braços de outro homem... - disse ele. Raquel suspirou e morreu agarrada a Ricardo que friamente enterrou a bela moça ao lado do túmulo de sua família; onde, mais tarde, viria também a repousar.
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Natacia Evilen Queiroz Araújo. Letras-
português/literaturas.
Fundação Educacional Unificada Campograndense
Oficina de Produção de textos- Professor Erivelto.
Continuação do conto: Venha ver o pôr do sol
Ricardo
parou delicadamente em uma lápide como se estivesse aguardando algo. Ficou por
longos instantes olhando os últimos vestígios do pôr-do-sol. Sorriu de canto
enquanto imaginara o destino de sua doce Raquel...
Dentro
da catacumba, um silêncio profundo impregnava todas as paredes sujas. Minutos
antes, Raquel se contorcia em pavor e descrença ao ver a imagem de uma jovem
pálida de fita azul nos cabelos desgrenhados se aproximando vagarosamente de
seu corpo e uma força sobrenatural puxando-a para baixo.
- Não é possível...
Não... Você... – Balbuciava desesperadamente.
- Você
está morta... Não pode ser... – Repetia pra si mesma na tentativa de estar num
sonho bizarro.
A figura
da jovem aumentava aterrorizantemente a medida que o pavor de Raquel crescia
até que ,subitamente, mais um longo minuto de silencio...
- Não! –
Gritou Raquel pela última vez.
Raquel
sentia todas as veias de seu corpo estourar, a garganta sendo invadida pelo que
pareciam grandes porções de ácido, não conseguia respirar... Era como se, uma
mão apertasse obstinadamente seu peito de tal forma que não conseguia mais
mover-se tamanha dor, seus olhos esbugalhados procuravam uma saída, só pode
enxergar a fraca iluminação do sol que se punha lá fora... As lágrimas desciam
convulsivamente num misto de dor e medo... Esvaindo todas as suas últimas
forças, o corpo de Raquel tomba no chão...
Outro
longo minuto de silencio... Todas as velas da catacumba acendem repentinamente.
O corpo caído levanta-se delicadamente, caminha até um dos extremos do local
como se soubesse exatamente aonde suas pernas a levariam. Abaixa-se e pega uma
fita azul puída pelo tempo e a amarra em volta do pescoço. Um vento forte abre
a portinhola de ferro. A mulher sobe as escadas olhando fixamente para fora.
Caminha até a lápide onde Ricardo está...
- Você
demorou... – Diz Ricardo enquanto toma a mulher pelas mãos.
- Não,
você demorou em me arranjar um novo corpo. – Rebate a mulher enquanto caminha
em direção à saída do cemitério.
- Não se
zangue meu anjo, precisava de alguém que pelo menos tivesse os seus olhos para
eu lembrar como você era todos os dias...
A
noitinha começa enquanto Ricardo acrescenta:
- Que
pena, Maria Emília, o sol já se pôs, mas não se preocupe minha querida, daqui em
diante teremos muitos outros.
24
24
Aluno:Fabíola Valentim Blanc
Período:1° Período
Venha Ver o Pôr-do-Sol (Continuação)
Raquel solta gritos
Horrendos, muito amedrontada chorando muito ao ver que ficou lá
só.Conforme passa o dia, vai ficando fraca, chega até a desmaiar. Quando
Ricardo vê que já se passaram dois dias e duas noites ele volta com comida e água, pois
sabe que Raquel está fraca.
Diz Ricardo:
-Se
eu abrir esta porta Raquel você larga este rico e fica comigo? Pois
não tenho dinheiro;como ele, mas tenho amor!Não vá mais para o Oriente. Fique comigo! -Raquel fica comigo?
-Sim...
-Sim...
-Eu vou só arrumar as minhas coisas e vou para a pensão onde você mora.
Então
Ricardo abre a porta e a abraça e beija, então ela come, bebe e depois
ele a carrega nos braços e a leva até o táxi. Ele vai embora para a
pensão e Raquel nunca mais volta.
E com o passar dos dias Ricardo se desespera pois sabe que perdeu Raquel para sempre.
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Aluno: Marcos Werneck
1º período
Oficina de Produção de Textos
Curso: Não informado
O Derradeiro Pôr-do-Sol
O pânico tomou Raquel, ela não conseguia acreditar que tudo acabaria deste jeito, num lugar ermo, frio e esquecido.
Raquel debatia-se contra seu triste destino. As insistentes tentativas por livrar se daquele lugar causava-lhe grandes e mortais feridas nos pulsos, de onde sentia esvair sua vida de luxúria e descaso. Seus gritos não tocavam Ricardo, que embrutecido pelo seu desprezo, agora se regozijava face ao seu desespero, ele sentia se vingado, não apenas de Raquel, mas também daquele homem que lhe tirara a razão do viver.
Raquel não apenas sofria as consequências físicas daquela dor, era também torturada por sua consciência, o que fazia com que ela se revolvesse por aquele cenário lúgubre, desejando uma vez mais poder consertar o que não tinha mais conserto. Ricardo, numa atitude sarcástica, aproxima-se uma vez mais de Raquel querendo mostrar a ela tudo o que sentiu quando foi deixado.
– Raquel, assim foram os meus dias depois que você me abandonou. Sofrendo, revolvendo-me, na busca por um raio de esperança, mas nada encontrei a não ser o desespero e o desapego pela vida. Não sofra, meu bem, eu cumprirei minha promessa, o mais belo pôr-do-sol de toda sua vida. E depois, e depois... Boa noite, Raquel.
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Oficina de Produção de Textos
Lidiane Cardoso
Adenilson Pereira
História/ 1º período - Manhã
Despertar
Luzes, vozes, gemidos. Raquel acorda subitamente,c om um sembrante pálido como o de uma folha de papel.
No primeiro momento, sem entender nada, mas logo ouve uma voz ao longe perguntando-a:
- Raquel,como você está? Era seu medico, dizendo que acabara de acordar de um estado de coma, mas que, por um milagre, tudo estava bem.
Uma enfermeira pergunta sobre a quem avisar, já que há algum tempo ninguém estava visitando Raquel.
Raquel olha com um olhar penetrante para aquela que tornara a pessoa mas próxima,e pergunta por seu marido.
- Ele já não aparece há algum tempo Raquel, responde a enfermeira, com uma pitada de constrangimento e piedade.
As lágrimas tomam conta de seus olhos verdes e sua face sem vida.Naquele momento instantes de sol entra em seu leito e a fez desejar ser aquecida,não apenas por raios que penetram profundamente mas logo toma outro rumo,mas pelo verdadeiro amor que havia perdido por conta de sua vaidade, fazendo com que Raquel lembrasse do sonho e, principalmente, daquele que havia trancado ela em seu coração e que necessitava reencontrar para que juntos retomasse aquele amor adormecido pelo tempo.
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Gabriella Cristine Castro da Silva
Turno: Manhã
1º período
Curso: 1º periodo - Letras: Português/ Literatura
Oficina de produção de textos
Professor: Erivelto Reis
Venha ver o pôr do sol parte II – O que acontece com Raquel?
"Durante algum tempo ele ainda ouviu os gritos que se multiplicaram, semelhantes aos de um animal sendo estraçalhado. Depois, os uivos foram ficando mais remotos, abafados como se viessem das profundezas da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano escutaria agora qualquer chamado. Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda."
Enquanto isso, Raquel, desesperada, decide procurar uma forma de sair daquela catacumba. De repente, Raquel encontra um baú com muitas coisas de menina: fitas, roupas, joias, sapatos... E acha também uma foto em um porta-retrato, era Maria Emília. Provavelmente, aqueles eram seus pertences. Desolada, Raquel começa a chorar e pensa "Se eu fosse fiel ao meu namorado isso nunca teria acontecido". Logo em seguida, bate na parede com raiva e percebe que a parede está oca. Rapidamente, afastou o baú da parede e descobriu que havia uma passagem por ali, uma pequena porta que o baú tampara. ‘’Como vou sair daqui? A porta está trancada!’’, pensou Raquel. Então decidiu olhar dentro do baú na esperança de encontrar algo que a ajudasse... Tudo em vão não havia nada no baú que abrisse a porta, com raiva, Raquel empurra o baú com força até que ele vira no chão. Raquel percebe então que embaixo do baú há um compartimento, ela o abre e vê uma chave. Mas que depressa Raquel a pega e vai em direção a porta para tentar abri- lá...
- Não acredito, estou livre! Juro ser fiel ao meu namorado a partir de hoje! Exclamou Raquel.
Com muito esforço, Raquel consegue sair da catacumba, corre como nunca correu antes. Estando longe daquele lugar, Raquel encontra um guarda; ofegante conta a ele o que acontecera. Levaram o caso a policia, e logo estavam na porta da pensão de Ricardo. Ele, por sua vez, estava em seu quarto bebendo uma cerveja para comemorar seu ‘’grande feito’’. Os policiais entraram em seu quarto e o levou a delegacia. Não tendo como provar o contrário Ricardo foi preso. Raquel aparece em frente à cela de Ricardo e diz em tom irônico:
- A vida dá voltas não é mesmo? Boa noite, meu anjo.
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Nome:Jacqueline Gomes Espírito Santo
Letras: Português-Inglês
Vamos ver o Pôr-do-Sol (Final)
Qual não foi a surpresa de Raquel, ao ver a “brincadeira” de mal gosto que Ricardo fizera com ela na calada da noite. Raquel ficou aos prantos, sozinha ,gritando de dentro do jazigo sem que ninguém pudesse escutá-la.
Pela manhã, depois de tanta procura, por toda a vizinhança, seu marido a encontrou no cemitério abandonado, que era o único lugar que faltava procurar. Desmaiada, depois de tanto chorar e gritar, foi acordada, num sobressalto, pelo marido e os vizinhos que arrombaram a fechadura.
Quando Rachel contou o que havia acontecido, depois de ser levada ao posto médico, seu marido mandou procurarem Ricardo em todos os cantos e, qual não foi a surpresa de Raquel, ao descobrir que Ricardo havia morrido há quase um ano. Na verdade, ele era um fantasma que voltou pra se vingar de Raquel por ela ter deixado ele para se casar com um homem muito rico.
Coitadinha de Raquel, ficou completamente descontrolada e foi parar em uma clínica de reabilitação mental...coitadinha da Raquel.
29
29
Lidiane Rangel Faleiro
Letras- Português/Espanhol
1°Período - Manhã
Tema: VENHA VER O PÔR-DO-SOL
Final Alternativo:
O fim de Raquel e Ricardo
No dia seguinte, Ricardo volta ao cemitério. E grita:
-Raquel, Raquel!
-É você, Ricardo?
- Sim, sou eu! Como você passou essa noite?
-Ah... Ricardo, ainda pergunta?! Já está na hora de parar com essa brincadeira, que por sinal não tem graça nenhuma.
Ricardo fica em silêncio por alguns minutos e logo em seguida...
- Raquel, você não está curiosa para saber por que fiz isso?
- É Ricardo boa pergunta. Por que fez isso, hein?
- Eu te amo muito, Raquel. Você foi, é e sempre será a mulher da minha vida. Não suporto ter que dividi-la com outro.
- Você sabe muito bem que o nosso caso acabou.
- Por isso! Se você não quer ser só minha, também não será de mais ninguém.
_Você não pode me obrigar a ficar com você, Ricardo!
_Como não?! Você já é minha!Todos os dias eu virei aqui trazer-lhe comida.
- Não, Não! Você não pode fazer isso comigo. O meu marido é rico, eu posso pedir dinheiro a ele e te dou se você me tirar daqui.
- Não se trata de dinheiro, Raquel e sim de amor. Você me amava antes dele aparecer em nossas vidas.
Em seguida Ricardo vira de costas e diz:
- Estarei de volta mais tarde e trago a sua comida preferida.
- Não é possível, eu devo estar sonhando, o Ricardo não é capaz disso.
Os dias foram passando e Ricardo que já vinha demonstrando sinais de problemas mentais piorava cada vez mais.
Raquel não agüentando toda aquela tortura, quebra um dos vasos de flores em sua cabeça e morre imediatamente.
Ricardo resolve passar o resto de sua vida ao lado de seu amor, já que para ele a vida não tinha mais sentido. Então, Ricardo entra na sepultura, quebra um outro vaso de flores em sua cabeça e cai ao lado de sua amada.
30
Feuc – 1° Período – Letras (noite)
Nome: Mara Fernanda Marcos Santiago
Prof.: Erivelton Reis
Um conto de Lygia Fagundes Telles
VENHA VER O PÔR-DO-SOL
O que aconteceu com a Raquel?
...Examinou em seguida as grades cobertas por uma crosta de ferrugem. Imobilizou-se. Foi erguendo o olhar até a chave que ele balançava pela argola, como um pêndulo.
Encarou-o, e disse:
-Não faz isso, Ricardo, por favor, não faz isso.
Voltando ainda para ela, Ricardo chegara até a porta e erguendo os braços a fechou, em seguida colocou a chave no bolso e foi em caminho da saída, Raquel ao ver tal ação, gritou desesperada por socorro durante algum tempo, mas ao olhar para os lados verificou que ninguém poderia a ouvir, se acalmando
pensou: "sou muito idiota, como acreditei nele? Bem, agora preciso sair daqui."
E, em um pensamento astuto, lembrou-se de uma faca que tinha colocado em sua bolsa antes de sair de casa, pois como Ricardo, por telefone, parecia desesperado ao convidá-la preferiu prevenir-se.
Ao ver as grades cobertas por ferrugem, pensou consigo: "quebrarei um ferro desses e como sou magra conseguirei passar por entre eles."
Pegou a faca em sua bolsa e começou a roçar com bastante força em um dos ferros da grade, depois de um tempo conseguiu retirá-lo, em seguida, com bastante cuidado, passou por entre as grades, puxou a porta e saiu correndo em direção à saída.
Quando corria pensava consigo, vou me vingar do Ricardo, isso não vai ficar assim.
31
Nome:
Edlayne Gomes de Souza
Jeferson Costa da Silva Barbosa
Tony Wilson da Silva Zamba
Curso/Período:
História / 2013.1
Turno:
Manhã
Disciplina:
Oficina de Produção de Texto
A
vingança
Durante
algum tempo ele ainda ouviu os gritos que se multiplicaram,
semelhantes aos de, um animal sendo, estraçalhado. Depois, os uivos
foram ficando mais remotos, abafados como se viessem das profundezas
da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao
poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano
escutaria agora, qualquer chamado. –Acendeu um cigarro e foi
descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.
