Projeto Euterpe, Erato & Erivelto Reis - Poesia Portuguesa MusIcAda (2025)
Idealização e Produção: Erivelto Reis
FAIXA 3 - Soneto 80 - Luís Vaz de Camões - [Alma minha gentil que te partiste]
Acesse:
Poemas da Literatura Portuguesa musIcAdos com recursos de IA, visando à formação de público leitor no Ensino Médio. Prof. Erivelto Reis - 2025.
Projeto Euterpe, Erato & Erivelto Reis.
Idealização, Repertório e Produção: Erivelto Reis
Ficha técnica:
Imagens criadas com Prompts no Copilot e Gemini: Azulejos portugueses como capas de discos de vinil. A correlação entre a poesia portuguesa e sua materialização através do design dos azulejos que remetem à história e à cultura de Portugal e o vinil como elemento-símbolo da música numa alusão ao tempo outro menos tecnológico e mais artesanal.
Prompt para o arranjo: Fado - Pop - uma melancolia contemplativa - voz feminina adulta - Acústico. Português brasileiro
Divisão da letra do poema para a música: Erivelto Reis
Prompt para a letra (interpretação): conversão do poema numa cena em que a saudade e a melancolia marcam a interpretação.
Edição de áudio: Programa Audacity
Produção de vídeo: Programa Canva
SONETO 080*
Luís Vaz de Camões
Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer te
algüa causa a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder te,
roga a Deus, que teus anos encurtou,
que tão cedo de cá me leve a ver te,
quão cedo de meus olhos te levou.
Fonte:
Sonetos, de Luís de Camões
Texto-base:
CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas de Luís Camões. Direção Literária Dr. Álvaro Júlio da Costa
Pimpão.
Texto proveniente de:
A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro http://www.bibvirt.futuro.usp.br
A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo
Permitido o uso apenas para fins educacionais.
Texto-base digitalizado por:
FCCN - Fundação para a Computação Científica Nacional (http://www.fccn.pt)
IBL - Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro (http://www.ibl.pt)
Disponível em: http://web.rccn.net/camoes/camoes/ind...
Agradecimentos especiais à Dra. Maria Teresa Perdigão Costa Bettencourt d'Ávila, herdeira do
Dr. Álvaro Júlio da Costa Pimpão (responsável pela direção literária da obra-base), que gentilmente
autorizou-nos a publicação desta obra.
Este material pode ser redistribuído livremente, desde que não seja alterado, e que as informações
acima sejam mantidas. Para maiores informações, escreva para bibvirt@futuro.usp.br.
"Alma Minha Gentil" é um dos sonetos mais célebres de Luís Vaz de Camões, escrito em um momento de profunda dor e saudade. Acredita-se que o poema tenha sido inspirado pela morte de Dinamene, uma mulher por quem Camões nutria um amor profundo.
Contexto Histórico e Pessoal:
A Vida de Camões:
Luís Vaz de Camões viveu em um período conturbado, marcado por viagens, aventuras e desventuras.
A morte prematura de Dinamene, possivelmente em um naufrágio durante a viagem de volta para a Índia, causou grande dor ao poeta.
O poema reflete a dor da separação e o desejo de reencontro no além-túmulo.
A linguagem emotiva e o simbolismo presente no poema transmitem a intensidade dos sentimentos de Camões.
O poema segue a estrutura clássica do soneto, com duas quadras e dois tercetos, e rimas ricas.
A forma do soneto confere ao poema um tom solene e melancólico.
Temática do Amor e da Morte:
A figura da amada é idealizada, representando a perfeição e a beleza.
A morte é vista como um evento trágico e incompreensível, que causa profunda dor e sofrimento.
Linguagem e Simbolismo:
A linguagem do poema é carregada de simbolismo, com referências ao céu, à alma e ao amor eterno.
O poeta utiliza figuras de linguagem como a antítese e o eufemismo para expressar a complexidade de seus sentimentos.
"Alma Minha Gentil" é um poema que transcende o tempo, tocando os leitores com sua beleza e profundidade emocional. É um testemunho da capacidade da poesia de expressar os sentimentos mais profundos da alma humana.
"Alma Minha Gentil" é um soneto de Luís Vaz de Camões que expressa a profunda tristeza e saudade do poeta pela morte prematura de sua amada, Dinamene. O poema é marcado por um tom melancólico e doloroso, onde o eu lírico lamenta a partida da amada e anseia por reencontrá-la no céu.
Principais características do poema:
Tema: A morte prematura da amada e a dor da separação.
Sentimentos: Tristeza, saudade, melancolia e desejo de reencontro.
Linguagem: Emotiva e carregada de simbolismo.
Estrutura: Soneto com rimas ricas e esquema rimático ABBA CDC CDC.
O poema é dividido em duas partes:
Nas duas primeiras quadras: O poeta lamenta a morte da amada e expressa a esperança de que ela se lembre do amor que compartilharam.
Nos dois tercetos finais: O poeta suplica a Deus que o leve para junto da amada, para que possam se reencontrar no céu.
"Alma Minha Gentil" é considerado um dos mais belos e emocionantes poemas de Camões, e um dos maiores exemplos da poesia lírica portuguesa.
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