CURSO: PEDAGOGIA
TURNO: MANHÃ
PERÍODO: 1°
Entre o amor e a
morte
Raquel
abaixa sua cabeça e, de encontro com o som do balançar das chaves, agora, estão
seus gemidos em um choro compulsivo. Encolhida no chão do gélido e assustador
jazigo, cansada de lutar contra aquelas portas e gritar por socorro ao nada,
ela avista uma claridade saída de um vão da porta; essa, a levava a uma tumba,
e a moça decide por segui-la.
Para
sua surpresa, aquele jazigo pertencia sim à antepassados de Ricardo, apesar da
história sobre a prima que ele inventara para comovê-la; ali jaziam, na
verdade, bisavós e, outros antigos parentescos do mesmo, tomando como base as
datas e, o curioso sobrenome nessa tumba em questão, que era o mesmo de
Ricardo. Porém, o nome e a foto de quem quer que esteja ali, está coberto por
uma grossa camada de poeira, que a moça, em rápido lance, limpa com sua mão.
Numa
fração de segundos, Raquel em desespero cai sobre seus joelhos no chão,
exclamando: – Não pode ser! Como... Como isso é possível?” – Sua voz falha. Ali
jazia Ricardo, aquele mesmo homem que a trancara nesse lugar minutos antes. As
portas, percebe, se abrem num ranger provocado pelo vento. Confusa, ela agora
não somente chora por medo, mas, observa que suas lágrimas e seus pensamentos,
agora, estão presos nas memórias que construíra com seu antigo namorado,
aparentemente falecido. Percebe que o amava apesar da dificuldade financeira
que enfrentavam; percebe que nessa época, a simplicidade acompanhada por seu
amado, para ela, era o bastante. Chora inconsolável.
–
“Triiim...” – Num pulo, Raquel chorosa pelo complicado sonho que tivera,
desperta ao lado de seu marido na cama. Sorrateiramente, como assim fazia todos
os meses durante os últimos três anos, naquele mesmo dia; a moça ao trocar de
roupas, sai pela porta de casa na ponta dos pés e, se direciona à floricultura
da esquina. Ao abrir sua bolsa de dinheiro, uma foto pequena de seu antigo
namorado se destaca ao fundo; ela respira fundo, compra os mesmos cravos de
costume e, se encaminha a visitar seu, ainda amado, Ricardo.
2) Nome: Luana David Fernandes Maia
Letras Português/ Inglês - 1º período
Olhos Eternos
Observando as crianças, Ricardo relembrou de sua infância. Menino pacato, do interior da França. Num dia comum, perto do riacho, avistou Maria Emília, algo lhe chamou a atenção, seus olhos... seus grandes olhos verdes eram encantadores, se encontrava vida. A partir deste momento tudo mudou, viraram grandes amigos, Maria Emília o amava, mas havia algo que ele não sabia, um segredo tenebroso. Maria Emília era uma jovem e inocente bruxa.
Ricardo aos dezoito anos foi chamado, no lugar de seu velho pai, para a Batalha de Waterloo, em 1815, Ricardo ficou entre a morte e a vida. Maria Emília ficou inconsolável, se deslocou até o cemitério, onde brincavam quando criança, e ao pôr-do-sol arrancou os seus olhos, fazendo com que toda a vida nele existente passasse para Ricardo.
Deste dia em diante, Ricardo viveu não só esta vida como muitas outras, sacrificando ao pôr-do-sol todas as meninas que têm os olhos iguais aos de Maria Emília, como forma de manter viva a alma daquela que não lhe deu somente a vida, mas a imortalidade.
Deste dia em diante, Ricardo viveu não só esta vida como muitas outras, sacrificando ao pôr-do-sol todas as meninas que têm os olhos iguais aos de Maria Emília, como forma de manter viva a alma daquela que não lhe deu somente a vida, mas a imortalidade.
3)
Nome: Rosimar Lessa Ferreira
Matrícula:1401094
Curso: Pedagogia Período: Primeiro Turno: Manhã
Uma Declaração de Amor
Raquel entra em desespero e solta gritos de
horror e pânico, vendo que foi deixada para trás pelo seu verdadeiro amor, sim
ela o amava, porém seu interesse financeiro a separava de Ricardo e a colocava
nos braços de outro.