Ricardo
estava começando a se arrepender do que havia feito com sua amada,
mais lembrou-se que a única coisa que Raquel gostava era dinheiro e
boa vida, a vida que o outro dava para ela, tudo que ele não podia
dar, o que ele tinha para oferecer a ela era seu amor platônico e um
quarto de pensão. Logo, sentiu que havia feito à
coisa certa, já que para ele era melhor vê-la morta do que com
outro, a única coisa que restou de sua amada foram apenas as
lembranças, as lembranças daquele ano em que estavam juntos e que
fora o mais feliz de sua vida. Ricardo continuou descendo a ladeira,
por um momento parou e olhou para trás, mais logo voltou a seguir
seu caminho sozinho e com seus pensamentos amargurados.
Enquanto isso, Raquel, que no inicio não queria se quer encostar-se às paredes da
catacumba, estava agora caída ao chão, sem forças, chorando, se
perguntando por que Ricardo teria feito isso com ela, se antes ele
havia dito que ainda a amava. Então, ela viu as frestas de luz se
afastando da catacumba, o choro de Raquel se intensificou e com o
pouco de força que ainda lhe restava começou a esmurrar o chão,
lentamente seu rosto encostou-se ao chão, seus olhos foram se
fechando e ali Raquel adormeceu por toda a eternidade.
32
Aluna: Livia Lauermann
Letras\Inglês
Aluna: Livia Lauermann
Letras\Inglês
Oficina de Produção de Textos
FOTOGRAFIA
"Não... Não... ele não poderia ter feito isso comigo..." . Falava consigo mesma, enquanto tentava, em vão, recobrar os sentidos.
"E tudo que vivemos ? Você me amava... Sempre dizia que me amava..."
Era como uma louca falando ao espelho, de sorte que o espelho era uma sombra que, devido ao crepúsculo, projetava-se, alongada, no chão.
Raquel levou uma das mãos aos lábios, estava ofegante, sua voz já fraca de tantos gritos não poderia ser ouvida ao longe. Maneou a cabeça incrédula, sibilava meia frase que não fazia sentido algum, e então lembrou-se.
- Minha Bolsa! – Agitou-se rapidamente, colocando-se de pé e descendo a escadinha em caracol, junto aos gavetões, e lá encontrou a mesma caída no chão. Pegou-a com um leve brilho nos olhos, o sorriso que outrora tinha se apagado da face surgiu, magnífico, perfeito e completamente radiante.
Quando ele havia lhe entregue o “presente”, não entendeu muito bem, achou de mau gosto e até exagerado. Mas havia prometido levar onde quer que fosse. E não é que agora aquilo lhe era extremamente útil?
Raquel sorria, com os olhos no inanimado. Voltou a olhar a fotografia da tal Maria Emília. Fez um gesto em direção a mesma, retirando-a do seu local, limpou a poeira que jazia na foto. Tomou a bolsa e agarrava com tal vigor junto ao corpo enquanto voltava a subir as escadas, chegando junto a portinhola fechada ao trinco.
Por fim, chegou, acabou por se jogar na cama, estava cansado, atribulado. Elevou seu olhar em volta e suspirou, estava mesmo no fim do poço. E agora havia deixado a mulher que amava para morrer. Antes morta que de outro! Pensava consigo mesmo. Em meio a pensamentos acabou por adormecer, mal se dera conta que a noite avançara. Acordou em meio a um pesadelo, com um nome nos lábios.
- Raquel... – Exalou enquanto abria os olhos no quarto escuro, era com ela que estava a sonhar.
Ficou ainda um tempo olhando a fixamente a frente, a ansiedade e arrependimento lhe confundiam, a tal ponto que parecia até mesmo ver sua amada Raquel ali a frente, naquele quarto imundo.
- A bela Raquel, se não fosse tão orgulhosa e interesseira, poderia ainda estar viva... – Falava a miragem como se ainda sonhasse.
- Mas eu estou viva “querido Ricardo” – Sua voz soou rouca e amargurada, assim como o estridente som que se ouviu após...
- Pôr-do-sol... – Falou quase num suspiro, olhando a réstia de sol que ali adentrava. Abriu sua bolsa de mão e de dentro da mesma o retirou. Pequeno, reluzente e salvador. O último presente de seu “amigo.”
Uma pequena arma prateada luzia na mão de Raquel. Um revolver para mulheres, disse-o quando lhe deu, para alguma emergência, quando não estiver por perto. Parecia assim que aquela emergência havia chegado.
Nunca antes havia empunhado uma arma, mas a ocasião lhe fez quase perita. Apontou, mirou e atirou. A bala ricocheteou no trinco e o partiu. A pressão do impacto, fez Raquel tremer e até dar um passo atrás. Mas agora estava livre. Poderia partir e assim o fez, saiu sem olhar para trás daquele mausoléu abandonado. Com sua vista embargada e a face corada, só tinha um pensamento... Ricardo.
Na manhã seguinte, uma notícia percorria toda a cidade. Fora encontrado em uma pensão o corpo de um jovem morto com um tiro no peito. Não seria nenhuma novidade tal situação, se não fosse por uma estranha constatação. O homem encontrado, segurava um retrato. Uma fotografia antiga, de uma jovem já desbotada, conhecida por muitos como a Mulher do Cemitério, pois segundo lenda vigente fora morta por seu amante, e a cada por do sol voltava a assombrar amantes desesperados, que de alguma forma prejudicaram suas mulheres. De sorte que as buscas pelo real assassino não prosseguiram, e quem matou o jovem se tornou outra das lendas que se contam até hoje.
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Alunas: Ester Borges e Fabiane Alves
Curso: Letras/Espanhol
1º Período
Disciplina: Oficina de Produção de Texto
Turno: Manhã
Prof.: Erivelto
O ÚLTIMO ENCONTRO
... Ao ver o contraste das ferrugens da porta, o brilho da nova fechadura daquela horrenda catacumba, Raquel teve a certeza das intenções de Ricardo: sim, aquele era o último encontro!
Ainda desesperada, ela gritou, esmurrou, tentou inutilmente quebrar os ferrolhos desgastados pelo tempo, porém, ainda muito resistentes. Aos poucos, as trevas entraram pelas frestas da porta. O frio lhe congelou a alma, sepultando os seus sonhos. Tudo estava acabado!
Ricardo, o débil amante, deitou em sua cama, olhou pro teto mal embolsado, e falou baixinho:
- Ainda sinto o seu perfume, Raquel! Fumou um cigarro saboreando o sabor da vingança, planejada a meses.
- Não se preocupe com a sua beleza e luxúria! Aos poucos, se fundirá à feiura e pobreza desse lugar.
-Tenha uma ótima noite, meu anjo! ...Minha eterna Raquel.
34
Nome : Priscila de Souza Ribeiro
Curso:Geografia /1⁰ período
Turno: Manhã/Oficina de Produção de Textos
Cadê Raquel?
Durante algum tempo ele ainda ouvia os gritos que se multiplicavam,semelhante aos de um animal sendo,estraçalhado.
Ao chegar à pensão horrenda, logo na entrada, encontra com a dona da pensão que nunca perde a oportunidade de fofocar. Ela percebeu que Ricardo estava triste, preocupado.Perguntou, esta tudo bem?Aumentando ainda mais sua preocupação.
Em seu quarto, Ricardo ainda escutava os gritos de Raquel e fumava um cigarro atrás do outro e pensava se realmente a vingança valeria a pena, e se Raquel merecia o que ele fez.
Ao amanhecer, como não estava sentindo-se bem com o que fez, resolveu voltar ao cemitério para tirar Raquel da capela.
Quando abriu a capela, percebeu que Raquel não estava lá. Estranhou que a capela estivesse fechada. Não havia sinal de arrombamento.O que teria acontecido? Teria Raquel sido salva por alguém? Como?
Então Ricardo saiu, deixando a porta aberta e foi procurar uma resposta para o que teria acontecido.
O que Ricardo não imagina é que Raquel se escondeu dentro do gavetão e ao deixar a porta aberta ela saiu foi embora sumindo sem deixar rastros. Ricardo vive a angústia sem saber o que teria acontecido a Raquel.
35
Oficina de produção de textos
Professor Erivelto Reis
Aluna: Daiane Freitas do Nascimento
Curso: Letras\Espanhol
O Reencontro
Raquel, ainda presa naquela catacumba se via desesperada. Mesmo sabendo que estava sozinha não deixou de pedir por socorro.
- Socorro! Socorro! Por favor, alguém me ajude! Tirem-me deste imundo buraco!
Já cansada e com sede, depois de tanto gritar, deitou-se no chão a fim de recuperar seu fôlego para voltar a pedir por ajuda.
Deitada e sozinha, Raquel tentava pensar em formas de como conseguiria sair dali, resolveu então procurar saídas, objetos que a ajudariam ou até mesmo quem sabe, não existia uma chave extra.
Raquel procurou por todos os lados e em todos os cantos, em cada fresta criada pelo tempo, em cada pedra que parecia ter sido mal colocada nas paredes. Já não havia mais onde procurar, até que com muito receio decidiu olhar naqueles gavetões onde se encontravam os corpos dos defuntos. Achou que talvez, encontraria algo que pudesse a salvar daquele inferno.
Direcionou-se então para a primeira gaveta do lado leste. Nesta gaveta não havia fotos, nem mesmo datas, somente um nome "Richard Pinheiro" e uma linda alça bem trabalhada em ouro.
Raquel, ao abrir a gaveta espantou-se, pois dentro da gaveta não havia nada, nem mesmo o pó do tal Richard. Achou estranho, porém não parou por aí.
Direcionou-se à gaveta ao lado, nela havia uma bela moldura em prata com o retrato de uma jovem que parecia ter pouco mais de 15 anos. Pelo descrito na gaveta seu nome era Carmen, nascida em 1798 e falecida em 1815. Raquel abriu a gaveta, descobriu então o fim de seu osso, mas ao lado de seu esqueleto um papel dobrado chamou a atenção de Raquel. Ela pegou o papel e leu:
" Querida Carmen,
Todos os dias que passei em sua companhia foram extraordinariamente maravilhosos.
Cada segundo que pude sentir o seu toque e o doce perfume que exala de seu lindo cabelo jamais sairão da minha memória.
Amo-te irrevogavelmente, queria que acima de tudo soubesse disso.
O motivo principal desta correspondência é te alertar, quero que fique atenta, pois Maria Emília pode tentar algo contra você.
Maria Emília ama a mim, deseja acima de tudo que eu fique com ela, sempre com ela e com ninguém mais.
Ela faz ameaças a mim e a quem esteja perto de mim, ela promete assassinar-me e a suicidar-se logo após, por isso tenho muito medo do que pode nos acontecer.
Agora que sabe meus verdadeiros sentimentos queime esta carta, pois se Emília a pegar você estará morta.
Eu te amo e te vejo do outro lado, meu amor!
Richard Pinheiro"
Após ler a carta, Raquel lembrou-se então, de que, a menina a quem Richard se referia era a suposta prima de Ricardo.
Raquel, então intrigada com toda essa história foi até o tumulo de Emília, quando abriu, chocou-se com o que viu. Lá não estava apenas Emília, mas Richard encontrava-se junto dela.
Os ossos de suas mãos entrelaçados e no meio deles um pequeno pedaço de papel com uma bonita e fina caligrafia dizendo:
"Richard & Emília
Nem mesmo a morte
Nos separará!”
Raquel então percebeu o que acontecia ali. Emília havia matado Carmen após descobrir seu amor com Richard. Depois matou Richard e se suicidou para que assim o amado pertencesse somente a ela, porém ainda havia algo a ser esclarecido. Como o corpo de Richard fora parar junto ao de Emília?
Raquel morrendo de medo, completamente confusa e assustada começou a gritar e a pedir socorro:
- Socorro! Ricardo volte, por favor! Alguém está me ouvindo? Por favor, aqui em baixo!
Cansada e confusa, Raquel deitou-se ao pé da escada e adormeceu...
Após algum tempo, Raquel despertou com a neblina fria que invadia o lugar. Arrastou-se até a portinhola. Faminta e com muita sede, Raquel tornou a gritar e a chamar por Ricardo.
-Ricardo, meu amor, eu sei que você ainda está ai! Por favor, me tire daqui!
Raquel então ouviu, atrás dela, uma bela e atraente voz feminina que dizia:
- Mas que droga Carmen, será que você pode deixar o meu Richard em paz? Ele já te deixou aqui, ele não vai voltar pra te salvar!
Raquel agora aos prantos, mas sem olhar para trás abaixou a cabeça sem nem conseguir se mover por alguns minutos. Quando deu por si, Ricardo estava de pé na sua frente com a mesma expressão que estava quando a deixou lá. Raquel tentava lhe pedir ajuda, mas nenhum som saia de sua boca. A voz aguda atrás dela soltou uma risada displicente e disse:
- Hahahaha! Minha querida, você realmente achou que eu não ia mais aparecer né? Está imóvel e sem ação alguma. Aiai sinto informa-la, mas daqui você não sai. Pelo menos não com vida!
Raquel não sabia o que fazer quando a voz que, agora lhe era familiar disse:
- Vamos, meu amor, acabe logo com isso!
Ricardo então como num passe de mágica estava dentro da catacumba, no topo da escada ao lado de Raquel. Ele a olhou nos olhos e a empurrou da escada. Raquel rolou degrau por degrau, chegou ao chão, desacordada. Ao acordar, Raquel se deparou com Ricardo apontando uma pistola para sua cabeça e viu ao fundo a pequena menina exatamente igual a que Ricardo havia descrito como sua prima morta.
A moça deu um sorriso debochado para Raquel, caminhou até o lado de Ricardo o abraçou e disse:
- Veja só meu amor, o quanto ela é ridícula. Fez-se tão parecida comigo para roubar-te de mim, mas nem assim ela chega aos meus pés.
Raquel não entendia mais nada, ainda estava tonta com a queda e Ricardo ainda estava ali com a pistola apontada para sua cabeça. Ela então esticou sua mão para toca-lo. Ao chocar sua pele com a dele sentiu algo estranho. Passou a ver coisas, em seu delírio ela era Carmen, Ricardo chamava-se Richard e Emília sempre entre eles. Raquel viu tudo o que acontecera em seu passado. Ela compreendeu que seu destino era ao lado de Ricardo, mas Emília não deixaria, não concordaria e a invejava. Emília tomou total controle sobre ele, sobre suas atitudes e pensamentos ele pertencia a ela agora, o Ricardo que conheceu um dia não existia mais.
Raquel recuperou a visão, olhou nos olhos sem vida de Ricardo e disse:
- Eu sei que não foi você, eu sei que não é você. Eu te amo e te perdoo!
Emília olhou aquela situação e mais que depressa deu a ordem para Ricardo disparar.
-Agora Richard, acabe agora com ela!
Com a pistola no centro da cabeça de Raquel, ele olhou-a nos olhos. Movendo os lábios sem deixar escapar nenhum som murmurou:
- Eu te amo e te vejo do outro lado meu amor!
E disparou o gatilho.
