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Blog para apresentação de textos e desenvolvimento de práticas relacionadas à produção, manipulação, seleção, gerenciamento e divulgação de trabalhos de confecção de textos dos alunos e alunas do Professor Dr. Erivelto Reis, mediador, orientador e coordenador das atividades desenvolvidas no Blog, que tem um caráter experimental. Esse Blog poderá conter textos em fase de confecção, em produção parcial, em processo de revisão e/ou postados por alunos em fase de adaptação à seleção de conteúdo ou produção de textos literários.

domingo, 30 de março de 2025

FAIXA 4 - SONETO 74 - DIOGO BERNARDES - Poesia Portuguesa MusIcAda - Erivelto Reis

Projeto Euterpe, Erato & Erivelto Reis - Poesia Portuguesa MusIcAda (2025)

Idealização e Produção: Erivelto Reis 

FAIXA 4 - Soneto 74 - Diogo Bernardes - [Qual caro venda amor um gosto seu]

 




 

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Poemas da Literatura Portuguesa musIcAdos com recursos de IA, visando à formação de público leitor no Ensino Médio. Prof. Erivelto Reis - 2025. Projeto Euterpe, Erato & Erivelto Reis. Idealização, Repertório e Produção: Erivelto Reis Ficha técnica: Imagens criadas com Prompts no Copilot e Gemini: Azulejos portugueses como capas de discos de vinil. A correlação entre a poesia portuguesa e sua materialização através do design dos azulejos que remetem à história e à cultura de Portugal e o vinil como elemento-símbolo da música numa alusão ao tempo outro menos tecnológico e mais artesanal. Prompt para o arranjo: Fado - Medieval - um brado de coragem e autoafirmação - voz feminina adulta - Acústico. Português brasileiro Divisão da letra do poema para a música: Erivelto Reis Prompt para a letra (interpretação): conversão do poema numa cena em que alguém tenha acabado de superar um grande desafio. Comparação de uma desilusão amorosa a um naufrágio que faça com que o sobrevivente, embora se autoafirme, se ressinta pela experiência enfrentada. Edição de áudio: Programa Audacity Produção de vídeo: Programa Canva Soneto 74 Diogo Bernardes Quão caro venda Amor um gosto seu, Quão pouco tarde a pena certa e justa Bem o sabe minh’alma e bem lhe custa, Que por um (que não viu) o melhor deu. Milagre foi por certo escapar eu De mar tão furioso, em fraca fusta: Erro seria agora e cousa injusta, Crer nas cousas d’Amor inimigo meu. Porque nos laços seus outra vez caia, Hora finge, hora roga, hora ameaça, Usa de força, e manhã tudo tenta: Mas não me enganará, por mais que faça: Quem do naufrágio sai a nado à praia, Té na terra se teme da tormenta. Diogo Bernardes, nascido por volta de 1530 em Ponte da Barca, foi um poeta português do Renascimento, cuja obra se destaca pela beleza lírica e pela profunda ligação à natureza, em especial ao rio Lima. Vida e Obra: Influências: A sua poesia reflete a influência de autores clássicos como Virgílio e Horácio, bem como dos poetas italianos do "dolce stil nuovo", como Petrarca. Recebeu também influência de poetas portugueses como Sá de Miranda. Temas: A sua obra abrange temas como o amor, a natureza, a religião e a saudade. O rio Lima é uma presença constante na sua poesia, que lhe valeu o título de "poeta do Lima". Poemas de temática religiosa. Estilo: Cultivou tanto as formas poéticas tradicionais portuguesas, como os vilancetes e as trovas, quanto as formas renascentistas, como os sonetos e as éclogas. A sua poesia é marcada por um lirismo doce e melodioso. Momentos Marcantes: Viveu em Lisboa, onde frequentou importantes círculos literários. Exerceu o cargo de tabelião em Ponte da Barca. Acompanhou o rei D. Sebastião à batalha de Alcácer-Quibir, onde foi feito prisioneiro. Após o seu regresso a Portugal, continuou a exercer funções na corte de Filipe II. Obras Principais: "Rimas Várias ao Bom Jesus" (1594) "O Lima" (1596) "Rimas Várias-Flores do Lima" (1596) Diogo Bernardes é considerado um dos grandes poetas do Renascimento português, com uma obra que celebra a beleza da natureza e a profundidade dos sentimentos humanos. O Soneto 74 de Diogo Bernardes é uma peça lírica que explora a temática do amor não correspondido, um tema recorrente na poesia renascentista. Vamos analisar os principais elementos deste soneto: O soneto mergulha na dor e no sofrimento causados pelo amor não correspondido. O eu lírico expressa a angústia de amar alguém que não retribui seus sentimentos, revelando a frustração e a melancolia que acompanham essa situação. Estrutura e Forma: O poema segue a estrutura clássica do soneto: dois quartetos (estrofes de quatro versos) seguidos por dois tercetos (estrofes de três versos). A métrica utilizada é o decassílabo, comum na poesia renascentista, conferindo ritmo e musicalidade ao poema. O esquema de rimas é ABBA ABBA CDE CDE, seguindo o padrão tradicional do soneto. Linguagem e Estilo: A linguagem é rica em metáforas e antíteses, recursos estilísticos que intensificam a expressão dos sentimentos. A natureza é utilizada como espelho das emoções do poeta, refletindo a melancolia e a tristeza que o assolam. O estilo é marcado pela melancolia e pelo tom confessional. Análise de alguns versos: Os versos iniciais já estabelecem o tom de sofrimento, com o eu lírico lamentando a dor do amor não correspondido. Ao longo do soneto, o poeta utiliza imagens da natureza para expressar seus sentimentos, como o rio que corre sem cessar, simbolizando a sua dor constante. Os tercetos finais intensificam a expressão da angústia, com o eu lírico questionando a razão de tanto sofrimento por um amor não correspondido. Contexto Histórico: A poesia de Diogo Bernardes está inserida no contexto do Renascimento português, um período marcado pela valorização da natureza, do amor e da expressão dos sentimentos humanos. O soneto 74 reflete a influência da poesia petrarquista, que explorava a temática do amor não correspondido e a idealização da figura feminina.

 

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