Projeto Euterpe, Erato & Erivelto Reis - Poesia Portuguesa MusIcAda (2025)
Idealização e Produção: Erivelto Reis
FAIXA 5 - Autopsicografia - Fernando Pessoa - [O poeta é um fingidor]
Acesse:
Poemas da Literatura Portuguesa musIcAdos com recursos de IA, visando à formação de público leitor no Ensino Médio. Prof. Erivelto Reis - 2025.
Projeto Euterpe, Erato & Erivelto Reis.
Idealização, Repertório e Produção: Erivelto Reis
Ficha técnica:
Imagens criadas com Prompts no Copilot e Gemini: Azulejos portugueses como capas de discos de vinil. A correlação entre a poesia portuguesa e sua materialização através do design dos azulejos que remetem à história e à cultura de Portugal e o vinil como elemento-símbolo da música numa alusão ao tempo outro menos tecnológico e mais artesanal.
Prompt para o arranjo: Fado - Mix - Moderna música portuguesa - influências de áfrica - refrão - dueto - Acústico.
Divisão da letra do poema para a música: Erivelto Reis
Prompt para a letra (interpretação): conversão do poema numa cena em que haja um congraçamento entre Portugal e África através da poesia de Fernando Pessoa.
Edição de áudio: Programa Audacity
Produção de vídeo: Programa Canva
Autopsicografia
Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
"Autopsicografia" é um dos poemas mais conhecidos de Fernando Pessoa, publicado em 1932 na revista Presença. Nele, o poeta reflete sobre o processo de criação poética, a natureza do sofrimento e a relação entre o poeta e o leitor.
Análise:
O fingimento do poeta: No poema, Pessoa afirma que o poeta é um "fingidor", que simula a dor que sente. Essa dor, no entanto, é real, mas transformada em algo diferente através da poesia.
A dor e a poesia: A poesia, para Pessoa, é uma forma de expressar a dor, mas também de transcendê-la. A dor do poeta se transforma em algo que pode ser sentido e compreendido pelo leitor.
A emoção e a razão: O poema também aborda a relação entre a emoção e a razão. O coração, que sente a dor, é comparado a um "comboio de corda", que gira impulsionado pela razão.
A universalidade da dor: Através da poesia, a dor individual do poeta se torna uma experiência universal, com a qual todos podem se identificar.
Interpretações:
O poema pode ser interpretado como uma reflexão sobre a própria natureza da poesia, como um ato de fingir que revela verdades profundas sobre a condição humana.
Pode-se também interpretar o poema como uma forma de Pessoa lidar com seu próprio sofrimento, transformando-o em algo belo e significativo.
A obra também pode ser vista como uma crítica à ideia de que a poesia deve ser uma expressão direta das emoções do poeta.
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