Tempos depois encontraram o corpo da moça, ao lado do corpo estava a pistola e lá continha as impressões digitais dela.
Com as investigações policiais constataram que a jovem havia se suicidado, mas o motivo até hoje é um mistério.
36
Nome: Neila Cátia de Souza Medeiros
Turno: Noite
Curso/Período: Pedagogia
OFICINA DE PRODUÇÃO DE TEXTO
Professor : ERIVELTO REIS
Venha ver o pôr-do-sol - Lygia Fagundes Telles
Final Alternativo
Ao passar pelo portão, ao ouvir bem fraquinha a voz das crianças, me senti numa profunda amargura, os gritos de Raquel são vivos em meus ouvidos, apesar de dias passados, venho aqui confessar meu delito, fiz isso porque me senti pequeno, inferior saber que minha amada tinha se casado com um príncipe e eu não tenho aonde cair vivo, morando em pensão, sei que não justifica e não tenho perdão, por isso lhe imploro seu delegado me prenda pois só assim vai amenizar minha dor e culpa, minha covardia. Ela não voltará mais e eu tenho que pagar pelo o que fiz, foi assim desse jeito convidando ela para um ultimo passeio, para ver o pôr-do-sol que a levei para a morte. Tão linda com aqueles olhos verdes. Eu, Ricardo, não tenho mais nada a dizer somente carregar essa culpa.
37
Aluno: Ivonete Fernandes Braga
Curso: Matemática
Período: 1º Período
Disciplina: Oficina de Produção de Texto
Turno: Manhã
OBS: Além do dom natural de Deus, meu filho ou a dificuldade que ele teve em matemática foi o meu maior incentivo a escolher este curso. Não serei a melhor professora, mas, lutarei para ajudar a tantos quantos precisarem.
A Lei do Retorno
Passados, mais ou menos meia, Ricardo volta ao lugar onde deixara trancada Raquel. Em conflitos de sentimentos, Ricardo não sabia se a deixava trancada até a morte para que pagasse o que ela tinha feito com ele ou se a soltava para que voltasse para os braços do outro. Mas, o remorso foi mais forte. De repente, lá estava Ricardo, de pé em frente à portinhola olhando para a face desesperada de Raquel. E disse:
-Você é uma das pessoas mais baixa e promiscua que já conheci. Como pude amar alguém assim, tão bonita por fora e tão podre por dentro. Permitir-me anos e anos ficar preso a um sentimento tão nobre por uma mulher a qual pensei que estava somente passando por um momento de dúvidas, dificuldades, vivendo com alguém que não amava por bancar suas contas, mais que nada. Hoje vejo quem você é de verdade e que o maior erro desta história foi o meu, por ter idealizado um amor sincero com a pessoa errada. Meu desejo é de deixar você aí, neste lugar, sujo, imundo, como você... Mas, só Deus tem poder de dar e tirar a vida e de julgar.
-Saia! Anda saia logo. Você está livre... e eu também – disse Ricardo, com os olhos lacrimejando.
-Pois hoje foi o dia em que matei e enterrei o “suposto amor de minha vida”.
Raquel saiu correndo, sem olhar pra trás, e continuou vivendo naquela vida de mentira e engano. Um dia, o homem com quem ela vivia, descobriu tudo a respeito dela e a deixou sem nada. Raquel perdera tudo o que um dia conquistou com o “suor do seu trabalho”.
Ricardo, mesmo tendo matado e enterrado seu “amor”, com ele mesmo afirmou, sofreu durante longos dois anos fazendo terapias e ocupando-se o máximo que podia para não pensar na Raquel.
Numa tarde fria de julho, num banco de pracinha, onde estava observando as crianças brincando, Ricardo conheceu Clarissa. A mulher que o ensinou a se valorizar, vencer seus medos e o que realmente é o amor.
Ricardo e Clarissa se casaram e formaram uma família linda com três filhos lindos e saudáveis.
38
Taís Cristina
1° período (noturno) "Venha ver o pôr do sol"
Segundos finais do pôr-do-sol.
–Cretino! Me dá a chave desta porcaria, vamos! – exigiu, examinando a fechadura nova em folha.
Examinou em seguida as grades cobertas por uma crosta de ferrugem. Imobilizou-se. Foi erguendo o olhar até a chave que ele balançava pela argola, como um pêndulo. Encarou-o, apertando contra a grade a face sem cor. Esbugalhou os olhos num espasmo e amoleceu o corpo. Foi escorregando.
E, aos poucos, Ricardo foi se afastando como se ela já fizesse parte do lugar sombrio; cansada de gritar, Raquel agora se viu só e desfalecida em medo. A medida que os segundos avançavam a luz radiante do pôr do sol foi tomando espaço no lugar escuro, olhando ela em volta avistou no altar uma caixa que até então não notara e seu brilho era de se espantar.
-Como esse lugar manteve esse tesouro?
Era o que se perguntava, e ao abrir aquela caixa encontrou ali uma carta e pegada em curiosidade começou a desvendá-la nos breves segundos antes do pôr-do-sol.
Estava escrito:
“Raquel, meu amor, sei que não pude lhe dar os melhores sapatos, as mais refinadas roupas, os lugares que deseja estar, outros assim o fizeram. Mas saiba Raquel, te dei o que nenhum outro pôde te dar...Te dei amor. Prazer em estar ao seu lado não importando qual fosse o lugar. Hoje te trouxe aqui para deixar a saudade e te mostrar o quanto te amo, não quero condena-la por não me amar, só quero lhe contar que a partir de agora vou embora pra nunca mais voltar. Nos segundos finais dessa luz que te ilumina seguirei para uma outra vida pois não suportarei viver nesta sem você. Não chores meu anjo! A culpa não é sua, eu que quero assim. Veja! Dentro da caixa está a chave da sua liberdade, siga em direção a ela sabendo que seu eterno escravo se foi te amando. Agora Raquel aprecie essa luz que te resta, sabendo que com ela eu também vou, Adeus!”
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Oficina de Produção de texto
Professor: Erivelto Reis
Aluna: Débora Angélica Castelani
Matemática
1° período/ Noturno 2013
O preço do amor
Raquel se entrega ao Ricardo, prometendo amor eterno.
Em um jazigo, frio, escuro, com folhas secas, se amaram pela última vez.
Adormeceram pelo cansaço, sem se preocupar com as horas.
- Raquel, meu anjo acorda !
- Precisava lhe ver mais uma vez, sentir seu perfume, seu jeito meigo, doce e contundente aliado com seu rosto lindo.
Entre sussurros, carícias não perceberam que havia um homem do lado de fora.
Ao abrir a porta do jazigo, um homem portando uma arma direcionando a ela.
Soa um tiro, pássaros voam, gritos tomam conta do espaço pequeno, frio, escuro. Somente se escutavam os gritos da Raquel.
- Ricardo! Ricardo acorda, não me deixa, não me deixa...
Raquel, chorando, inconformada, olha para o homem.
- Por que você fez isso?
O homem saiu correndo, deixando a arma sobre o túmulo.
- Ricardo, lhe prometi amor eterno !
Raquel toma a arma em suas mãos, soa mais um tiro. Tirando sua própria vida para ficar junto de seu amado.
40
FABIANO RODRIGUES DA SILVA
Português / Literatura – Turno: Noite.
Um amor com gosto de sangue
- Dê-me as chaves, Ricardo! Dê-me.
Ricardo parou por alguns segundos no tempo e com aquela sorriso trêmulo não lhe respondera nada .
- Ricardo ! Por favor! Pare de brincadeira e me tire logo deste lugar - Gritava Raquel em prantos.
Nos poucos minutos que Raquel ficara lá dentro, tamanho era o nervosismo. Nervosismo este que aumentava a cada minuto ao ponto de Raquel perder as forças para se manter em pé.
- Ricardo! – Raquel já não tinha mais forças para falar. Naquele estado deprimente não tinha mais o que fazer a não ser esperar uma atitude de Ricardo
- Raquel ,Raquel ! quer sair ? Vou te libertar desse mundo o qual se encontra escorada nessas grades. – Ricardo com as chaves na mão, lança-a para bem longe.
- Minha linda ! Irei libertá-la logo. Algo digno de um príncipe – Ricardo se afasta em direção ao portão e arranca uma lança enferrujada
-Raquel, meu amor ! Como um príncipe , vou quebrar a tranca que te aprisiona neste lugar frio e úmido em que se encontra
Raquel com um fio de esperança e com enorme temos ,observa Ricardo batendo com a lança na fechadura
-Meu amor ! Hoje serei seu príncipe encantado.
A esperança e o receio de Raque começa a aumentar ao imaginar ser tudo uma brincadeira e ao ver tamanho esforço feito por Ricardo.
-Raquel , minha flor ! Segure firme estas grades. – Raquel tira força dentro de si.
Ricardo em posição de combate e Raquel segurando firme, assim sendo ele desfere um golpe firme em seu peito. Raquel agoniza no chão e após poucos segundos Ricardo começa incessante ,um após outro a desferir inúmeras vezes, aquela lança em Raquel. Ricardo banhado de sangue para e observa sua amada.
- Raquel, meu amor ! hoje te liberto da prisão a qual vivia , dando-lhe o descanso e a vida eterna em meus pensamentos.
- Te amo, Raquel ! Daqui para frente sempre estará comigo. – não mais com um sorriso distante e sim um exuberante, Ricardo se afasta lentamente. E ano após ano ele volta na data de aniversário da morte de Raquel para se manter aceso a chama de um amor mortal.
41
Fundação Educacional Unificada Campo-grandense
Elimeiri de Souza Silva Credi-Dio
História – Oficina de Produção de Texto
Manhã – Primeiro período
Veja você o pôr-do-sol
Raquel já não gritava mais, perdeu as esperanças de que alguém pudesse ouvi-la, seu corpo estava mole e languido. Sentou no degrau no degrau superior que ficava próximo à portinhola de ferro e em uma ânsia de desespero ergueu as mãos à cabeça, neste momento ela obteve uma ponta de esperança.
- Claro, como pude ser burra! Se ele realmente acha que eu vou sentar e esperar a morte está completamente enganado...
Ela retirou de seus cabelos, já desconcertados, dois grampos e iniciou a abertura daquela grade com uma ânsia de lutar pela própria vida. Após muito esforço a fechadura finalmente cedeu, lá fora, o crepúsculo já dava lugar ao início da noite. Raquel não via a hora de sair daquele lugar que a pouco pensava ser seu túmulo, mas não podia permitir que a história findasse assim.
-Você vai me pagar Ricardo! Vai se arrepender amargamente do que ousou fazer.
Ela, de repente, teve uma louca ideia, uma ideia insana, um pensamento de vingança que resolveu seguir. Lembrou-se de que em sua bolsa havia uma fotografia dela com seu noivo, a recortou como pode e pegou um batom vermelho que sempre carregava consigo. Quando estava satisfeita com o trabalho, trancou novamente a fechadura e saiu como se nunca tivesse abandonado o local.
-Você vai se arrepender Ricardo...- agora o sorriso meio inocente, meio malicioso estava nos lábios de Raquel.
Passou-se um mês, talvez mais, e Ricardo decidiu voltar e preparar o local para sua próxima vítima.
Aproximando-se da capelinha, Ricardo sentiu uma leve brisa fria. Entrou, abriu a portinhola de ferro, e com sangue frio, desceu esperando encontrar o corpo de Raquel, agora sem vida, caído em um dos cantos.
-Minha cara, eu disse que veria o pôr-do-sol mais lindo do mundo,- disse com indiferença -seu último...
Neste momento. ele se deteve. No chão. aos seus pés. estavam os sapatos; aqueles de que antes Raquel tanto havia reclamado de ter de subir o morro e da lama. Mas nenhum sinal do corpo dela.
-Como? Não pode ser!- disse assustado- não havia possibilidade de que ela saísse daqui.
Ele girou, ascendeu um fósforo e pode contemplar em uma das gavetas a fotografia de Raquel, com as seguintes palavras em vermelho:
“Volto para buscá-lo! Veja o pôr-do-sol...”
Ricardo, em grande desespero começa a gritar, já totalmente transtornado, mas consciente, escuta a grade se fechando. Nunca mais se ouviu falar em Ricardo...
42
Aluno: André César Barbosa
Curso: Inglês
Período: 1°
Turno: Manhã
Disciplina: Oficina de Produção de Textos
De Volta à Vida
Após ter gasto suas forças com gritos e arrancos nas grades, Raquel estava exausta, começou a pensar em Ricardo e na circunstância em que se encontrava naquele momento.começava a ver o quanto foi tão destrutivo o fim do relacionamento para ele e o que seria dela jogada ali.
-Não! Eu não posso morrer aqui dessa forma, ninguém me encontraria nesse lugar abandonado!
O lugar já não tinha tanta luz, pois o dia já começava a findar-se. Foi quando Raquel esbarrou numa cabeça de um anjinho (estátuas muito comuns em cemitérios) e pensou em voz alta:
-Tenho que tentar quebrar algumas dessas grades enferrujadas,nem que seja a ultima coisa que eu faça!
Após uma hora batendo com a cabeça da estátua nas grades,consegui soltar duas delas,o que era suficiente para tentar atravessar.
Raquel estava exausta, com as mãos sangrando,pois eram delicadas devido ao estilo de vida que tinha.conseguiu,apesar de se arranhar muito,sair daquela prisão macabra.
Já era noite e a lua estava cheia, o que para ela foi de grande ajuda pra visualizar o caminho de volta a vida.Tinha uma coisa na mente,em fugir para o Oriente e nunca mais voltar,pois sabia que se caso não consegui-se fugir acabaria morrendo esquecida,isolada dentro daquele mausoléu.
43
Nome : Eduardo Henrique Maximiano da Silva
Curso : Letras/Literatura
Turno : Manhã
Professor : Erivelto Reis
Oficina de Produção de Texto
Venha Ver o Pôr do Sol - Parte II
"Durante algum tempo ele ainda ouviu os gritos que se multiplicaram, semelhantes aos de um animal sendo estraçalhado. Depois, os uivos foram ficando mais remotos, abafados como se viessem das profundezas da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano escutaria agora qualquer chamado. Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda."
Enquanto Ricardo se afastava da capela , Raquel continuava a gritar e a pedir socorro . Em um certo momento ela parou de gritar e pensou “ Por que eu estou gritando se ninguém irá me ouvir ? “Raquel , com sua inteligência, pensou". Deve ter uma saída aqui, basta procurar" .
Enquanto procurava uma saída , Raquel ouviu um barulho estranho e falou – O que será isso ?
Quando ela olhou para trás, viu que Ricardo tinha voltado .
- Raquel, não tenho dinheiro o suficiente, mas tenho algo que é suficientemente o bastante para te fazer feliz – Disse Ricardo, arrependido de ter feito uma brincadeira maldosa com sua amada .
