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Blog para apresentação de textos e desenvolvimento de práticas relacionadas à produção, manipulação, seleção, gerenciamento e divulgação de trabalhos de confecção de textos dos alunos e alunas do Professor Dr. Erivelto Reis, mediador, orientador e coordenador das atividades desenvolvidas no Blog, que tem um caráter experimental. Esse Blog poderá conter textos em fase de confecção, em produção parcial, em processo de revisão e/ou postados por alunos em fase de adaptação à seleção de conteúdo ou produção de textos literários.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Os Estatutos do Homem - Thiago de Mello



Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)
A Carlos Heitor Cony


Artigo I 
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II 
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III 
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV 
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único: 
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo V 
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo VI 
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII 
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX 
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.

Artigo X 
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
uso do traje branco.

Artigo XI 
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII 
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único: 
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.

Artigo XIII 
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final. 
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre 
o coração do homem.  



                                                      Santiago do Chile, abril de 1964 

Conto: "O Amor Jamais Acaba", (2011.2) de Cássia Cristina Gomes Ribeiro - Aluna do Curso de Letras

Ao reencontrar a aluna Cássia Cristina, agora no 5º período, ela recomendou-me a leitura de um conto escrito durante uma das Disciplinas ministradas pela querida Professora Norma em 2011.2 e publicado no Blog do NEL - Núcleo de Estudos da Linguagem das FIC em 2012.1. Reproduzo aqui o belo e emocionante conto escrito por Cássia. Att. Erivelto Reis


