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Blog para apresentação de textos e desenvolvimento de práticas relacionadas à produção, manipulação, seleção, gerenciamento e divulgação de trabalhos de confecção de textos dos alunos e alunas do Professor Dr. Erivelto Reis, mediador, orientador e coordenador das atividades desenvolvidas no Blog, que tem um caráter experimental. Esse Blog poderá conter textos em fase de confecção, em produção parcial, em processo de revisão e/ou postados por alunos em fase de adaptação à seleção de conteúdo ou produção de textos literários.

sábado, 14 de junho de 2025

FAIXA 10 - INTIMIDADE - JOSÉ SARAMAGO - - Poesia Portuguesa MusIcAda - Produzido por Erivelto Reis

Projeto Euterpe, Erato & Erivelto Reis - Poesia Portuguesa MusIcAda (2025)

Idealização e Produção: Erivelto Reis 

Faixa 10 - Intimidade - José Saramago - [No coração da mina mais secreta]

 


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Poemas da Literatura Portuguesa musIcAdos com recursos de IA, visando à formação de público leitor no Ensino Médio. Prof. Erivelto Reis - 2025. Projeto Euterpe, Erato & Erivelto Reis. Idealização, Repertório e Produção: Erivelto Reis Ficha técnica: Imagens criadas com Prompts no Copilot e Gemini: Azulejos portugueses como capas de discos de vinil. A correlação entre a poesia portuguesa e sua materialização através do design dos azulejos que remetem à história e à cultura de Portugal e o vinil como elemento-símbolo da música numa alusão ao tempo outro menos tecnológico e mais artesanal. Prompt para o arranjo: Fado - Voz feminina adulta - Acústico. Divisão da letra do poema para a música: Erivelto Reis Prompt para a letra (interpretação): conversão do poema numa cena em que uma pessoa uma sequência de confissões que se configuram como definições do sentido de intimidade. Edição de áudio: Programa Audacity Produção de vídeo: Programa Canva Poesia Portuguesa MusIcAda - Volume 1 [Março/abril - 2025] (Projeto educacional - audiolivro - sem fins lucrativos) Faixa 1 - Soneto 81 - Luiz Vaz de Camões - Para Gloria Regina Faixa 2 - Soneto - Soror Violante do Céu - Para Cinda Gonda Faixa 3 - Soneto 80 - Luís Vaz de Camões - [Português Brasil] - Para Ângela Beatriz de C. Faria Faixa 4 - Soneto 74 - Diogo Bernardes - Em memória de Luci Ruas e Clécio Quesado Faixa 5 - Autopsicografia - Fernando Pessoa - Em memória de Cleonice Berardinelli Faixa 6 - Poema - Sophia de Mello Breyner Andresen - Para Gabriela Silva Faixa 7 - Todas as cartas de amor - Fernando Pessoa - Para Jorge Vicente Valentim Faixa 8 - Sete Luas - Natália Correia - Para Teresa Salgado Faixa 9 - Arrebatada - Maria Teresa Horta - Para Luciana Salles Faixa 10 - Intimidade - José Saramago - Para Jorge Fernandes da Silveira Intimidade – JOSÉ SARAMAGO No coração da mina mais secreta, No interior do fruto mais distante, Na vibração da nota mais discreta, No búzio mais convolto e ressoante, Na camada mais densa da pintura, Na veia que no corpo mais nos sonde, Na palavra que diga mais brandura, Na raiz que mais desce, mais esconde, No silêncio mais fundo desta pausa, Em que a vida se fez perenidade, Procuro a tua mão, decifro a causa De querer e não crer, final, intimidade. José Saramago foi um escritor português de grande relevância, laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1998. Sua obra é marcada por um estilo único, caracterizado por longas frases, pontuação não convencional e uma narrativa que frequentemente mistura o real e o fantástico com forte crítica social e política. Romances como "Ensaio sobre a Cegueira" e "Memorial do Convento" são exemplos de sua genialidade e capacidade de provocar reflexão no leitor. Saramago é considerado um dos maiores nomes da literatura em língua portuguesa. O poema "Intimidade" de Saramago investiga a busca pela essência alheia através de metáforas evocativas de lugares ocultos e profundos: mina secreta, fruto distante, nota discreta, búzio convolto, pintura densa, veia íntima, palavra branda e raiz escondida. Tais imagens ilustram a dificuldade de alcançar o núcleo íntimo do ser. A pausa silenciosa oferece um momento de contemplação para essa procura. A conclusão revela o anseio pelo toque ("tua mão") e a tentativa de compreender a dualidade entre o desejo e a dúvida ("querer e não crer") em relação à "final, intimidade". O poema aborda a complexidade e a incerteza inerentes à busca por uma conexão profunda, evidenciando a tensão entre o anseio pela união e a consciência das barreiras da individualidade.

 

 

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