- Não teve graça, Ricardo, você está pensando o quê ? - Disse ela.
- Ricardo,sempre senti algo especial por você, mas agora me solte, por favor.
- Não. Você não está com vontade de saber porque eu fiz isso com você ?
- Está na hora de você me explicar. Você fez isso sem motivo.
- Não, não fiz. Raquel, eu te amo e não suportaria ver outro homem com você; você é a mulher da minha vida e se você não for minha, não será de mais ninguém – Disse Ricardo .
- Me tira daqui Ricardo por favor , eu te imploro – Suplicou Raquel.
- Raquel, eu vou te libertar. Não adianta eu querer que você seja minha contra sua vontade. Eu te amo e não suportaria ver você sofrer. Vá , seja feliz com seu novo homem .
-Ricardo, obrigada. Não sei como lhe agradecer. Obrigada, muito obrigada – Falou Raquel .
Quando Raquel chegou ao portão do cemitério, parou e pensou “O meu marido não me ama, me maltrata, me xinga, me humilha e me usa. Então porque eu vou jogar fora um coração que já é meu ? Porque eu não dou uma nova chance para Ricardo?"
Raquel voltou à capela onde Ricardo se encontrava chorando, quando ouve bem de longe Raquel chamando seu nome “Ricardoooooo, Ricardooooooooo !!!" Ele levanta e vai ao encontro de Raquel que pede perdão:
- Ricardo, me perdoa por tudo ?
- Eu que tenho que te pedir desculpa , por ter feito isso com você – Disse Ricardo com o coração batendo forte – Sei que foi uma brincadeira de mal gosto .
- Tudo bem, Ricardo. Eu voltei porque eu quero te falar uma coisa – Disse Raquel – Você irá gostar .
Ricardo fez cara de ansiedade e ouviu atentamente : “Ricardo,eu sempre te amei e eu nunca percebi porque o meu amor por você estava adormecido .
- Raquel , espero que você entenda o que eu fiz com você , te tranquei aqui porque eu quero que você entenda que eu fiz isso para você ver que , não basta você me trancar em seu coração e colocar outro que tenha condições de te fazer feliz , pois eu tenho condições de te fazer a mulher mais feliz do mundo .
As lágrimas tomam conta de seus olhos verdes e sua face sem vida. Naquele momento Raquel percebe que havia jogado fora todo amor que Ricardo tinha para lhe dar.
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Victor Ferreira Tavares de Abreu -
Lic. da Computação (Adaptação em 1º de inglês manhã)
VENHA VER O PÔR-DO-SOL - PARTE II
Durante algum tempo ele ainda ouviu os gritos que se multiplicaram, semelhantes aos de, um animal sendo, estraçalhado. Depois, os uivos foram ficando mais remotos, abafados como se viessem das profundezas da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano escutaria agora, qualquer chamado. –Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.
Enquanto isso na catacumba, Raquel, sentada em um canto encolhida feito uma tartaruga em sua carapaça tentava controlar seu choro que escorria como uma cachoeira, naquele momento a única coisa que se ouvia eram seus soluços, já não era possível reconhecer sua maquiagem deixando visível um leque de rugas que rodeavam seus lindos olhos verdes, sua pele pálida e seu olhar fixo sugeriam que estava em estado de choque, até que a última réstia do sol que entrava pela frincha atingiu a iminência de seu desaparecimento e um assobio sombrio e assustador parecido com o de uma coruja soou anunciando o anoitecer. Ela engoliu o choro e ecoou um grito em um último ato de desespero.
-Tem alguém ai? – Ninguém respondeu.
Deslizou, em seguida, sobre a gaveta à qual estava encostada deitando sobre o chão frio e sórdido, já não se importava mais com sua aparência, não restou nem ao menos forças para tragar um cigarro, seus lábios ressecados recobertos por rachaduras clamavam por liquido. Um barulho estrondoso retumbou de seu estomago, o tempo parecia não passar até que ela adormeceu. Era madrugada ainda quando Raquel acordou com o rangido da porta, era alguém entrando na capela, a porta foi aberta de par em par e pelo maior esforço que ela fizesse não havia como emitir um som se quer, seu corpo estava tomado pelo cansaço, só restou a ela esperar. Eis que então uma luz surgiu do alto da catacumba e com ele um sorriso meio inocente, meio malicioso. Era Ricardo.
- Raquel, meu anjo, apreciou o por do sol mais belo do mundo? – Falou Ricardo, enquanto destrancava a portinhola.
Ricardo estava vestido com a mesma roupa, porém o cansaço não lhe permitia aparentar mais jovem, as rugazinhas já haviam tomado conta de seu rosto. Ele entrou, passou a chave na portinhola novamente e a arremessou tentando acertar a frincha da porta, bem devagarzinho foi descendo, descendo, enquanto ela tentava impulsionar seu corpo contra a gaveta, buscando forças para se levantar.
- Raquel, a vida toda eu esperei por esse dia... – Disse Ricardo enquanto aproximava- se dela.
- Me solta, Ricardo, isso está passando dos limites. – Sussurrou Raquel com o resquício de voz que ainda lhe sobrara.
- Agora não tem mais volta, estamos trancados aqui pela eternidade e não existe mais a estúpida intervenção dos vivos. Esta sim é a morte perfeita, nem lembrança, nem saudade, nem o nome sequer... - Ricardo aproximou-se mais, deitou-se ao lado de sua amada, que, todavia não teve outra opção, e sussurrou em seus ouvidos uma débil cantiga infantil.
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Caroline Rumbelsperger
Camila Barreiras
Aline Duarte
História – 1º Período
Turno da manhã
Oficina de produção de textos
Venha ver o pôr-do-sol: Um pesadelo
Naquela tarde, após
a partida de Ricardo. Raquel se viu sozinha naquele local, sentia-se acuada e com
medo, gritava por socorro intensamente, envolvida pelo desespero socava as
paredes e as portas como um animal louco.
O tempo passava e ainda permanecia incansável em sua tentativa.
- RIIIIICAAAARDOOOOOOOOO! CANALHA, CRETINO, COMO
PODE? - Berrava, desta vez se jogando no chão.
- Por que eu ? Não faz isso
comigo .. Por favor .. - Algumas lágrimas já começavam a escorrer por seu rosto
fino e suave. Encolheu-se num canto, onde adormeceu após muitas horas de choro.
- Bom dia, meu anjo.. - Uma voz masculina adentrou sua cabeça, lhe acordando de
supetão. Era Ricardo, coberto de sangue
segurando uma faca afiada em sua mão esquerda. - Ricardo? Ricardo! - Com medo,
disse num tom assustado é claro. Tão logo o homem com um sorriso perverso nos
lábios, avançou até ela cravando a faca em seu peito. Foi quando num estalo,
acordou-se se debatendo, como o que acontece num daqueles sonhos mirabolantes
onde caímos de algum lugar. Com os olhos arregalados olhava para os lados,
custando para acreditar que tudo aquilo não havia passado de um sonho. - Nossa,
que real .. - Sussurrou levantando-se da cama, indo até o espelho para ver se
estava tudo normal mesmo, aliviada ao ver que estava, sorriu dando um longo
suspiro.
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Nomes: Jessica da Rocha Vianna / Siliane França
Curso: Matemática
Período: 1º
Turno: Manhã
Disciplina: Oficina de Produção de Texto
Disciplina: Oficina de Produção de Texto
A história por detrás da história
Raquel não aguentava mais gritar, já sem voz e amargurada, começou a refletir no que havia acontecido, um filme bobo passou pela sua mente.
- Desgraçado! Golpeou o ar. Como pude ser tão burra? E minha viagem magnífica?Como pude confiar?
Sentou-se na escada fria e sombria, retirou o cigarro da bolsa e ao acendê-lo percebeu um papel branco em meio a tanta poeira e medo. Olhou fixamente, aproximou, limpou e começou a ler: “Querida, Raquel! Se você for realmente esperta, você vai ver o pôr do sol mais lindo do mundo. Precisei fazer isso tudo para que você seja só minha, confie em mim e me ame como eu te amo, Ricardo nunca mais vai nos atrapalhar... Espero-lhe para nossa viagem. Somente seu... Fernando”.
- NÃO! Burra, burra! Retirou a chave presa no papel e levantou-se apressadamente fitando o cadeado, encaixou a chave e ouviu um clique e percebeu que o alivio tinha seu som, estava livre daquele terror.
O sol não estava mais lá, encontrava-se no horizonte escondido, o céu recheado de estrelas e a lua cheia, deixava-o mais brilhante. No portão estava ele bem vestido, cabelo arrumado com cheiro irresistível e a cumprimentou.
- Boa noite, Fernando. Deu-lhe as mãos, enxugou as lágrimas e caminhou entendendo que jamais veria Ricardo e que teria tudo que sempre quis, porém dentro de uma caixinha da qual jamais poderia sair.
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Alunas:
Vanessa Rodrigues
Nauan Souza.
Letras/Inglês/1° Período/manhã
Trabalho referente a aula do dia 13/03/13.
Oficina de Produção de texto.
Prof°. Erivelto Reis
Venha ver o pôr do sol – O final
Ao caminhar, ele pensava: “Agora é só uma questão de tempo. Quando tudo estiver acabado ela entenderá”. Enquanto isso Raquel desesperada, chorava, gritava, recostada nas grades de sua prisão:
– Isso não pode está acontecendo! Aquele desgraçado, imbecil, maníaco! Eu vou te matar, Eu vou te matar!
Raquel, aos prantos, pega um vaso sujo. Furiosa, ela o lança do outro lado da sala; no entanto, ela não o escuta se quebrar e cair. Com dificuldade, ela se levanta e anda até o outro lado da sala. Apesar da escassa luz ela avista o vaso caído, apenas rachado repousando no que parece uma manta branca suja cobrindo algo inclinado no canto da sala. Vagarosamente ela inclina seu braço direito tentando puxar o pano velho amarelado, seu corpo todo estremece, ela está ofegante. Bem devagar ela vai puxando o pano e inclinando a cabeça, a luz é pouca, mal dá pra ver o pano. Ele se inclina mais e chega mais perto, o pano desliza e caí todo no chão. Um odor estranho, desagradável, mais forte do que o já conhecido cheiro da catacumba parece impregnar o local. De repente um grito medonho ecoa sobre a sala:
– Ahhhhhhhhh! Raquel cai no chão inerte. No mesmo momento, Ricardo interrompe sua caminhada, vira em direção ao cemitério com um sorriso melancólico no rosto e diz:
– Terminou. E então volta a caminhar.
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Aluna: Thaís Morini Machado
Curso: Matemática (1º período)
Professor: Erivelto Reis
Venha ver o pôr do sol – Lygia Fagundes Telles
Final alternativo
O fim de uma história de amor.
“Foi erguendo o olhar até a chave que ele balançava pela argola, como um pêndulo. Encarou-o, apertando contra a grade a face sem cor. Esbugalhou os olhos num espasmo e amoleceu o corpo. Foi escorregando.”
- Anda logo, Ricardo, abre essa porta, isso não e brincadeira que se faça. Que amor é esse que você diz sentir por mim e repentinamente me tranca nesse mausoléu sombrio e escuro.
- Oh, Raquel, quem disse que eu deixei de amá-la, você que não quer mais nada comigo, já que não quer ser minha não será de mais ninguém! Adeus meu anjo.
Raquel ainda mais exaltada começa a gritar ao perceber que Ricardo se distancia ainda mais da porta:
- Ricardo, Ricardo, volte aqui, não me deixe, meu amor!
Os gritos de Raquel foi em vão, em apenas alguns instantes já não se podia ver nem mesmo a sombra de Ricardo.
Raquel ainda tentando entender porque Ricardo fizera aquilo com ela, sentou-se no chão sujo por alguns minutos, até que se lembrou dos grampos que costumava deixar em sua bolsa caso precisasse prender o cabelo.
Ainda tremula Raquel teve um pouco de dificuldade pra enfiar o grampo no buraco da fechadura, depois de muitas tentativas frustradas Raquel pudera ver pela fresta da porta aquele lindo por do sol que Ricardo havia lhe prometido, que por sinal era o mais lindo que ela já tinha visto.
- Meu Deus que destino é este que preparaste para mim, sussurrava Raquel já sem força para gritar!
Ricardo, antes mesmo de chegar à saída do cemitério, caiu num arrependimento imenso !
- Como posso ter feito tal crueldade com minha amada, onde estava com a cabeça?
_ Raquel, meu anjo, espere por mim que estou indo lhe salvar!
Correndo feito um louco Ricardo chegou ao mausoléu em poucos minutos. Já diante da porta Ricardo pôde ouvir um barulho de algo batendo na porta!
- Calma, Raquel, calma meu anjo, eu voltei, vou abrir a porta pra você.
- Ricardo, seu infeliz, me deixa aqui trancada e ainda tem coragem de me pedir calma! Abra isso logo, seu psicopata!
Ao abrir a porta Ricardo foi golpeado por Raquel na cabeça, com a mesma pedra que ela usava na tentativa de abrir a porta. Ricardo caiu no chão se esvaindo em sangue, em alguns segundos já não mais respirava.
- Ah, Ricardo, você tinha razão eu nunca mais serei sua!
Raquel saiu correndo sem nem mesmo olhar para trás, logo estava fora do cemitério, descendo a tortuosa ladeira, a única lembrança que ficara era a das crianças que ali ainda brincavam de roda!
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Alunas da Disciplina Oficina de Produção de Texto:
Cristiane de Oliveira – Curso Matemática – 1º período – Manhã
Viviane Barbosa – Curso Inglês – 1º período – Manhã
Patrícia Emanuele – Curso Letras – 1º período – Manhã
Final alternativo para o conto: Venha Ver O Pôr-do-sol - Lygia Fagundes Telles:
O Despertar ao pôr-do-sol
Ricardo, puxando as duas folhas escancaradas, as quais ao se fecharem produziram um grande estrondo o qual pareceu acordar-lhe a alma, até então adormecida pela mágoa do amor não correspondido. Lá embaixo, naquela peça abandonada, Raquel vê passar diante de seus olhos, como alguém diante da morte, toda sua existência frívola.
Eis que então, um resquício ainda de dignidade e compaixão, Ricardo volta a abrir as duas folhas que descerravam a capela e com as chaves da portinhola ainda nas mãos, ele a abre e de lá retira Raquel de onde seria sua última morada.
Eles se entreolharam durante alguns segundos, ainda incrédulos. Um forte e demorado abraço faz com que aos poucos tomem consciência de todo o ocorrido naquela tarde.
Ricardo e Raquel jamais voltariam a ser os mesmos, pois naquela catacumba ambos redescobriram o sentido da vida.
