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Blog para apresentação de textos e desenvolvimento de práticas relacionadas à produção, manipulação, seleção, gerenciamento e divulgação de trabalhos de confecção de textos dos alunos e alunas do Professor Dr. Erivelto Reis, mediador, orientador e coordenador das atividades desenvolvidas no Blog, que tem um caráter experimental. Esse Blog poderá conter textos em fase de confecção, em produção parcial, em processo de revisão e/ou postados por alunos em fase de adaptação à seleção de conteúdo ou produção de textos literários.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Texto: "Em todos nós insopitável Literatura:do início ao fim", e outros dois poemas de João Ricardo

João Ricardo se autodefine:
    “Apenas um universitário apaixonado cuja alma “lítera” correlaciona galáxias de informações de um espaço infinito de acontecimentos da história humana.” 16/5/2018.




Em todos nós insopitável Literatura
Do início ao fim

Fundamentalmente, a literatura possui a função de provocar inquietude na mentalidade humana quanto aos seus aspectos socioculturais; emocionais; espirituais e imaginativos, desenvolvendo a capacidade crítica do indivíduo juntamente com sua criatividade no espaço em que vive, concebendo, assim, uma engrenagem retroalimentar.  

Sendo a curiosidade o cerne da inteligência, pode-se afirmar que o infinito arcabouço de possibilidades fomentadoras do intelecto advindas do processo criativo literário é indubitavelmente o assentamento consistente e correlativo nos processos de desenvolvimento individual desde a tenra idade.   

Eu vi (e vivi), por exemplo, em narrativas infanto-juvenis de cunho moralizante, como em “Fábulas de Esopo”, que o poder da trajetória da linguagem atravessa gerações, sendo objeto de fundamentação da identidade tanto quanto da percepção ética coletiva. As tiradas morais do fabulista grego supracitado inspirou autores icônicos: Heródoto; Platão; Aristófanes; entre outros.

E na literariedade contemporânea nota-se fenômenos editoriais de autoajuda, cuja vendagem retrata a procura imutável da humanidade por respostas na literatura às suas angustias existenciais, opondo-se à lógica mecanizada das necessidades de uma sociedade modernizada, eivada pela rotina labutar que, a partir da própria degeneração, busca recuperar-se através de estudo holístico.

Também amparando a premissa susodita, a obra cinematográfica “Tempos de Paz” delineia a rendição psicoemocional de um carrasco burocrata frente ao lirismo teatral prodigioso do protagonista em um contexto histórico de desumanidade global normatizada na Segunda Grande Guerra. Isto é, a arte tem o poder de fazer até um carrasco por ofício pôr-se a chorar, pois a produção literária tem a função de movimentar a miscelânea aflitiva dos sentimentos vívidos das mentes pensantes que habitam a face desta terra. 

Portanto, quando o Homem nasce, logo terá de construir-se no irrestrito universo de ideias para um dia conviver na agitada coletividade social. Todavia, assim que o corpo fenecer, haverá de recolher-se quase que tão somente às ideias, aos ideais e às lembranças construídas na conclusão da trajetória. E até os tempos atuais, não há mecanismo mais eficiente de ordenação para esta complexidade específica do que a Literatura.   

    
Referências
CARUSO, Carla. Fábula - Quem foi Esopo?. [S. l.: s. n.], [201-]. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/fabula-quem-foi-esopo.htm. Acesso em: 16 fev. 2019.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. "O fenômeno dos livros de autoajuda" é o tema do Ciência & Letras. [S. l.: s. n.], 08/06/2017. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/o-fenomeno-dos-livros-de-autoajuda-e-o-tema-do-ciencia-letras. Acesso em: 16 fev. 2019.
MACIEL, Willyans. Holismo. [S. l.: s. n.], [201-]. Disponível em: https://www.infoescola.com/filosofia/holismo/. Acesso em: 16 fev. 2019.


#publicameutexto


Aluno: João Ricardo Medeiros de Oliveira
Curso: Letras Espanhol 
Período: 5° 


João Ricardo:
"Não aceito críticas 'construtivas' de quem nunca construiu nada!"



Cárcere de Balda
João Ricardo

Pecha vinda de amigo
Pedras na mão
Telhados de vidro
Quanto vale o teu cascalho?

A eles
Minha boca só doçuras
Deles
Cada estilhaço uma amargura

Não tilinta gratidão
Perdeu-se o estender da mão
Que há pouco ofertei

Ataram-me à imperfeição
Sadismo embriagado
Desse amor pouco caprichado.



Por amor às Helenas de Manoel Carlos
João Ricardo
Quero as Helenas sem juízo de valor
E as quero com afeto acolhedor
Enterneço-me diante do brilho
Não sei se como amante ou como filho
Sequer Freud explicaria
Este Édipo perdido
Com espírito ferido
Julgado à revelia
Não serve quiromancia
Seja no passado ou no futuro
Helenas são jogo duro
Ainda que quebrem as taças
Sabem apreciar o licor
Helenas são um brinde indelével ao amor.



  

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