O Amor Jamais Acaba 
por Cássia Cristina Gomes Ribeiro


Foi naquela noite fria do dia 07 de junho de 1995, no ponto de ônibus enfrente a Cinelândia no Rio de Janeiro, que Carlos conheceu Maria.  Uma mulher cheia de encantos e surpreendente. Seus cabelos e olhos negros reluzentes, o corpo sinuoso que o impactou. Carlos aproveitou a demora do ônibus e encheu-se de coragem para aproximar-se dela. Mas, quanto mais próximo estava sentia suas pernas bambas e sua coragem sair correndo. Maria não resistiu e perguntou?
          -Você está bem? O que houve? Está pálido.
          -Estou bem, deve ser um mal estar. Qual é o seu nome?
          -Maria. E o seu?
          -Eu, eu me chamo Carlos. Você mora próximo daqui?
          -Sim, moro em Madureira. E você?
          -Em São Cristóvão.
          Tudo estava indo bem. Tudo contribuía para um relacionamento além de uma simples amizade. E Carlos perguntou:
           -Você trabalha por aqui?
            -Sim, trabalho em um escritório de contabilidade. E você?
            -No Tribunal de Justiça, sou Analista de Sistemas.
            -Que bom! Você está aqui há muito tempo esperando o ônibus?
            -Sim. Vamos tomar um suco na Confeitaria Colombo?
            -Vamos.
            Carlos pensava: Essa mulher será minha até que a morte me leve. Pois, sabia que teria pouco tempo de vida, afinal, estava com uma doença linfática e teria aproximadamente seis meses de vida.
            Maria e Carlos conversavam, trocavam olhares, um acariciava a mão do outro. Tudo era mágico e perfeito.  Carlos perguntou:
            -Posso lhe falar uma coisa? Você é a mulher da minha vida.
            -Sério? O que houve? Há algo diferente entre nós dois. Preciso ir embora Carlos, minha mãe deve estar preocupada.
            -Maria, posso vê-la amanhã no mesmo lugar e horário?
            -Sim.
            E a cada dia os dois se envolviam mais. Carlos morava sozinho, pois, sua família era do Rio Grande do Sul. Habituado ir à casa de Maria, já era considerado como um filho, para Dona Neide, mãe de Maria.  Angustiado, precisava contar para Maria de sua doença e de seus poucos dias de vida. Maria fazia planos para o futuro, sonhava em casar-se, afinal, estava se preservando para o seu amado e em seu imaginário vinha o tão grande dia de seu casamento. Quando Maria falava sobre este assunto para Carlos, ele se alegrava e ao mesmo tempo sua alma se entristecia, porque esse dia poderia não chegar.
            Na calada da noite do dia três de outubro, Carlos entrou na madrugada pensativo, e esperou o dia nascer para abrir o jogo a Maria e tirar de vez a angústia de seu peito.
            Chegando à residência de Maria, estava determinado a não esconder coisa alguma para sua pérola preciosa. E disse:
            -Maria, preciso lhe falar algo importantíssimo.
            -Diga-me, você está tenso. É algo grave meu amor? Sua mão está um gelo.
            -Primeiro de tudo. Aconteça o que for, eu a amarei sempre.
            -Fale logo, você está me deixando nervosa.
            -No mês em que nos conhecemos, descobri que tenho uma doença degenerativa, ainda não descobriram a cura, e o médico diagnosticou que possuo vida aproximadamente por seis meses, ou seja, tem quatro meses em que estamos juntos e se você ainda me quiser, ficaremos  aproximadamente dois meses juntos.
            Naquele momento, o céu desabou. As lágrimas tomaram conta de seus rostos,  abraçaram-se e começaram a se beijar.
            De repente, Maria disse:
            -Você é a minha vida. Jamais o deixarei e não vamos ficar nem mais um segundo separados. Vamos nos casar.
            Os dois competiam com o tempo e o casamento foi marcado para o dia cinco de novembro. Muitos foram os preparativos, afinal, Carlos desejava que Maria fosse a mulher mais esperada para ser vista naquele dia.
            Com a chegada do dia do casamento, a noiva passou o dia inteiro se ornamentando para o seu amado, porque aquela noite havia sido planejada pelos dois. Às dezoito horas, as porta da Igreja da Candelária foram abertas. A família e amigos de ambos enchiam os bancos da igreja, e alguns comentavam: “Não sei por que esse casamento tão rápido. Será que está grávida?”
            E chegou a hora. Carlos estava lindo. Trajava um terno cinza escuro que trazia no bolso um lenço branco e a cada passo que dava até ao altar, as lágrimas vinham mais forte. A mãe de Carlos, Dona Luíza, não sabia da doença do filho, consolava-o, enxugando as lágrimas, e dizia:
            -Filho, por que tanto choro? Não está feliz?
            -Pelo contrário mãe, hoje é o dia mais feliz da minha vida. A senhora vai conhecer a mulher que sempre esteve em meus sonhos. Sou um homem que recebi dos altos céus um presente precioso, a Maria.
            Carlos acabara de pronunciar o nome de Maria, começa a tocar a marcha nupcial. A noiva, belíssima, com um vestido cravejado de pedras brilhantes, carregava na cabeça uma coroa de princesa. À medida que dava seus passos vagarosos, em rumo ao seu prometido, toda igreja fitava os olhos nela. O noivo, com o olhar fixo na noiva sorridente, chorava e sorria ao mesmo tempo. Ao tocar nas mãos de Maria, beijou-a na testa e juntos foram para o altar. A cerimônia foi finalizada pelo Padre com a frase: “O AMOR JAMAIS ACABA”. Aquelas últimas palavras entraram no coração dos noivos como um bálsamo, afinal, ninguém sabia do segredo dos dois.
            Os convidados, a festa, as fotos, o bolo, o corte da gravata, o dia ímpar, os noivos se despediram, dando um adeus dentro do carro, que saiu carregado de latas penduradas no pára-choque.
            O casal foi para sua residência, o apartamento que Carlos já morava, e em fim sós. A noite não parecia ter fim, a lua cheia que clareava o quarto, o leve vento que balançava as cortinas, o mundo que girava ao redor dos dois e as juras de amor que faziam. Maria se entregou de corpo e alma para Carlos. O dia nasceu e os dois acordaram com o sol batendo no rosto. Um disse para o outro ao mesmo tempo:
            -Eu te amo.
            Dali em diante, os dias passavam cronometradamente, e o mês de dezembro estava chegando e a ansiedade bombardeava suas vidas. Já impossibilitado de trabalhar, havia dias em que Carlos encontrava-se com a saúde muito debilitada, trêmulo e às vezes desmaiava. Maria procurava passar tranquilidade a Carlos através da confiança que tinha em Deus. Saiu do serviço para dedicar-se totalmente a ele, pois, a cada dia a maldita doença o consumia.
            No dia quinze de dezembro, Maria deu uma notícia para Carlos.
-Adivinha o que está escrito neste papel?
Com um meio sorriso, disse:
-O que houve? Outro resultado de exame, outro diagnóstico médico pior, outra data premeditada para morrer?
-Não. O que tenho em minhas mãos é um resultado positivo de gravidez.
Por essa Carlos não esperava. O brilho que possuía no rosto contagiou os dois e Carlos já acariciava a barriga de Maria e disse:
-Meu bebezinho, você não conhecerá o papai, mas eu desejo a você toda a felicidade que um ser humano possa receber na vida. Chorando, Maria diz a Carlos que enquanto ele estiver vivo ainda tem esperança que seja curado.
Mas a doença se agravava ainda mais e no dia vinte e três de dezembro, Carlos disse:
-Maria, chegou a minha hora. Cuida do nosso filho. Por um longo período não precisará trabalhar. No dia em que nosso filho nascer, lembrarás de nós dois e eu estarei vivo dentro do seu coração. Peço-lhe, não chores mais, alegra a tua alma com a presença dessa criança. 
Na véspera do Natal, Carlos adormeceu para sempre e um dia encontrará na eternidade Maria e seu filho.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