50
- Mariana Salino (Letras - Português/Literaturas; 1º Período; Oficina de Produção de Textos);
- Viviane Cristina Oliveira Martins (Letras - Português/Inglês; 1º Período; Oficina de Produção de Textos);
Venha ver o pôr do sol – Parte Final
E, após gritar exaustivamente pedindo ajuda, Raquel, com os cabelos bagunçados e até um pouco suada, sentou-se no lugar menos empoeirado que conseguiu encontrar. E deu início a um choro que mais parecia ser de arrependimento do que decepção. Pensou em todos os momentos que viveu ao lado de Ricardo, um homem que até pouco tempo tinha a certeza de poder confiar. Raquel encontrava-se trancada, no escuro, com fome e assustada. A única saída naquele momento era esperar o amanhecer.
Acordou com fortes dores no corpo e completamente perdida. Tentou abrir os olhos e guardou um pouco de ar. Sabia que algo tinha aprendido, mas não o quê. Não lembrava o que tinha acontecido ali, e mais do que isso, não fazia ideia de como foi parar naquele lugar aterrorizante. Começou a procurar algo que pudesse destruir aquela fechadura, e encontrou um bastão de ferro que parecia estar ali só a sua espera. Imediatamente utilizou toda a sua força como se sua vida dependesse daquilo. E dependia.
E depois de minutos que passavam como anos, Raquel conseguiu sair. Correu pelo cemitério abandonado procurando a saída. Chegou em casa e encontrou sua família desesperada e contou a todos o que havia acontecido. Todos a olharam com um misto de espanto e pena. Raquel era louca.
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Nome: Nícolas Souza Magioli
Curso: Letras – Inglês / Período: 1º Manhã.
Venha ver o pôr do sol – Lygia Fagundes Telles
O ÚLTIMO GRITO
“(...) Voltado ainda para ela, ele chegara até a porta e abriu os braços. Foi puxando as duas folhas escancaradas”
Raquel observava, apavorada e imóvel, enquanto Ricardo adentrava novamente na cripta, agora, completamente escura. Por mais que tentasse não conseguia fazer com que as palavras saíssem de sua boca. Não conseguia mais gritar e não mais balançava as grades querendo escapar, pelo contrário, mal conseguia se mexer. Raquel estava atordoada enquanto o mistério da situação criava diferentes linhas de pensamento em sua cabeça.
Alguns minutos depois, se acende uma pequena luz que vinha do fósforo na mão de Ricardo. Ele, com as mesmas rugas destacadas mesmo em tamanha escuridão, agora tinha um olhar diferente, perverso, obscuro, o que no momento fez com que Raquel estremecesse de puro medo. Ricardo chegava cada vez mais perto da grade enquanto Raquel tentava reconhecer naquele olhar sinistro o homem com o qual já compartilhou sentimentos em algum outro tempo.
- Boa noite, meu anjo. Disse Ricardo enquanto a luz do fósforo apagava gradativamente
Raquel, ainda sem dizer uma palavra, ia se afastando das grades enferrujadas com o medo e a duvida em sua mente. Não muito depois, ela começou a ouvir o barulho de líquido sendo jogado no chão e, em pouco tempo, seus pés começaram a sentir que havia algo sendo jogado no chão com um cheiro muito forte. Assustada, começou a gritar.
- Ricardo! O que é isso!? O que você está fazendo!?
Ricardo acendera novamente o fósforo e o levou a face onde Raquel pode observar um cigarro. Deu uma tragada e expirou. Não disse nada, só deixou a fumaça se propagar. O cheiro que impregnava a cripta logo foi identificado por Raquel como sendo o de gasolina, bem em tempo de Ricardo dar sua ultima tragada e jogar o cigarro, ainda pela metade no chão.
- NÃO! Raquel dá seu último grito.
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Alunas: Camila Stellet de Lima
Lorena Stellet de Lima
Curso: Letras Português/Inglês
1º Período - Manhã
Disciplina: Oficina de produção de texto
Amor doentio
Apesar de sentir uma sensação de alívio, como se tivesse sanado um problema, repetia para si em voz baixa que foi ela quem escolhera esse fim por preferir o tal ricaço, na esperança de calar a voz que o dizia pra voltar.
Ao anoitecer, naquela catacumba fria e sinistra, o desespero tomava conta de Raquel, que continuava a gritar como única atitude cabível naquele momento, embora soubesse que não estava sendo ouvida. Entregou-se, então, ao choro e não pensava em dormir. Ao passar a noite mais terrível de sua vida, o dia foi clareando, e ela olhava através das grades enferrujadas esperando Ricardo voltar.
Ricardo despertou, então, de uma revigorante noite de sono e seguiu sua rotina normalmente. Raquel, ao dar-se conta que o dia estava passando, via-se na mesma situação desesperadora. Após 72h, dando-se conta de sua extrema fraqueza, medo e frio, sabia que aquele seria mais um angustiante pôr do sol. Assim, decidiu dar fim ao seu sofrimento, e pegou um vaso e o atirou no chão. Com uma parte bem pontiaguda, ela aproximou o caco de sua garganta, trêmula e ofegante, e rapidamente a cortou, caindo ao chão e perdendo muito sangue.
Ricardo tentava de todas as formas não pensar no que havia feito à Raquel, mas sua consciência simplesmente não permitia. Portanto, arrependido, voltou à catacumba para resgatar sua amada. Ao chegar lá, com um sorriso no rosto, imaginava que ela iria correr para seus braços, mas deparou-se com Raquel deitada no chão e, ao abrir o portão, desvirou Raquel e ficou em choque ao ver Raquel morta! Ricardo entregou-se ao choro, a beijou, como que se despedindo, e voltou à cidade correndo, aos prantos. Foi à delegacia e se entregou. Contara cada detalhe e mostrou-se completamente desequilibrado com a situação. Assim, dando sinais de distúrbios mentais, Ricardo ficou anos preso e depois passou o resto de seus dias numa clínica psiquiátrica.
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Nomes: Thays Duarte de Oliveira e
Carolina Costa
Curso: Letras / Espanhol
Período: 1º Periodo
Turno: Manhã
Professor: Erivelto Reis
Titulo do texto: Venha ver o por do sol II - O Anoitecer
Venha ver o pôr-do-Sol II – O anoitecer
Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano escutaria agora, qualquer chamado. – Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.
A noite foi caindo e ele nenhum remorso sentia, soltou a fumaça do cigarro e se acampou no inicio da ladeira, garantindo a si mesmo que ela não escapasse. Seu ódio e rancor consumiam seu espírito e ele nem mesmo conseguia pregar os olhos.
- Não! – Ele recordava, e dava um sorriso de lado. Como se estivesse satisfeito, com a sensação de dever cumprido. Quando a madrugada chegou, levantou-se e foi a caminho das vastas arvores, andou por um tempo até encontrar a luz da cidade vazia, somente o vento que trazia a noticia da chuva. Sentou-se por um momento arfando e meio atordoado, mas mesmo assim não parecia arrependido. Foi então que ele ouviu uma voz suave que vinha de um beco escuro e sombrio, ele arregalou os olhos e seguiu a voz suave, dando passos rápidos e precisos. Parou na entrada do beco, deu um passo pra trás, tentando ver ou reconhecer aquela voz. E em alguns segundos a voz lhe falou:
- Oi Ricardo, o que faz aqui? – Ele lembrou-se da voz, balançou a cabeça como se não acredita-se, piscou os olhos apressado em acorda-los. E foi então que ele viu o que mais temia. Raquel, com os sapatos esportivos e a roupa desleixada como se estivesse caminhando a um longo tempo. Ela o olhou sem entender e continuou perguntando:
- Vamos Ricardo o que há? Porque está tão assustado? – Ela o balançou com força.
- Como...? – Ele se questionava.
- Como o que Ricardo? – Raquel já assustada. – Onde estava? Todos na cidade estão preocupados, Uma menina desapareceu desde cedo e ninguém sabe onde ela está. – Ela explicou.
- Uma menina? – Ele franziu a testa.
- Sim, a filha mais nova do seu vizinho, ele disse que ela saiu cedo toda arrumada, parecia que estava indo a um encontro. – Explicou.
- Não pode ser. – Ricardo levantou-se depressa, nem olhou para os lados e saiu correndo em direção as arvores, ele não acreditava e não sabia o que fazer, somente corria. Subiu a ladeira tão depressa que não poderia e conseguiria parar para respirar.
Avistou a capela já úmida pelo sereno e pegou a chave no bolso, apressou-se em abri lá com um pingo de esperança, entrou ali e viu agora bem claramente o erro que cometeu, a jovem menina morta, que sem esperança decidiu por si só se matar, um pedaço de folha enrolado no pescoço e amarrado em uma das gavetas altas. Talvez ela tivesse perdido as esperanças, por medo de nunca mais voltar a ver o pôr-do-sol.
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Claudeir Martins. 1° período turno da noite curso de graduação Letras: Português e Literaturas
VENHA VER O PÔR-DO-SOL
CONTINUAÇÃO DO CONTO.
Ele andava como se nada tivesse acontecido, com uma expressão serena,cantarolando e falando com os conhecidos daquele caminho.
Raquel continuava chorando e gritando, completamente aflita,bradando em alta voz:
- Ricardo, pare com essa brincadeira sem graça, estou implorando, pare meu amor!!
- Por favor, pare!!
Depois de algumas horas,ela chegou à uma visão. Ele não vêm mais.Cansada, a pobre mulher começou a analisar uma forma de sair de lá. Observou os cantos daquele ambiente assustador, portas e janelas e não encontrava nenhum caminho.
Sentou no chão, tremendo e muito turbada, passou à compreender que estava se relacionando com um monstro, um homem falso e insensato,que possuía um grande poder de manipular pessoas com a arte das palavras.
Ricardo por sua vez continuou com suas atividades normais, pois tinha acabado de sair da cadeia,e estava disposto à se vingar de Raquel,por não ter se casado com ele á vinte anos atrás.
logo que saiu da cadeia, foi complicado para arrumar um trabalho,pois tinha matado um homem e estava com um processo em andamento,por acusação de tráfico de drogas.Tentou de várias formas trabalho, mas com uma ficha suja, as empresa não o contratava.
Até que um belo dia, passando por um caminho,viu um anúncio de vaga num cemitério para coveiro,e aceitou.
Alguns dias depois, Raquel infelizmente veio à falecer por falta de alimento e água.
Parentes e amigos da mulher, preocupados com o desaparecimento, iniciaram então, um processo de busca, para encontrarem alguma pista de Raquel.E chegaram à resposta do mistério, Ricardo matou Raquel. A Polícia prendeu Ricardo, e todos os conhecidos ficaram triste com à morte dela, mas com consciência de dever cumprido.
Na prisão, teve que mudar de cela, e ficar completamente isolado de todos. Pois ficou maluco, e sempre alegava que ouvia uma voz o chamando. RICARDO ME AJUDA! ME AJUDA...
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Natacia Evilen Queiroz Araújo.
Letras - Português/Literaturas.
Fundação Educacional Unificada Campograndense
Oficina de Produção de textos - Professor Erivelto.
Continuação do conto: Venha ver o pôr-do-sol
Um novo pôr do sol
Ricardo parou delicadamente em uma lápide como se estivesse aguardando algo. Ficou por longos instantes olhando os últimos vestígios do pôr do sol. Sorriu de canto enquanto imaginara o destino de sua doce Raquel...
Dentro da catacumba, silencio profundo impregnava todas as paredes sujas, minutos antes, Raquel se contorcia em pavor e descrença ao ver a imagem de uma jovem pálida de fita azul nos cabelos desgrenhados se aproximando vagarosamente de seu corpo e uma força sobrenatural a puxando para baixo.
- Não é possível... Não... Você... – Balbuciava desesperadamente.
- Você está morta... Não pode ser... – Repetia pra si mesma na tentativa de estar num sonho bizarro.
A figura da jovem aumentava aterrorizantemente a medida que o pavor de Raquel crescia até que ,subitamente, mais um longo minuto de silencio...
- Não! – Gritou Raquel pela última vez.
Raquel sentia todas as veias de seu corpo estourar, a garganta sendo invadida pelo que pareciam grandes porções de ácido, não conseguia respirar... Era como se, uma mão apertasse obstinadamente seu peito de tal forma que não conseguia mais mover-se tamanha dor, seus olhos esbugalhados procuravam uma saída, só pode enxergar a fraca iluminação do sol que se punha lá fora... As lágrimas desciam convulsivamente num misto de dor e medo... Esvaindo todas as suas últimas forças, o corpo de Raquel tomba no chão...
Outro longo minuto de silencio... Todas as velas da catacumba acendem repentinamente. O corpo caído levanta-se delicadamente, caminha até um dos extremos do local como se soubesse exatamente aonde suas pernas a levariam. Abaixa-se e pega uma fita azul puída pelo tempo e a amarra em volta do pescoço. Um vento forte abre a portinhola de ferro. A mulher sobe as escadas olhando fixamente para fora. Caminha até a lápide onde Ricardo está...
- Você demorou... – Diz Ricardo enquanto toma a mulher pelas mãos.
- Não, você demorou em me arranjar um novo corpo. – Rebate a mulher enquanto caminha em direção à saída do cemitério.
- Não se zangue meu anjo, precisava de alguém que pelo menos tivesse os seus olhos para eu lembrar como você era todos os dias...
A noitinha começa enquanto Ricardo acrescenta:
- Que pena Maria Emília, o sol já se pôs, mas não se preocupe minha querida, daqui em diante teremos muitos outros.
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Alunas: Amanda Andreia de Alcantara e Camila Vitória de Almeida P. Silva
Curso:Letras/ Inglês
Período: 1° período
Disciplina: Oficina de produção de texto
Turno: Manhã
Venha ver o pôr do sol (final alternativo)
Uma réstia de sol vai entrar pela frincha da porta tem uma frincha na porta. Depois vai se afastando devagarzinho, bem devagarzinho. Você terá o pôr-do-sol mais belo do mundo.
Ela sacudia a portinhola.
–Ricardo, chega, já disse! Chega! Abre imediatamente, imediatamente! –Sacudiu a portinhola com mais força ainda, agarrou-se a ela, dependurando-se por entre as grades. Ficou ofegante, os olhos cheios de lágrimas. Ensaiou um sorriso.
–Ouça, meu bem, foi engraçadíssimo, mas agora preciso ir mesmo, vamos, abra...
Ele já não sorria. Estava sério, os olhos diminuídos. Em redor deles, reapareceram as rugazinhas abertas em leque. Boa noite, Raquel...
–Chega, Ricardo! Você vai me pagar!... – gritou ela, estendendo os braços por entre as grades, tentando agarrá-lo.
Pelo rosto fino e sedutor de Raquel transpareceu toda a angustia,transbordando seus sentimentos uma gota...outra gota,lágrimas começaram a percorrer em seu rosto e o sentimento de abandono foi inevitável,então uma luz diferente começa a preencher o lugar e a porta se abre e de pé a sua frente todo coberto de uma simetria de cores está Ricardo,com um sorriso cativante.
