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Blog para apresentação de textos e desenvolvimento de práticas relacionadas à produção, manipulação, seleção, gerenciamento e divulgação de trabalhos de confecção de textos dos alunos e alunas do Professor Dr. Erivelto Reis, mediador, orientador e coordenador das atividades desenvolvidas no Blog, que tem um caráter experimental. Esse Blog poderá conter textos em fase de confecção, em produção parcial, em processo de revisão e/ou postados por alunos em fase de adaptação à seleção de conteúdo ou produção de textos literários.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Aluna Layssa Salomão Gomes da Silva de Port./Ing. noite escreve final alternativo: "O desfecho", para o Conto Venha Ver o Pôr-do-Sol, de Lygia F. Telles

Fundação Educacional Unificada Campograndense
Aluna: Layssa Salomão Gomes da Silva
Letras- Port./Ing.              Turno: Noite
2017.1 


O desfecho...

     O pôr-do-sol já não brilhava mais. Ricardo foi embora do cemitério tarde da noite e com os pensamentos muito conturbados. Ao atravessar a rua não teve a percepção de que vinha um carro em alta velocidade e o atropelou.
     - Socorro! Raquel me ajuda? Dizia Ricardo com sua voz quase desaparecida.
     - Oh não! Você está bem? Disse-lhe o motorista que o atropelou.
     - Salve a Raquel e diga que o dinheiro não pode comprar outra vida e nem te ajudar quando você se encontrar sozinho a mercê da morte. Eu a amo! E então se deu seu último suspiro.
     O motorista apavorado com a situação deixou o corpo de Ricardo estendido no chão, ligou para a polícia anonimamente e fugiu.
     Ao amanhecer, os policiais já se encontravam presente no local, cobriram o corpo de Ricardo com um saco plástico preto e perceberam que ele vinha carregando uma chave em sua mão. Ao perceber a movimentação e escutar a sirene da polícia, Raquel começara a gritar euforicamente, tirando forças de onde já não tinha, começara a esmurrar a porta do jazido para que os oficiais ouvissem.
     - Socorro! Por favor! Socorro!
     - Ouçam! Parece ter alguém nesse cemitério abandonado!
     - Sim, estou ouvindo! Está pedindo socorro.
     - Vocês fiquem aqui, vou até lá.
     E então o policial foi até o local onde se encontrava Raquel. Ao chegar lá lhe perguntou:
     - O que estás fazendo aqui uma hora dessa senhorita?
     - Me trancaram aqui, por favor, me tire daqui, me tire daqui!
     - Afaste-se vou ter que atirar na fechadura da porta.
     Raquel se afastou, o policial pegou sua arma e atirou. E então a porta se abriu, Raquel o agradeceu e já sem esperanças suplicou:
     - Me tire daqui, quero ir para casa!
     O policial levou Raquel para o local do acidente e Raquel entrou em pânico mesmo sem ver o rosto do corpo que estava esticado no chão, ela gritava:
     - Ricardo! Ricardo! Por quê?
     Os policiais sem entender a chamaram para conversar, e ela explicou desde o início tudo o que tinha acontecido. Chateada e horrorizada com o fato, Raquel avisou aos familiares de Ricardo e ao avisar ao seu marido, ela disse-lhe:
     - Quero fazer o velório de Ricardo neste cemitério.
     - Mas este está abandonado há anos. Disse o marido.
     - Você, com todo esse dinheiro resolva isso!
     E o corpo foi levado pela funerária para ser preparado, e em um dia o marido de Raquel, contratou operários e coveiros para preparar o cemitério. E Ricardo foi enterrado no cemitério em que tanto adorava.
     - Você está vivo dentro de mim. Dizia Raquel, toda vez que passara pelo cemitério funcionando normalmente.

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