2012.2 - NOVA FASE DO BLOG DE PRODUÇÃO TEXTUAL EXPERIMENTAL DA FEUC

Criado no primeiro semestre de 2012, o Blog de Produção Textual Experimental da FEUC chega ao segundo semestre com mais fôlego e novidades. Estará mais integrado às redes sociais, atento à produção de texto em outros Cursos e também em outros períodos do Curso de Letras. Os eventos do segundo semestre ganharão ainda mais destaque e trabalhos acadêmicos realizados em sala de aula e fora dela aparecerão por aqui. Participem. Será uma grande viagem de descoberta e criação textual. 
Vamos juntos.
Att. Erivelto Reis

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Alunos de Oficina de Produção de Texto escrevem sobre suas trajetórias e sobre a História da FEUC


“A CONQUISTA DE UM SONHO”
 Alunos do 1º período de Pedagogia - Manhã
Prof. Erivelto Reis
Oficina de Produção de Texto

Rogiane Ferreira Veríssimo
Tatiane Guimarães
Ana Cecília de Castro
Evelyn Santos
Débora Rocha
Karen Carvalho
                                                    A CONQUISTA DE UM SONHO

                                                                  FEUC: uma história de sucesso!

            A FEUC (Fundação Educacional Unificada Campograndense) foi fundada há mais de 50 anos por Miécimo da Silva, que tinha um grande sonho. Esse sonho tornou-se realidade com a ajuda de outros profissionais que tinham o mesmo ideal: criar na “zona rural” uma faculdade com o objetivo de formar grandes professores educadores.
            Nossas histórias se encontram com o mesmo objetivo de conquistar conhecimentos, uma qualificação profissional de sucesso e a realização de sonhos, a fim de ingressar no mercado de trabalho, com o diferencial de sermos graduados em uma Instituição séria que é conhecida como “A Casa do Professor”, que nos incentiva a permanecer em constante processo de formação e pesquisa em busca de novos conhecimentos.
             Nossos caminhos se cruzam no momento em que todos nós acreditamos em um sonho e buscamos realizá-lo. Assim como essa Instituição que acreditou no nosso sonho e não se deixou abater com as dificuldades e obstáculos encontrados no decorrer de sua existência, por isso escolhemos a FEUC: pela seriedade, responsabilidade e compromisso com a formação de profissionais. Sendo assim, entendemos que a FEUC é uma Instituição que tem toda a estrutura necessária para alcançarmos nossos sonhos e nos transformarmos em profissionais de grande sucesso.





FÁBRICA ENCANTADA

Oficina de Produção de Texto
Prof. Erivelto Reis
Alunos: 1º período – Manhã:
Carla Gonçalves – História
Carlos Alexandre – BSI
Douglas dos Santos – BSI
Giselle Carvalho – BSI
Jenniffer Nascimento – BSI
Jeferson Rosário – BSI
FÁBRICA ENCANTADA