-Pensei que não fosse voltar,que fosse me deixar aqui para sempre!
-Jamais meu amor!
-Não entendo o motivo que te levou a me abandonar neste lugar Ricardo?!
-Só queria Raquel que você sentisse o que eu sinto quando estou longe de você!
-Venha Raquel, vamos sair daqui! Vou te levar para um outro lugar,esse você vai gostar!
Abraçados, ambos saíram do cemitério, mesmo abalada com o último passeio, Raquel resolveu deixar com que Ricardo a levasse para outro lugar, não muito longe da li atrás de uma cena deplorável da natureza estampada em um muro caído aos pedaços tinha um belo jardim onde os dois deitados entre belas flores e orvalhos ficaram até ao amanhecer trocando juras de amor para a eternidade.
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Fernanda Viana dos santos Barbosa
Letras - Port./Esp.
Primeiro período-manhã
Tema: VENHA VER O PÔR- DO- SOL
Final alternativo:
O arrependimento de Ricardo
Durante algum tempo, Ricardo ainda ouvia os gritos de Raquel e a cada passo que ele dava, era uma tortura pra ele. Pois, no fundo, não era aquilo que ele queria fazer.
Enquanto isso, Raquel já estava ficando aflita, o desespero já estava a consumindo sem saber o que fazer Raquel olhava pro lado e para o outro e não conseguia encontrar nenhuma solução para sair daquele lugar frio e escuro, já estava entrando em estado de choque.
Sentada ali naquela escuridão Raquel pensava "por que Ricardo está fazendo isso comigo, se ele mesmo disse que ainda me amava?"
Sem entender muito bem o porquê de isso estar acontecendo com ela, Raquel já não sabia, mas o que fazer desesperada tremendo de frio, ciente que poderia gritar e que ninguém iria ouvi-la.
- Então Raquel suspirou forte e ficou em silêncio.
Ricardo, já chegando ao portão, não ouvia mais a voz de Raquel, e naquele momento, ele olhou pra trás e logo o desespero veio.
Ricardo virou rapidamente e saiu correndo em direção à Raquel, desesperado e já arrependido, ele gritava:
- Raquel, Raquel!
- Meu amor, espera já estou indo te buscar!
E ao chegar lá Ricardo abre os portões e logo vê Raquel lá deitada naquele chão, chegando perto dela, pegou em seus braços sentiu Raquel fria.
- Raquel, meu amor acorde, vamos embora. E Raquel não respondia. Desesperado, percebeu que havia sangue na cabeça de Raquel, e que ela já não respirava mais.
Raquel, em seu desespero, havia se suicidado.
58
Elaine Cristina
1º Primeiro Período de Matemática
Noite
Continuação (Venha ver o Pôr-do-Sol)
Raquel, desesperada, gritava:
- Por que esta fazendo isso comigo, Ricardo? Eu não sabia que você era tão vingativo! Confiei em você e olha só: estou abandonada dentro deste cemitério horrível. O que você quer? Castigar-me, me fazer sofrer,não suportou ser trocado, pois agora tenho certeza que fiz a escolha certa, não me arrependo.
Mas, aos poucos, foi caindo em si e viu que não adiantaria ficar gritando porque sabia que ninguém a escutava. Furiosa e, ao mesmo tempo, com muito medo, pensava em como sair daquela situação,
Abaixou a cabeça e começou a chorar.
O tempo estava passando e nada acontecia; foi quando ouviu um barulho e gritou:
- É você, Ricardo, Fala, é você?
Então ela o viu se aproximando e com os olhos cheio de lágrimas , pediu:
- Me tira daqui. Ricardo, por favor!
Ele respondeu enquanto abria a fechadura:
-Sim, eu vou te tirar desse lugar agora!
Ao colocar os pés fora daquele cemitério, sentiu-se aliviada, porém,magoada pediu a Ricardo que não a procurasse mais,então ele a tomou em seus braços e a beijou.
Por alguns instantes, pareceram um casal apaixonado, só que Raquel o empurra e o chama de louco,dando um basta em Ricardo.
- Não me procura, eu já fiz a minha escolha; então Ricardo se despede dizendo:
-Tudo bem, te deixarei em paz, só não sei se vou conseguir te esquecer. E foi embora.
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Final alternativo para o conto de Lygia Fagundes Telles, “VENHA VER O PÔR-DO-SOL”.
Aluno: Rogerio Rego Varella
Curso: Ciências Sociais
Período: 1º Período
Disciplina: Oficina de Produção de Textos
Turno: Noite
Soturno
Num breve momento Ricardo parou, observou as poucas casas que sobraram na penumbra. Todo aquele momento girava ao seu redor. A angustia lhe amargurava a alma e levantando os braços para o céu, fitando o infinito, sussurrou:
- Por que meu Deus, não pude viver esse amor? Olhou por onde havia passado e vislumbrou um lindo jardim iluminado em meio a escuridão, disse: - Me perdoe amor, fique com Deus!
Raquel sofria o seu martírio. Só agonia e dor, dividia o espaço com o som da sua respiração. O ar pesado aumentava seu desespero e a culpa tomou conta do seu coração.
- Que mau fiz a esse homem? O amei da forma mais carinhosa possível. Jamais o ignorei. Tentamos algumas vezes uma relação amorosa, mas, nunca passou de um grande companheiro e ótimo amigo. Era o momento mágico de nossa adolescência que sempre ficou guardado em meu coração. Não fiz sacrifício nenhum para vir vê-lo, sabendo da sua dor, na fase tão difícil de uma doença incurável, não podia lhe negar este último encontro.
Sem forças para lutar contra o seu iminente destino, Raquel suplicava a Deus:
- Senhor, o que me causa mais dor é a falta que meus filhos sentirão de mim. Dê forças ao pai delas, homem bom, exemplar, amor da minha vida; para que minha família siga o seu destino na minha ausência. Seus olhos fecharam, sem resistência. Silêncio profundo.
Uma luz ao fundo se intensifica lentamente, tomando conta do seu rosto e num intenso esforço, Raquel reabriu os olhos. Havia um vulto na luz embaçada que aos poucos foi se desenhando o perfil. As lágrimas lhe inundaram os olhos no silêncio do quarto.
- Está tudo bem agora querida. Disse Armando, seu marido. - Fiquei indeciso, se deveria lhe acordar. Estava inquieta e soluçando, fui preparar-lhe um chá e deixei uma pequena fresta de luz, na esperança de trazê-la de volta.
Um som bem familiar, a fez dirigir-se à janela com grande ansiedade. Inundando o quarto de luz, ao abrir a janela, um leve sorriso lhe encantou a face.
-Olha pessoal! Alardeava do quintal, a presença de Raquel na janela, uma jovem mulher.
- Mamãe acordou! Gritavam as crianças em estripulias, mandando beijos.
Raquel voltou-se para Armando lhe fixou o olhar, feliz e ao mesmo tempo confusa, ávida por uma explicação.
- Quando voltamos do enterro do seu amigo, dispensei a sua irmã, mas, você sabe, quando as crianças estão com ela todo o tempo do mundo é curto. Talvez, ela seja mais criança que nossas filhas. Aproveitei para conduzi-la ao quarto para que pudesse se restabelecer.
Ao encostar a cabeça sobre o peito de Armando, Raquel suspirou profundamente, feliz por ter retornado à realidade, comentou: - Querido, que destino teria se não nos amássemos tanto?
- Não faço ideia querida, nem imagino como seria viver amando sem ser amado. Raquel, fixando o olhar ao longo do infinito, diz ao céu:
- Sou a mulher mais feliz do mundo!
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Faculdades Integradas Campo-grandenses
Nome: Jorge Adrihan e Julieta Kraiselburd.
Curso: Letras-Espanhol
1º Periodo- Turno manhã-
“O ressoar das vozes”
“Te mostrarei o pôr do sol mais lindo do mundo”. Aquela frase ressoava na cabeça de Raquel fazendo um eco tortuoso sobre o silêncio sepulcral. Sumida dentro da escuridão mais absoluta, começou a apalpar o chão num ato puramente instintivo de sobrevivência. Com suas últimas forças escreveu um V, talvez seria seu anseio mais obscuro. A terra seca entrava por entre suas unhas longas, apenas podia se movimentar. De repente, um buraquinho de luz começou a abrir-se espaço cada vez mais e mais. Parecia o mesmíssimo sol aparecendo e clareando tudo a seu redor, seus olhos ofuscados se fecharam.
Dizem que as almas do cemitério abandonado andam sempre errantes pelos cantos do lugar. São almas que não são nem do céu nem da terra, como se encontrassem uma dimensão intermediária. Cada tarde no mesmo horário, acordam do seu longo letargo para viver e relembrar suas últimas horas de vida. Isso acontece sempre antes da chegada do pôr do sol. Crianças ao brincarem de roda às vezes escutam ao longe uma voz ressoando vingança.
Fundação Educacional Unificada Campograndence
1° Período: Letras (Português/Español).
Turno: Manhã.
Aluno: CHARLES SOARES DA SILVA/ERICA LOURENÇO COSTA.
Assunto: FINALIZAÇÃO DO CONTO DE LIGYA FAGUNDES TELLES
Um amigo inesperado
Um velho coveiro que trabalhava naquele cemitério estava presenciado toda a cena que ali acontecia. Quando o humilde coveiro viu Ricardo ir embora. Ele foi ate a portinhola e pediu que Raquel ficasse calma que ele a ajudaria sair.
O velho coveiro foi à procura de um machado que ficava guardado em um quartinho escondido no cemitério. Ao voltar... Ele quebrou a fechadura que Ricardo havia colocado e foi ao encontro de Raquel. Quando chegou ela estava desacordada, tomando-a em seus braços ele a levou para fora. Ao sair pediu ajuda a uma daquelas crianças.
Varias pessoas ficaram sabendo do fato e foram ajudar o pobre coveiro a cuidar de Raquel que aos poucos foi recobrando a consciência. Raquel se recuperou e como nada tivesse acontecido foi à procura de Ricardo na pensão em que o mesmo morava e sem que ele percebesse: “abre a porta e o esfaqueia pelas costas e foge sem que ninguém a veja”. Logo após vai ao encontro do namorado e tendo sua viagem já programa dias antes do encontro com Ricardo embarcam juntos para o Oriente.
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Gabriela Gaia - Turma de Pedagogia (1º periodo-Noite)
O Sol como testemunha
...
Mas o que Ricardo não esperava, era que ao ir caminhado pela rua, um sentimento de culpa misturado com o amor que sentia por Raquel, iria incomodar, lembranças da paixão tórrida, das noites de amor e as declarações diárias trocadas por ambas, veio a mente, parou em uma praça no final da rua, sentou e se perguntou: toda aquela raiva e sentimento de vingança estava valendo a pena? Iria conseguir seguir sua vida sabendo que, apesar de tudo que houve, deixou a mulher de sua vida abandonada em uma capelinha abandonada no meio da nada? Começou a andar de um lado para o outro, ao mesmo tempo que tentava seguir em frente, mas, passou a mão na cabeça , e naquele instante esqueceu todo aquele sentimento de raiva e sede de vingança e se deixou levar apenas pelo amor que sempre teve por Raquel, e percebeu que aquilo não iria apagar passado e apenas iria deixar uma consciência pesada para o resto de sua vida, e naquele instante saiu correndo o mais rápido que pode. Naquele mesmo instante, Raquel gritava com todas as forças que podia ate perceber que seria em vão, e perceber que o único homem que amou de verdade a deixou abandonada junto com seus pensamentos e sentimentos ate se encontrar com a morte, a medida que gritava ia perdendo as forças ate que foi perdendo os sentidos e pra ela nada mais fazia sentido e apenas se entregou a morte, porem pedindo perdão mesmo sabendo que Ricardo não estava mas ali, porem queria ter a certeza que pode se arrepender de todos os erros que cometeu. Ricardo entrou cemitério a dentro, pedindo que ainda encontra-se Raquel viva, chegou a velha capelinha e encontrou Raquel desfalecida, por um momento, seu coração acelerou, porem percebeu que ainda respirava, levou-a para fora, alisando seus cabelos, percebeu que ao lado havia uma pequena poça de água e pegou um pouco em suas mão e foi jogando levemente no rosto de Raquel, que aos poucos foi recobrando os sentidos, mesmo fraca. Ela o olhou e naquele momento esqueceu tudo que viveu ate ali e o beijou intensamente, e ele a retribui, pois tudo que mas queria naquele momento era te-la em seus braços novamente. Raquel parou, respirou fundo e falou: te amo e nunca deixei de te amar, que se dane o luxo e a riqueza, o que importa e o sentimento que tenho por você e que sei que tem por mim. Ricardo, com lagrimas em seus olhos, falou: vamos recomeçar de onde paramos e viver o amor que temo um pelo outro, e assim Ricardo a levou para ver o amanhecer mais lindo e romântico de suas vidas, fazendo juras de amor tendo o Sol como testemunha daquele amor único e verdadeiro.
63
Aluno: Viviane dos Santos Carvalho
Curso: Pedagogia
Período: 1º Período
Disciplina: Oficina de Produção de Textos
Turno: Noite
Dúvidas
(...) Até que em determinado momento não se ouvia mais gritos. Será que Raquel morreu? Será que conseguiu abrir a porta e fugir?
Aquela dúvida estava apertando o coração de Ricardo. Ele não estava se reconhecendo, não entendia o porquê de tanto rancor e mágoa em seu coração.
Decidiu subir a ladeira, passar novamente pelas crianças que brincavam de roda, entrar naquele velho cemitério abandonado e ver o que de fato acontecera à sua amada.
Parou em frente à porta, pensou se estaria fazendo a coisa certa. Sentiu seu coração pulsar mais forte e lágrimas rolaram pelo seu rosto. Viu que amava aquela mulher, e matá-la, não mataria o amor que sentia por ela.
Abriu a porta e viu sua amada no chão, desmaiada. Pegou-a nos braços, e viu que ela ainda respirava. Desceu a ladeira, levando-a para ver o pôr-do-Sol, dessa vez em uma cama de hospital.
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65
Aluna: Michele Gonçalves Pereira
Curso: História
Período: 4 Período
Disciplina: Oficina de Produção de texto
professor: Erivelto Reis
Turno: Noite
Venha ver o pôr-do-sol: Continuação
Raquel, sem acreditar no que estava acontecendo se desesperou e não sabia o que fazer.
-Senhor, meu Deus, me ajude a sair daqui. Envie alguém que possa me ouvir e me tirar deste lugar sombrio e aterrorizante.