Ao perder suas forças de tanto sacudir as grades que a prendia naquele
lugar escuro, solitário e assustador, senta-se nos degraus da escada, sujos,
empoeirados, cheios de teia de aranha, para chora desesperadamente, não vendo
nenhuma forma de escapar, da condenação, imposta por Ricardo, era só o que se
passava pela sua mente, morreria ali, de frio, fome, sede, de pavor, não tinha
em suas mãos nenhum fósforo que outrora lhe servia para acender os cigarros,
acabara então o único pontinho de luz que poderia ajudá-la a examinar o seu
cativeiro e possível lugar em terminaria seus últimos dias de vida, então o
cansaço vai lhe vencendo, ela dorme ou desfalece.
Surgi uma voz, muito longe para ela, chamando – a pelo nome “Raquel,
Raquel, Raquel... “ Seria a voz de sua salvação? Ricardo volta e diz que era só
uma declaração de amor, pois ela precisava sentir o mesmo que ele sentiu ao ser
abandonado por ela, ao se declarar, deixa Raquel ir embora, com a certeza que
Ricardo a amava enlouquecidamente e não poderia deixá-la morrer.
4)
NOME: Odilon Ramalho Costa
CURSO: 1º Período de Administração
MATÉRIA: Produção de Texto
Professor: Erivelto Reis
Continuação da história: VENHA VER O PÔR-DO-SOL
Para sempre...
Quando
percebeu que seus gritos por socorro seriam inúteis. Raquel se encostou à úmida
e fria parede e foi escorregando lentamente até seu corpo estender-se por
completo no mórbido chão. Apesar de possuir lindos olhos. O Seu olhar naquele momento
encontrava-se perdido, a condição que Ricardo a submetera. As horas passam e
Raquel observa o que Ricardo havia dito.
A
singeleza da luz do pôr do sol que pela fresta da porta, invadia o ambiente e lentamente
esvaia-se assemelhando a sua esperança
de sair daquela funesta condição. A noite chega, Raquel sente frio. Lá fora o
vento assovia por entre as arvores, deixando a noite mais sinistra. Raquel se encolhe
a fim de aconchegar-se nos seus próprios joelhos. Amanhece o dia. Raquel
somente tirou breves cochilos. O dia foi passando lentamente no ambiente
insólito do lugar. O mesmo ritual se repetia com a luz do sol se afastando
devagarzinho até a ausência da luz. Raquel terá mais uma longa e fria noite.
A
alvorada vem chuvosa. Raquel acorda com sede e fome, já quase desfalecida em fraqueza
e angústia. Ela observa as paredes ao redor. E no instinto de sobrevivência ela
inicia uma voraz refeição aos musgos da parede embolorada. Lá no alto havia uma
janela onde o galho de uma árvore tocava a vidraça, fazendo com que água da
chuva escorresse pela parede. Raquel por sua vez, coloca a sua língua na parede
para reter aquele tão precioso líquido.
O dia vai
passando. É a primeira vez que Raquel sente falta da réstia do sol. Chovia. Ela
não entendia porque ainda estava viva e desejou a morte.
No dia
seguinte certa do seu infortúnio, passou a refletir na sua vida até ali. Relembrou a sua infância e da sua volúvel e
fútil vida que sempre viveu. Chegou até Lembrar quando Ricardo, sem dinheiro, a
levava para um simples passeio na praça. Agora tudo parecia fazer sentido. O
valor das simples coisas da vida entrou em seu consciente como um passe de
mágica. Quantos pôr do sol perdidos! Pensou Raquel.
Por um momento, chegou a sentir saudades de
Ricardo. Chorou até adormecer. Dessa vez Raquel acordou com um som diferente
vindo lá de fora. Era um corvo que bicava a vidraça desesperadamente. Como quem
lhe mostrasse algo. De relance Raquel olhou para a porta que a cerceava, percebeu
que estava entre aberta e saiu rapidamente dali. Subiu as escadas e se deparou
com o portão escancarado. Incrédula, se viu completamente livre.
Ao passar
pelo umbral do portão, observou no chão de areia uma frase escrita
provavelmente com um pedaço de galho seco: “ESTAREI SEMPRE COM VOCÊ. SEM QUE
VOCÊ PERCEBA. PARA NÃO MAIS ME REJEITAR”
Sobre os rabiscos uma rosa azul. Intrigada
olhando ao redor, Raquel pegou a rosa e levou até o nariz. E fechando os seus
olhos deu um longo e suave suspiro. Tempos depois ela soube que Ricardo havia
morrido naquela mesma tarde que a prendera.
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