                Audacioso e corajoso! Acho que podemos chamá-lo assim. Estes são adjetivos que, certamente, carimbavam a personalidade de Miécimo da Silva e, graças a ele, podemos contar com esse grande sucesso na área da educação que é a Faculdade FEUC.
                Há cinquenta e um anos eu, como a maioria de nós, estudantes do primeiro período em 2012, não era nascido, mas ele – Miécimo da Silva – já pensava em nós, em nossa educação e na formação de nossos professores. Miécimo deu o primeiro passo, se atrevendo a sonhar, assim como eu e como todos nós, que deixamos de realizar inúmeras outras coisas para abraçar o sonho de nos formar.
                Também como o notável vereador, enfrentamos muitos obstáculos e desafios e, muitas vezes, a descrença de quem não tem coragem, a nos atirar dardos peçonhentos de desânimo e pessimismo – e não são poucos! – e mesmo assim temos a audácia de prosseguir e continuar sonhando...
                [...] Graças a Deus, e aos esforços de Miécimo e seus companheiros educadores, nossas vidas se cruzam nessa fábrica encantada de educadores e profissionais que ainda, com o mesmo ideal, coloca a educação como principal caminho para um mundo melhor.



PRINCÍPIOS DE ENSINO
Oficina de Produção de Texto
Prof. Erivelto Reis
Alunos: 1º período – Manhã:
Beatriz Barbosa - Pedagogia
Diogo Trindade - BSI
Felipe Samuel - História
Luciana Carvalho - Pedagogia
Natasha Borges - Pedagogia

                                                             PRINCÍPIOS DE ENSINO
                O conceito de valorização educacional não é de hoje. Desde a sua criação, a FEUC demonstra um forte valor em que a palavra de ordem era a EDUCAÇÃO, visando a um fácil acesso e com uma qualidade reconhecida. Demonstrando ao longo do tempo o seu conceito de educação com um índice notável de infraestrutura, um corpo docente reconhecido e outros fatores que conferem confiança e credibilidade à Instituição.
                O desejo de realização acadêmica nos leva a uma faculdade na qual possamos ter um bom aprendizado, um melhor conceito de educação com profissionais bem qualificados, fazendo-nos atingir a meta desejada: o sucesso acadêmico e profissional. [...]
                Conclui-se que em uma Instituição de Ensino Superior onde é possível perceber tais interesses educacionais e a busca da unidade e do crescimento, motiva os estudantes que pretendem ter uma qualidade maior de vida, surpreender e inovar em suas áreas de atuação profissional.
                Assim como a FEUC fez em sua história, há o desejo da maioria dos estudantes de tornar reais os seus sonhos, como um desejo comum, através do sucesso da educação.

Aluno Carlos Alberto de Castro e Silva Jr. - 1º período noite - Port./Lit. escreve sobre a Rio + 20


Aluno: Carlos Alberto de Castro e Silva Jr.
1° Período – Letras - (Português/Literaturas) - Noite   
Matéria: Oficina de Produção de Textos
Professor: Erivelto Reis


UM OLHAR DIFERENTE PARA A RIO + 20


               A conferência Rio + 20 anunciou como ponto principal um governo sustentável com base na economia verde. Onde além do desenvolvimento econômico e seus benefícios levar-se-ia em conta o impacto ambiental ou seja, os danos causados desde a extração da matéria-prima ao seu processo de transformação.
              “Foi mesmo discutido esse impacto ambiental? Por que não? Será que com a omissão fica mais fácil de não resolver?”
               Como a Rio + 20 contou com a participação de representantes de diversos países cujo modelo econômico baseia-se na alta produção e consumo, a maioria dos governos demonstraram irresponsabilidade com o futuro da humanidade e do planeta e promoveram os interesses das corporações na conferencia oficial.
          Com isso não foram discutidas soluções para os problemas ambientais, e sim como o capitalismo pode apropriar-se do meio ambiente, da natureza e dos territórios, nem que pra isso tenha que subjugar a população local e tirá-la de sua cultura, de seu modo de produção. Parece assustador mas, o capitalismo é monocultural ,tem descaso com os modos de vida, com as manifestações culturais e só leva em consideração o lucro. “A Rio+20 girou em torno do capital, em detrimento dos interesses dos povos.”
           A efetivação dos direitos humanos e a concretização de processos realmente sustentáveis só acontecerão com uma nova forma política onde as populações participem, principalmente aquelas afetadas diretamente por este desenvolvimento predatório.
            