Enquanto Ricardo se foi atormentado sem saber o porquê de ter feito tal coisa. Durante o acontecimento não se sabe propriamente o motivo de dois homens
passarem pelo local e logo ouviram o clamor de socorro que é dado por Raquel. Então eles rapidamente correm e a libertam daquele terrível lugar frio e escuro. Ela explica o que tinha acontecido para os rapazes e os mesmos o levam para a casa. No outro dia, Raquel vai até a delegacia e denuncia Ricardo, ao chegarem na casa do acusado então logo descobrem que Ricardo está enternado no hospital após ter uma crise de epilepsia, e ao conversar com os médicos Raquel descobre que Ricardo tem dupla personalidade, ou seja, ele era bipolar.
-É por isso que ele fazia coisas sem sentidos de esquecer muitas vezes o que fazia e sem saber o porque de muitas facetas, disse Raquel!
E com isso Raquel decidiu ajudar ao seu amor e agora amigo.
E ao passar do tempo, Ricardo, com a ajuda da amiga, conseguiu se tratar e sair do hospital. Logo Raquel se casou e Ricardo foi seu padrinho de casamento.
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Alex Sandra Santos da Silva
Letras. Português/ Literaturas
1º Período.
Raquel, ao ver Ricardo indo embora e a deixando naquele lugar horrendo, gritou:
- Volte! Prometo-te minha minha vida e o meu amor eterno!
Ricardo, ao ouvir suas promessas de amor volta-se para trás e diz:
- Agora é tarde! Durante anos vivi preste a morrer por ti, agora mando-te para morte e que eu volte à vida!
Raquel se viu em meio a solidão daquele túmulo sombrio quase a beira da morte, até que, no silêncio do anoitecer Ricardo volta arrependido e a deixa sair. Ela tremendo de pavor corre em direção à saída e escuta do seu apaixonado:
- Vá sejas livre.
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Aluno: Marcio Francisco de Santa Anna
Curso: Matemática
1º Período - FEUC
Texto: VENHA VER O PÔR-DO-SOL
Lygia Fagundes Telles
Professor: Erivelto Reis
Pensou em Ricardo - "como o ser humano pode ser tão louco?",
por algum tempo achou que poderia ser uma brincadeira, que logo
voltaria rindo, depois ficou com medo que voltasse e lhe fizesse algum
mal.
Pensou que logo sentiriam a sua falta e lhe procurariam. Mas como a encontrariam naquele lugar escondido e distante de tudo?
No meio da escuridão ouviu um barulho, parecia um animal pequeno talvez um rato, lembrou-se de sua bolsa, pegou um fósforo e ascendeu, a ratazana correu assustada, Raquel ficou toda arrepiada . Encontrou alguns pedaços de vela, uma garrafa de plástico e um pedaço de pano velho. Ascendeu um pequeno pedaço de vela e guardou os outros . Estava encolhida em um canto protegendo aquele minúsculo pedaço de vela chegou a se queimar tentando se aquecer, era inútil. Passava o tempo queimando tudo que tinha e encontrava: a bolsa, o pente, o perfume em uma desesperada tentativa de sobreviver .Acendeu o último cigarro, seu corpo tremia de frio e medo. A temperatura caía drasticamente. Sentiu-se fraca lutava para permanecer acordada, pois tinha medo da hipotermia .
Em certo momento da noite, sucumbira ao cansaço seus olhos fecharam por um certo período, quando lentamente voltaram a se abrir notou um pequeno feixe de luz que entrava pelos vãos da porta, estava amanhecendo.Escutou um cachorro latindo e raspando a porta, ouviu vozes, começou a gritar desesperadamente, escutou uma batida forte na porta, a porta se abriu e a claridade lhe ofuscou os olhos. Logo se sentiu amparada, aquecida, palavras carinhosas de incentivo lhe chegaram aos ouvidos .
Quando acordou novamente estava assustada, parecia despertar de um pesadelo, ouviu uma voz carinhosa que logo reconheceu era sua mãe que lhe segurava a mão, e acariciava sua cabeça, seu pai estava sentado e logo levantou e lhe deu um beijo, neste momento se acalmou e sentiu que esta realmente salva.
Alguns dias depois, quando estava melhor, perguntou à sua mãe como a encontraram, e então soube que fora o próprio Ricardo que ligou para polícia e informou o local do cativeiro. Parece que se arrependeu. Soube também que encontraram o corpo dele, já sem vida em um quarto de uma pensão do subúrbio. Ao lado do corpo estava uma carta de despedida.
A raiva que sentia e todo sofrimento que passara deu espaço a um sentimento de pena e carinho, tentou entender o que levou Ricardo a tomar aquela atitude de insanidade lembrou-se dos momentos felizes que passaram juntos. Quando olhou pela janela do quarto viu o sol se esconder por de trás das montanhas, pensou- cretino jamais vou te esquecer.
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Nome: Jeremias Mendonça Wanderley Filho
Curso: Lic. Informática
Período: Primeiro
Disciplina: Oficina de Produção de Texto
Turno: Noturno
Assim como a distância, até certo ponto romântica, forjada pelo tempo, por caminhos trilhados em direções opostas, pelo antagonismo social, Raquel agora estava convicta de que a tentativa de reaproximação com Ricardo havia fracassado e a distância, com um pequeno e crescente sentimento de ódio, aumentava proporcionalmente com as sombras que aumentavam naquele entardecer.
Confusa, sem condições para coordenar o turbilhão de pensamentos que, semelhante a uma película de um filme sendo rebobinado, a imobilizava, Raquel concluiu que deveria poupar suas energias, pois embora tudo aquilo parecesse uma brincadeira estúpida e de mau gosto que logo terminaria, ela se lembrava do momento em que aquele pesadelo iniciara. Vinha à sua mente a viagem fabulosa ao Oriente, a aparência de Ricardo, esguio, magro, o surrado blusão azul marinho, os cabelos crescidos e desalinhados, embora mantivesse o jeito jovial de estudante, aquela composição também poderia ser a de um lunático, algo que agora lhe parecia ser o mais provável.
Caiu a noite, como um denso manto negro, não lhe dava alternativas, tudo lhe parecia assustador, animais noturnos começavam a sair de seus esconderijos, e o som produzido lembrava passos. Corujas produziam sons semelhantes a sussurros... Ali imóvel, Raquel prendia a respiração, fechava os olhos; porém, a sensação que tinha era que milhares de olhos a observavam sorrateiramente.
Por um momento, tentou conter as lágrimas que insistiam em rolar, totalmente fora de seu controle e o frio que, como lanças pontiagudas, lhe penetrava na pele, embora tivesse a certeza de que naquela noite sua ausência seria notada.
Raquel tremia muito mais em imaginar quanto tempo poderia resistir, até que alguém pudesse lhe encontrar, talvez isto nunca acontecesse. Por outro lado, ela se culpava, por ter alimentado, por tantos anos, uma paixão utópica que jamais daria certo, por ter sido tão leviana em aceitar um convite de quem julgava ser romântico, um pôr-do-sol no cemitério, e que nunca teria condições de lhe oferecer uma fabulosa viagem ao Oriente.
Como pôde ser tão tola a ponto de não notar os traços de desequilíbrio em Ricardo?! Sua passionalidade em declarar seu amor em um local tão funesto, mesmo sabendo que ela já não nutria o amor que sentira no passado. Embora o cansaço fosse imenso, Raquel sentada no chão daquela velha cripta, não conseguia dormir, na verdade seu desespero só seria atenuado se ela conseguisse tragar um cigarro.
Longe dali, aquela noite se desenhava longa, também para outras pessoas, Ricardo, mais uma vez sendo observado pelo buraco da fechadura, pela dona da pensão, não pregava os olhos. No seu velho Motorrádio com a tampa quebrada, deixando à mostra as pilhas amarelas, ouvia atentamente o noticiário da Rádio Nacional, que já relatava o sumiço de uma mulher, que se chamava Raquel, esposa de um rico industrial do ramo de couro. Um taxista havia se apresentado como testemunha, e falou de uma passageira a quem transportara até as imediações de um velho cemitério com aquelas características.
Ricardo, começava a se sentir ameaçado, pois a testemunha se detivera por alguns minutos no local do desembarque, até por achar estranho, uma senhora tão bem vestida descer naquele lugar e não pedir que a aguardasse, e a viu seguir rumo ao velho cemitério, onde um homem com características pouco comuns a aguardava. Já era quase meia noite e aquela notícia deixara Ricardo completamente transtornado, fato notado pela “Medusa”, sua senhoria. De um salto só, ele subiu na cama pegou uma velha mala e começou a arrumar suas roupas.
Na velha cripta, Raquel tateava pelo chão, seu objetivo era alcançar sua bolsa, deixado em algum lugar naquele espaço, as folhas secas que se amontoavam pelo chão, faziam um barulho solitário, rompendo aquele silêncio sepulcral. Ao passar a mão sobre velha lápide, Raquel finalmente encontrou a bolsa, como é comum as mulheres, se deteve por alguns instantes tentando encontrar o porta-cigarros e a caixa de fósforos, ao encontrar, acendeu um fósforo e por alguns momentos, tudo lhe parecia ainda mais assustador, o vento movimentava a chama, e dava a impressão que tudo se movia em sua volta, o cenário aterrador logo foi interrompido, pois o vento cortante apagou a chama, como a noite se revelava longa, Raquel teve a ideia de juntar parte das folhas secas, que formavam uma espécie de cobertura no chão e fazer uma fogueira, além de aquecê-la, serviria como um perfeito sinalizador, em instantes o centenário do jazigo estava iluminado e aos poucos ia sendo aquecido, a velha medalha desbotada continuava inerte enquanto pequenas aranhas e insetos que habitavam entre as folhas secas corriam desesperadamente ante o aquecimento repentino, para uma dama da alta sociedade Raquel se adaptava bem e começava a vencer o medo.
Na pensão de malas prontas, Ricardo foi interpelado pela “Velha Medusa” que, ao notar seu comportamento estranho, pediu auxílio policial, nada causava mais indignação à velha senhora, do que alguém deixar seu estabelecimento sem pagar o que lhe devia. Ricardo, visivelmente transtornado, mostrando um desequilíbrio comum aos psicopatas, ainda tentou fugir por uma porta lateral, porém foi imediatamente dominado por policiais da guarda civil, chamados para a ocorrência,
- Eu a amava, eu sempre a amei, vivemos juntos por um período e ela sempre me humilhou... Eu quero que ela apodreça lá! Repetia Ricardo convulsivamente.
- Minha senhora do que se trata? A senhora nos chamou para uma ocorrência de recusa de pagamento, e agora encontramos este indivíduo transtornado, como senhora explica isto?
- Doutor, longe de mim fazer fofoca, mais me pareceu que ele ia fugir sem pagar o que me deve, ele ficou falando coisa com coisa, depois da notícia das onze, aquela da dona que sumiu.
- Vamos levar o senhor para averiguação.
Após se dirigirem para o local que o taxista descrevera, já quase três horas da madrugada, foi iniciada uma busca no velho cemitério por uma pequena equipe de policiais, sendo uma ocorrência pouco comum, juntaram-se a equipe de policiais, vários repórteres, a revista O Cruzeiro, que faria uma cobertura com duas páginas contava com uma equipe de oito profissionais, entre eles dois fotógrafos e um iluminador, tanto esforço foi recompensado e já caminhava para as cinco horas quando finalmente uma claridade improvável foi avistada por um dos repórteres, o que levou todos em direção da cripta mau iluminada, Raquel já ouvia o canto dos rouxinóis anunciando o alvorecer, com a movimentação rapidamente se levantou, e reunindo as forças que lhe restavam gritou, até que a velha grade foi arrombada e finalmente voltou ao mundo dos vivos.
Um dos guardas da equipe lhe cobriu com sua jaqueta, o frio ainda era insuportável. Ricardo havia sido levado para uma clínica, pois estava extremamente agressivo. Após ser medicado, foi conduzido à delegacia. Havia um depoimento que levantava suspeitas sobre sua participação no crime sofrido pela esposa do industrial, embora ela ainda estivesse sob estado de choque, este estado, era na verdade um álibi, para protelar as devidas explicações sobre os motivos que a levaram a ir, espontaneamente, àquele lugar.
Raquel explicou ao esposo que já havia estado naquele lugar antes, e que era comum ver crianças muito humildes brincando próximo ao cemitério. Sua intenção era fazer um reconhecimento de quantos eram aproximadamente, e tentar recolher algum donativo para eles, ao chegar ao local foi surpreendida por um sujeito estranho que, sob ameaça, a levou para aquele fétido lugar.
Ao se apresentar na delegacia, para prestar seu depoimento, o delegado lhe falou sobre um suspeito, e pediu que fosse feito um reconhecimento.
Raquel, que até então não sabia do destino de Ricardo, sentiu um frio maior que o que sentira duas noites antes. Ricardo, como um morto vivo, estava ali, frente a frente na delegacia, para seu reconhecimento. Ainda sob efeito dos remédios, aparentava uma inquietante passividade.
- Dona Raquel, a senhora reconhece este homem como sendo a pessoa que a ameaçou, e a aprisionou no cemitério ?
Após um breve silêncio de séculos, ela respondeu:
- Não doutor, nunca vi este homem antes.
Agora, Raquel tinha uma certeza: aquela viagem ao Oriente seria o remédio necessário para tratar aquele trauma, e Ricardo, aquele a quem um dia ela amou, a esquizofrenia havia sepultado para sempre.
65
Aluna: Michele Gonçalves Pereira
Curso: História
Período: 4 Período
Disciplina: Oficina de Produção de texto
professor: Erivelto Reis
Turno: Noite
Venha ver o pôr-do-sol: Continuação
Raquel, sem acreditar no que estava acontecendo se desesperou e não sabia o que fazer.
-Senhor, meu Deus, me ajude a sair daqui. Envie alguém que possa me ouvir e me tirar deste lugar sombrio e aterrorizante.
Enquanto Ricardo se foi atormentado sem saber o porquê de ter feito tal coisa. Durante o acontecimento não se sabe propriamente o motivo de dois homens
passarem pelo local e logo ouviram o clamor de socorro que é dado por Raquel. Então eles rapidamente correm e a libertam daquele terrível lugar frio e escuro. Ela explica o que tinha acontecido para os rapazes e os mesmos o levam para a casa. No outro dia, Raquel vai até a delegacia e denuncia Ricardo, ao chegarem na casa do acusado então logo descobrem que Ricardo está enternado no hospital após ter uma crise de epilepsia, e ao conversar com os médicos Raquel descobre que Ricardo tem dupla personalidade, ou seja, ele era bipolar.
-É por isso que ele fazia coisas sem sentidos de esquecer muitas vezes o que fazia e sem saber o porque de muitas facetas, disse Raquel!
E com isso Raquel decidiu ajudar ao seu amor e agora amigo.
