Esqueço de lembrar
Albert Caetano
Albert Caetano
Às vezes esqueço de lembrar
Que entre o nascer e o pôr do astro rei
Além dos muros que limitam meu olhar
Há uma terra que meus pés anseiam tocar
E horizontes que de fato desbravarei.
Que entre o nascer e o pôr do astro rei
Além dos muros que limitam meu olhar
Há uma terra que meus pés anseiam tocar
E horizontes que de fato desbravarei.
Às vezes esqueço de lembrar
Do mundo que lá fora me espera
Da esperança que insiste em mim habitar
Com a fé de minh'alma em meu Pai tolera
As agruras e dissabores do contínuo caminhar.
Do mundo que lá fora me espera
Da esperança que insiste em mim habitar
Com a fé de minh'alma em meu Pai tolera
As agruras e dissabores do contínuo caminhar.
Às vezes esqueço de lembrar
Que no trajeto de minha mocidade
É normal carregar alguma vaidade
Mas nessa parte não falo com propriedade
Pois longe está dos jovens o meu pensar.
Que no trajeto de minha mocidade
É normal carregar alguma vaidade
Mas nessa parte não falo com propriedade
Pois longe está dos jovens o meu pensar.
Às vezes esqueço de lembrar
Dos outros que em mim se espelham
Pois sei que algo de mim sempre almejam
E nunca estarei preparado para conceder
O que por vontade própria poderia oferecer.
Dos outros que em mim se espelham
Pois sei que algo de mim sempre almejam
E nunca estarei preparado para conceder
O que por vontade própria poderia oferecer.
Às vezes esqueço de lembrar
Em noites singelas ao esvair-se o sono
Do porvir misterioso da vida
De tantos sonhos à escondida
Carecendo de força para se concretizar.
Em noites singelas ao esvair-se o sono
Do porvir misterioso da vida
De tantos sonhos à escondida
Carecendo de força para se concretizar.
Às vezes esqueço de lembrar
Que é este mundo ao meu redor
Girando à minha volta
Não o que de mim germina
Insiste em limitar
Tantos outros ideais.
Que é este mundo ao meu redor
Girando à minha volta
Não o que de mim germina
Insiste em limitar
Tantos outros ideais.
Às vezes esqueço de lembrar
Que a beleza do hoje ao viver
É saber que mesmo sem querer
O novo sempre vem
Àqueles que de coração praticam o bem.
Que a beleza do hoje ao viver
É saber que mesmo sem querer
O novo sempre vem
Àqueles que de coração praticam o bem.
Teço no silêncio meus versos
Um grito pálido e frio
Em meio à sorte de pensamentos diversos
Desejos fluírem como um rio.
Um grito pálido e frio
Em meio à sorte de pensamentos diversos
Desejos fluírem como um rio.
Às vezes esqueço de lembrar
Ou me fazem esquecer?
Importa mesmo saber?
Esqueça mas não esmoreça
O melhor da vida é sonhar.
Ou me fazem esquecer?
Importa mesmo saber?
Esqueça mas não esmoreça
O melhor da vida é sonhar.
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