                 
Referências:
Declaração final da Cúpula dos povos na Rio + 20
Acesso em: 02/06/2012.
A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza
Acesso em: 02/06/2012.
Os três eixos da Cúpula
Acesso em: 02/06/2012.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Aluno Gledison Moret escreve sobre a Rio + 20


Autor: Gledison Moret - 1º período de Letras
Professor: Erivelto Reis
Disciplina: Oficina de Produção de Texto

A RIO + 20

A conferência realizada no Rio de Janeiro do dia 13 ao dia 22 de junho discutiu práticas do desenvolvimento sustentável e ficou conhecida como Rio+20, pois completou vinte anos de acontecimento. Nela foram abordados dois temas principais: A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. 
Alguns representantes dos países que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU) discutiram sobre os temas abordados. Este debate foi realizado com o intuito de fazer um balanço de tudo que já foi feito nesses vinte anos e descobrir novas estratégias para reparar os estragos feitos em nosso planeta sem deixar de progredir.  Eles deveriam entrar em um consenso entre os dias 13 e 15 de junho, mas isto não aconteceu. A negociação estendeu-se, e ao final, depois de o documento intitulado "O futuro que queremos" ser concluído, houve muita polêmica. Este documento define a erradicação da pobreza como o maior desafio global do planeta, prevê a criação de um fórum político de alto nível para o desenvolvimento sustentável dentro das Nações Unidas, reafirma que as responsabilidades devem ser comuns, porém diferenciadas, ou seja, os países ricos devem investir mais no desenvolvimento sustentável já que degradaram mais o meio ambiente, entre outras coisas.
O texto produziu diferentes opiniões. Por um lado, o Governo Brasileiro defendia o documento, mas este foi alvo de muitas críticas também. Muitas pessoas o definiram pouco ambicioso, sem grande avanço, pois os objetivos de desenvolvimento sustentável que o mundo deve perseguir não foram especificados, assim como o valor de investimento. Um grande número de ambientalistas e representantes de organizações não-governamentais assinaram um documento que afirmava ser fraco o texto “o futuro que queremos”.
No geral, a Rio+20 foi motivo de muita polêmica. Para alguns, foi um sucesso, o texto final fornece formação firme para um bem-estar social, econômico e ambiental. Para outros, foi uma decepção, pois no texto não havia metas definidas.  




Bibliografia:

Sobre a Rio+20.
Acesso realizado no dia 29/06/2012 às 10:36

Temas
Acesso realizado no dia 29/06/2012 às 10:38


Participantes

Acesso realizado no dia 29/06/2012 às 10:40





Rio+20 chega ao fim recheada de elogios e críticas
Acesso realizado no dia 01/07/2012 às 18:15

 A Rio + 20 é um evento onde governantes e membros da sociedade civil se reunirão para discutir como podemos transformar o planeta em um lugar melhor para viver.
Acesso realizado no dia 01/07/2012 às 18:23

  Rio+20 aprova texto sem definir objetivos de sustentabilidade
Conferência adotou documento que prevê definição futura de metas.
Texto cita erradicação da pobreza como maior desafio do mundo atual.
Acesso realizado no dia 01/07/2012 às 18:29

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Aluno Carlos Alberto Loureiro - 1º período - Letras - Port./Ing. escreve texto sobre a Rio + 20

Rio + ou – 20?

Carlos Alberto Loureiro
FEUC - 1º período de Letras - Português/Inglês
Turno: noturno
Disciplina: Oficina de Produção de Texto
Prof. Erivelto Reis


A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio + 20 - realizada na cidade do Rio de Janeiro no mês de junho de 2012, se apresentou sob o tema “O Futuro que Queremos”, e com a proposta de fazer um balanço dos pontos acordados na Cúpula da Terra - a Eco 92 - analisando os pontos que não obtiveram os resultados esperados após vinte anos, bem como abordar e discutir diversos temas da atualidade relacionados com o desenvolvimento sustentável.
Três objetivos principais nortearam as discussões nesta Conferência que reuniu representantes de 192 países: equidade social, desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental.
Com a participação de diversos setores da sociedade civil, representados por Organizações não Governamentais (ONGs), grupos indígenas, empresários, comunidades da área de ciência e tecnologia, produtores rurais, entre outros, que expuseram seu posicionamento dentro dos tópicos relacionados, as discussões avançam sem um horizonte visível, ou seja, não se chega a um consenso sobre prioridades. O que representa necessidade para uns, torna-se supérfluo ou oneroso para outros.
A crise financeira mundial colocou um tempero picante nas reuniões. Como tratar de equidade, desenvolvimento e sustentabilidade, sem tocar no assunto economia? Como tratar de economia sem definir diretrizes e bases para os países que dependem de ajuda financeira.
Em um momento tão delicado no cenário econômico mundial, as decisões têm que ser tomadas sem afetar os interesses das nações mais abastadas, nem sacrificar as necessidades das nações menos privilegiadas.
Por mais estranho que possa soar, as frases abaixo partem de um líder político considerado extremista e polêmico. Um dos poucos, em seu discurso, a se referir  à questão da igualdade entre os povos.