E ao passar do tempo, Ricardo, com a ajuda da amiga, conseguiu se tratar e sair do hospital. Logo Raquel se casou e Ricardo foi seu padrinho de casamento.
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Alex Sandra Santos da Silva
Letras. Português/ Literaturas
1º Período.
Por Amor, me arrependo
Raquel, ao ver Ricardo indo embora e a deixando naquele lugar horrendo, gritou:
- Volte! Prometo-te minha minha vida e o meu amor eterno!
Ricardo, ao ouvir suas promessas de amor volta-se para trás e diz:
- Agora é tarde! Durante anos vivi preste a morrer por ti, agora mando-te para morte e que eu volte à vida!
Raquel se viu em meio a solidão daquele túmulo sombrio quase a beira da morte, até que, no silêncio do anoitecer Ricardo volta arrependido e a deixa sair. Ela tremendo de pavor corre em direção à saída e escuta do seu apaixonado:
- Vá sejas livre.
67
Aluno: Marcio Francisco de Santa Anna
Curso: Matemática
1º Período - FEUC
Texto: VENHA VER O PÔR-DO-SOL
Lygia Fagundes Telles
Professor: Erivelto Reis
Despedida ao pôr-do-sol
Pensou que logo sentiriam a sua falta e lhe procurariam. Mas como a encontrariam naquele lugar escondido e distante de tudo?
No meio da escuridão ouviu um barulho, parecia um animal pequeno talvez um rato, lembrou-se de sua bolsa, pegou um fósforo e ascendeu, a ratazana correu assustada, Raquel ficou toda arrepiada . Encontrou alguns pedaços de vela, uma garrafa de plástico e um pedaço de pano velho. Ascendeu um pequeno pedaço de vela e guardou os outros . Estava encolhida em um canto protegendo aquele minúsculo pedaço de vela chegou a se queimar tentando se aquecer, era inútil. Passava o tempo queimando tudo que tinha e encontrava: a bolsa, o pente, o perfume em uma desesperada tentativa de sobreviver .Acendeu o último cigarro, seu corpo tremia de frio e medo. A temperatura caía drasticamente. Sentiu-se fraca lutava para permanecer acordada, pois tinha medo da hipotermia .
Em certo momento da noite, sucumbira ao cansaço seus olhos fecharam por um certo período, quando lentamente voltaram a se abrir notou um pequeno feixe de luz que entrava pelos vãos da porta, estava amanhecendo.Escutou um cachorro latindo e raspando a porta, ouviu vozes, começou a gritar desesperadamente, escutou uma batida forte na porta, a porta se abriu e a claridade lhe ofuscou os olhos. Logo se sentiu amparada, aquecida, palavras carinhosas de incentivo lhe chegaram aos ouvidos .
Quando acordou novamente estava assustada, parecia despertar de um pesadelo, ouviu uma voz carinhosa que logo reconheceu era sua mãe que lhe segurava a mão, e acariciava sua cabeça, seu pai estava sentado e logo levantou e lhe deu um beijo, neste momento se acalmou e sentiu que esta realmente salva.
Alguns dias depois, quando estava melhor, perguntou à sua mãe como a encontraram, e então soube que fora o próprio Ricardo que ligou para polícia e informou o local do cativeiro. Parece que se arrependeu. Soube também que encontraram o corpo dele, já sem vida em um quarto de uma pensão do subúrbio. Ao lado do corpo estava uma carta de despedida.
A raiva que sentia e todo sofrimento que passara deu espaço a um sentimento de pena e carinho, tentou entender o que levou Ricardo a tomar aquela atitude de insanidade lembrou-se dos momentos felizes que passaram juntos. Quando olhou pela janela do quarto viu o sol se esconder por de trás das montanhas, pensou- cretino jamais vou te esquecer.
68
NOMES:
Camila Ribeiro Coelho,
Carlos Roberto de Moura e
Rosimere Braz.
Período: 1º
Curso: História (manhã)
Brincadeira de Criança
-Saiam do meio do mato crianças, agora, já!
-Poxa, pai!
-Vou lá fala com vô Antônio!
Cinco minutos depois...
-Pai, pai, vô Antônio tá te chamando!
-Bença pai!
-Deus te abençoe, filho. Que história é essa, de você
proibir as crianças de brincar de esconde-esconde?
-Mas pai, é perigoso brincar no meio do mato, em pleno
século XXI.
-Pedro, chama as crianças aqui agora!
-Pedro e crianças eu vou contar pra vocês, uma
história que aconteceu em 1958. O sol estava quase se pondo, era quase noite, quando Zezinho
Caolho, "que Deus" o tenha , veio correndo e disse: -"Gente,
gente, ouvi voz de mulher saindo de dentro do túmulo. "Todo mundo pensou que fosse fantasma, saimos
correndo para contar aos nossos pais. Eles foram ver o que estava acontecendo.
Realmente era uma mulher, trancada dentro do túmulo. Depois que a porta foi
arrombada, ela saiu correndo sem falar com ninguém. A gente nunca soube quem
ela era.
-Que história legal, vô Antônio!
-Vocês sabiam que naquele dia a gente brincava de
esconde-esconde dentro do cemitério?
E todos riram
por um bom tempo e as crianças voltaram a brincar no meio do mato.
69
Alan Carlos da Silva
1º perído - Manhã
Curso: Português/Inglês
1º perído - Manhã
Curso: Português/Inglês
Angustia da Reflexão
Ricardo continuava a escutar os gritos de Raquel no momento em que trancava as portas da pensão, perguntando-se: "Será possível mesmo a quilômetros de distância ainda consigo ouvir Raquel, de que maneira?"
Mesmo sem resposta a sua própria pergunta, voltou
seus pensamentos até o cemitério, onde imaginou Raquel com a respiração
ofegante, e com seus olhos cheios de lágrimas implorando para ser
libertada.
Naquele
instante, Raquel, dentro do mausoléu estava perplexa com o abandono de
quem dizia que a amava, esperando o inevitável, e lembrando-se das últimas
palavras de Ricardo; dizendo que no final do dia pelas frestas das
janelas
entraria, mesmo sendo por alguns segundos, o pôr-do-sol mais lindo visto
por ela; fechou as pálpebras calmamente, sentou-se no degrau da escada e
pensou em toda sua trajetória de vida, e sobre o que tinha feito, e
passado, ou desejado percebendo-se que sempre ignorou as pessoas, o
semelhante, com sua petulância e palavras; com seus últimos suspiro de
arrependimento pediu desculpas a todos, sofreram com isso durante toda
sua vida, e redimindo-se para morrer sem culpas e tranquila com Ricardo,
pois sabe que o ato realizado veio a motivo de caráter reflexivo, e
corretivo.
- Ricardo, te amo,
e sempre te amarei desculpa-me por várias idiotices, e soberbas por não
saber reconhecer todos os seus esforços pelo nosso sentimento.
- Adeus!
70
Amanda de Jesus Soares Moura
1° periodo 2013 Letras/Espanhol
Aluna: Mirian Faria Porto
Matemática - 1° período - noite
73
70
Amanda de Jesus Soares Moura
1° periodo 2013 Letras/Espanhol
Suspense de família
Ricardo desejou boa noite a sua querida Raquel e pediu que ela não sentisse saudades dele. Foi andando lentamente até a saída do cemitério onde jogou a chave da porta da catacumba onde a trancou pelos ares.
Durante certo tempo, enquanto andava em direção a ladeira, ainda se ouviam os gritos de Raquel , mas logo foi abafado e não se ouvira mais nada. Ricardo encontrou crianças brincando de roda, desceu a ladeira e voltou ao seu verdadeiro lugar no mundo, o qual até hoje ninguém sabe, como também não sabem o que aconteceu naquele misterioso dia.
E assim, uma jovem senhora saia do obscuro cemitério, contando a sua neta uma antiga história, quase uma lenda, que acontecera em sua família.
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Aluna: Mirian Faria Porto
Matemática - 1° período - noite
O fim de uma história de amor
Raquel pouco
conseguia ver através das lágrimas e da escuridão. Ela não conseguia acreditar
no que estava acontecendo! Como um encontro com a pessoa que ela amava poderia
acabar daquele jeito, trancada num mausoléu, no meio do nada?
Num ato
desesperador, Raquel desmaia e acaba tendo um sonho. “NÃO, NÃO!”, gritou
Raquel, abrindo os olhos. Ela sentou-se na cama e percebeu que estava em seu
quarto. Tudo não passara de um sonho, um maldito pesadelo! Aliviada, Raquel
levantou e foi ao banheiro. Lavou o rosto e bebeu um copo d’água. Voltou para a
cama, ainda trêmula devido ao pesadelo e fechou os olhos. Ao abri-los
novamente, viu que estava de volta ao mausoléu e que tudo ali era real.
Raquel voltou a
gritar, mas não havia ninguém para ouvir. Talvez Ricardo, o sádico, estivesse
assistindo através de alguma câmera. Sua aparência de roupas rasgadas e sujas e
pele arranhada em nada lembrava a bela mulher que chegara àquele maldito lugar
com Ricardo horas antes.
Sem conseguir
entender a razão por trás de tudo aquilo, Raquel apanhou o isqueiro deixado por
Ricardo e o acendeu. Precisava encontrar uma maneira de sair daquele lugar! A
pesada porta de ferro não cedia às suas tentativas, nem mesmo aos vários
arremessos de uma pedra pesada encontrada no salão.
Sentiu-se
impotente e começou a chorar. Nem mesmo a raiva que sentia de Ricardo era
suficiente para lhe dar mais forças. Não havia saída, se deu conta. Ninguém
onde ela estava. Raquel morreria ali, sozinha, na escuridão.
Ela sabia que
não resistiria muito tempo. Todo mundo já tinha visto algo assim em algum filme
horrível de terror: sem água e comida, estaria morta em poucos dias...
Raquel abriu os
olhos. Era a mesma coisa que mantê-los fechados na completa escuridão do
mausoléu. Tentou acender o isqueiro, mas não conseguiu. O fluido acabara hora
antes. Ou talvez dias. Não tinha mais certeza de nada. O tempo não parecia
importante ali e, sem nenhuma fonte de luz natural, não fazia ideia de quanto
tempo passara. Não conseguia nem mais chorar.
Uma manhã,
Raquel não abriu os olhos. Era o fim.
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Edna Gonçalves
Aluna 1º período letras - Literatura
FEUC
O Último Adeus
Foi erguendo o olhar, até a chave que ele balançava pela argola,olhou diretamente nos olhos d'ele, com um misto de medo e tristeza.
-Ricardo, o que você está fazendo? Me deixe sair daqui, por favor. Ele olhou para ela através da grade, lembrando dos momentos que passaram juntos. Momentos que não voltariam,que ficariam apenas em suas lembranças. Ela estava diferente,ele também mudara, e não tinha nenhum direito de interferir em sua vida.Voltou-se então com as chaves na mão e abriu a fechadura.Subindo as escadas correndo, ela gritou ofegante:
- Como pôde fazer uma brincadeira dessas comigo, Ricardo?
-Tem razão, meu anjo. Disse ele com um meio sorriso, foi mesmo uma brincadeira estúpida. Vá! Disse olhando tristemente para sua amada, vá para o seu pequeno mundo.
Prometo que não te importunarei mais, seja feliz se isso lhe for possível. Ela o olhou, e naquele momento percebeu quanto tempo tinha perdido. Virando o rosto, desceu a ladeira sem olhar para trás. Lá ao longe na porta do cemitério Ricardo ficava a contemplar, o pôr-do-sol.
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Francisca Sheilha da S. A. Fernandes
Curso: Letras/ Espanhol
Turno: Noite
Infidelidade
Ele esperou que ela chegasse quase o trinco da portinhola de ferro. Então deu uma volta à chave, arrancou-a da fechadura e soltou para trás.
-Ricardo abre isto, imediatamente! Não estou brincando meu amor, por favor, prometo que vou ficar só com você, não me deixe aqui sozinha, eu tenho medo agora é serio Ricardo, deixarei tudo por você...
Com um olhar tristonho e ao mesmo tempo de desprezo, Ricardo pensou por um minuto em salvar a mulher a quem sonhou casar-se e formar uma família, mas lembrou de quando deixara sem ao menos uma explicação.
-Ricardo eu ainda te amo.
Nesse momento, Raquel lembrava-se de seus momentos mais felizes com Ricardo, que chorava em altos soluços, os últimos.
-Por favor... Eu só queria uma vida sem misérias a qual você não poderia me oferecer.
Ricardo ainda meio embaraçado em seus pensamentos limpou a lágrima que descia como fogo de seus olhos, guardou a chave em seu bolso lentamente, deixando o cemitério.
-Alguém me ajuda socorro! Ricardo, porque você está fazendo isso comigo?
Em seus últimos momentos, Raquel via cenas de sua vida e tentava lembrar-se por que de um encontro em um cemitério abandonado, ainda na esperança de ser salva.
-Meu pai! Ricardo já havia planejado tudo e por isso perguntou se gostaria de encontrar tudo limpinho, com flores nos vasos, velas, as suas raízes, o pó...
Depois que saiu do cemitério, Ricardo encontrou o esposo de Raquel, a quem entregou a chave que deixara sua amada trancada para sempre.
-Aqui está exatamente como você me pediu.
-Ela está morta?
-Há essa hora não conseguiria sobreviver.
-Cretina! Depois de tudo que a fiz por ela me traiu com você.
-Mas não tínhamos mais nada um com o outro.
Certo dia a vi enviando uma mensagem dizendo que estava com saudades de você foi insuportável, logo investiguei onde você morava... Mas enfim foi fácil fazer você acabar com aquela mulher que acabou comigo.
-Mas que mensagem? Não recebi nada de Raquel há muito tempo.
-Pare com esse cinismo rapaz, foi o homem a quem Raquel amou a e vivia um romance as escondidas.
-Por favor, repito não estou entendendo, a última vez que vi Raquel, ela havia ido até meu apê oferecer dinheiro para mim ajudar, mas não aceitei.
-Você acha que sou algum bobo rapaz, não é você o Mário?
Ricardo saiu desesperado correndo, não conseguia conter o choro, suas lágrimas corriam quentes em seu rosto e seu corpo tremia sem parar não pensava em outra coisa a não ser salvar Raquel.
-Raquel, Raquel!
Chegando ao cemitério Ricardo tentou arrebentar a fechadura tirando uma cruz de ferro que ficava ao lado batendo fortemente, mas não conseguiu , olhou e chamou com toda força que ainda restava, Raquel estava morta. Ele ficara do lado de fora chorando e a chamando.
-Meu amor me perdoa, eu não queria fazer isso com você, mas não tive escolha eu ou você. Foi uma fraqueza minha linda tentei viver os melhores momentos com você.
Um vento muito forte cessou... Uma estátua velha caiu sobre Ricardo e assim ele também foi ver o pôr do sol.
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