“Não devemos buscar hegemonia à custa de outros povos e seres humanos que habitam o planeta.”
                                                           (Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã)

"Os seres humanos não são rivais, mas amigos e companheiros que se completam. A felicidade de um não pode ser às custas do outro.”
                                                                      (Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã)  

No mais, o que se viu foi um leilão de nosso planeta, onde as propostas são aceitas mediante garantias e vantagens.
O discurso é eloquente, as propostas estimulantes, mas, na prática, não funciona, pois todos estão preocupados com seus interesses pessoais, parecem que não têm perspectiva no futuro.
Um dos momentos mais emocionantes, e que ilustra a afirmativa anterior, foi alcançado com as palavras da estudante neozelandesa de apenas 17 anos, Brittany Trifforde. Onde  demonstra o descaso no cumprimento das metas traçadas na Eco 92.

"Essas promessas (de 1992) não foram quebradas, mas esvaziadas."
                                                                                                         (Brittany Trifforde)

Aproveita ainda para, em nome de todas as crianças do planeta, fazer um apelo aos dirigentes de todas as nações.

"Neste momento, sou todas as crianças. Suas crianças. As três bilhões de crianças do mundo. Pense em mim como metade do mundo. Estou aqui com fogo no meu coração. Estou confusa e brava com o estado do mundo."
                                                                                                        (Brittany Trifforde)

"Vocês estão aqui para salvar as suas peles ou para nos salvar?"
                                                                                                         (Brittany Trifforde)

“Com todo respeito, muitos de vocês já terão morrido antes que as consequências ambientais de seus atos apareçam... Mas e meus filhos? E os filhos de meus filhos?”
                                                                                                         (Brittany Trifforde)

Os países considerados “ricos”, não abrem mão de seus modelos de produção, subsídios e desrespeito ao meio ambiente. Querem resolver a questão ambiental impondo soluções paliativas sem ouvir os setores da sociedade civil que, verdadeiramente, lutam por melhores condições de vida para a população,  melhor distribuição de renda e um modelo de desenvolvimento sustentável que, realmente, se preocupa com o futuro das gerações vindouras.
Para exemplificar o que acaba de ser dito, é só perceber que, as manifestações realizadas por representantes das diversas entidades que participaram deste momento histórico,  no período da Rio+20, não foram amplamente noticiadas nos meios de comunicação, ou seja, as manifestações populares não tiveram o mesmo destaque que a reunião da alta cúpula de dirigentes dos países participantes.
As reuniões realizadas na Cúpula dos Povos no Aterro do Flamengo, a passeata que reuniu cerca de 80.000 pessoas na Avenida Rio Branco e as diversas manifestações isoladas, não tiveram cobertura  significativa nos noticiários e imprensa escrita,  as informações relativas a estas atividades foram disponibilizadas em sua maior parte na internet, que não é do alcance de todos os segmentos da sociedade.
O nível cultural - se assim podemos classificar – das pessoas que procuram informações neste meio de comunicação não é o da maioria da população, portanto, aqueles que não estiverem demasiadamente estimulados, não buscarão tais informações.
Enfim, ficam as perguntas: Rio + ou – 20? Avançamos ou regredimos com esse evento?
Talvez tenhamos que aguardar mais vinte anos para conhecer os resultados dessas promessas, e, quem sabe, teremos a sorte de não ser tarde demais.


Referências:

CAMPOS, Antonio.Preservar é preciso e urgente. Disponível em:
OFFICIAL DOCUMENTS SYSTEM OF THE UNITED NATIONS, 2012. Disponível em:
FRASES DA CÚPULA DE ALTO NÍVEL. Disponível em: 
<http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/veja-frases-da-cupula-de-alto-nivel-da-rio20.html>.Acesso em: 29 jun.2012.                                          
                                     




Enviado por:

Carlos Alberto Loureiro
FEUC - 1º Período de Letras – Português/Inglês
Turno: Noturno