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Blog para apresentação de textos e desenvolvimento de práticas relacionadas à produção, manipulação, seleção, gerenciamento e divulgação de trabalhos de confecção de textos dos alunos e alunas do Professor Dr. Erivelto Reis, mediador, orientador e coordenador das atividades desenvolvidas no Blog, que tem um caráter experimental. Esse Blog poderá conter textos em fase de confecção, em produção parcial, em processo de revisão e/ou postados por alunos em fase de adaptação à seleção de conteúdo ou produção de textos literários.

sábado, 31 de março de 2012

Algumas Figuras de Linguagem


Os escritores utilizam diversos recursos para fazer literatura. As figuras de Linguagem, por exemplo, são recursos empregados com muita freqüência. Eis algumas figuras de linguagem:
v  Comparação: Consiste em aproximar dois seres pela semelhança, de modo que as características de um sejam atribuídas ao outro. Há sempre um elemento comparativo expresso(como, tal como, semelhante a, que nem etc.)
Ex.:        De repente do riso fez-se o pranto
                Silencioso e branco como a bruma
                                                           (Soneto de Separação – Vinícius de Morais)

v  Metáfora: É uma espécie de comparação implícita, subjetiva, literária entre dois seres, em uma linguagem poética.
Ex.:         Meu coração é um balde despejado
                                                           (Fernando Pessoa)
v  Antítese: Palavras contrárias. Da-se muito nos poemas Barrocos.
Ex.:        Nasce o Sol e não dura mais que um dia,
             Depois da Luz se segue a noite escura,
             Em tristes sombras morre a formosura,
             Em contínuas tristezas e alegria.        
                                        (Inconstância das coisas do mundo – Gregório de Matos)

v  Polissíndeto: Excesso de conectivos.
Ex.:       O menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita, e maltrata. "E sob as ondas     ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o sarcasmo / e sob a gosma e o vômito (...)"
                                                                                    (Carlos Drummond de Andrade)
v  Catacrese: Ausência de uma palavra e utiliza outra. É adotada por não haver outra palavra apropriada.
Ex.:  “Pé da cadeira”. (Não inventaram um termo que associa a cadeira ao chão.)
v  Perífrase: Apelido, Pseudônimo de lugares.
Ex.:      Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil
            Cidade maravilhosa, coração do meu 
Brasil!
                                     (Hino da cidade do Rio de Janeiro)

v  Antonomásia: Apelido, pseudônimo para pessoas.
Ex.:    O rei do futebol( o Pelé)

v  Assonância: Repetição de vogais.
Ex.:    Anule aliterações aliteralmente abusivas
                                       (Manual de redação humorístico - assonância em A)

v  Aliteração: Repetição de consoantes.
Ex.:    "(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas."
                                                 (fragmento de Violões que choram - Cruz e Souza)

v  Antítese: Palavras contrárias. Se da muito no Barroco.
Ex.:      "Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios"
                                                                                                   (Vinicius de Moraes)

v  Paradoxo ou oximoro: Ideias contrárias.
Ex.:       "dor que desatina sem doer"
                                                           (Camões)

v  Hipérbato: Exagero sintático, inversão sintática. Muito usado no parnasianismo.
Ex.:     Ordem direta sintática: suj. + Pred. à Complementos (Verbais (Obj. Dir.) e                                                          Nominais (adjuntos)   à   O correto: Eu fui ao ceará em 1990.  Em negrito         é Obj.   dir. E em itálico é adj. Adv. De tempo. Mas sendo hipérbato fica assim: Em 1990, fui ao Ceará.

v  Hipérbole: Exagero, ênfase.
Ex.:     "Rios te correrão dos olhos, se chorares!"
                                                                                  (Olavo Bilac)

v  Anáfora: Repetição de uma mesma palavra no início de versos seguidos.
Ex.:     Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
                                      (Manoel Bandeira)

v  Prosopopéia, personificação ou animização: Humanizar seres inanimados.
Ex.:      "A Bomba atômica é triste, Coisa mais triste não há Quando cai, cai sem vontade."         
                                                                                   (Vinícius de Morais)

v  Onomatopéia: Grafia de sons, barulhos.
Ex.:      A língua do nhem "Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois dava a sua vida / Para falar com alguém. / E estava sempre em casa / A boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem..."
                                                                                                        (Cecília Meireles)

v  Eufemismo: consiste em "suavizar" alguma idéia desagradável
Ex.:  "Ele vivia de caridade pública" (em vez de "esmolas")
                                                           (Machado de Assis)

v  Pleonasmo ou redundância: repetição de idéias.
Ex.:     "Ó mar salgado, quanto do teu sal
              São lágrimas de Portugal”

                                                  (
Fernando Pessoa
)

v  Metonímia ou sinédoque: consiste no emprego de um termo por outro. Pode ser:
1.      O autor pela obra: Lemos Machado de Assis por interesse. Ninguém, na verdade, lê o autor, mas as obras dele em geral.
2.    Continente pelo conteúdo: Bebi uma garrafa de rum./ Comi um prato de comida.
3.    Parte pelo todo: Os cariocas são sambas e futebol ( Uma parte representa o todo).
4.    Objeto pelo significado: A coroa britânica está em festa.
Ex.:       "Que da Ocidental praia Lusitana" – para designar Portugal
                                                                       (Camões, Os Lusíadas, I, 1)




Por Adeilson S. da Cruz - 3º Período letras/ Literaturas - Grupo 03

UM POUCO DE CLARICE LISPECTOR



FRASES DE CLARICE




                                                   






A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.


O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.


Clarice Lispector é uma romancista, cronista, contista e jornalista. Nascida na Ucrânia e de origem judaica,chegou com a família ao Brasil em 1922,onde estudou e ao longo da vida teve diversos amigos como Fernando Sabino, Rubem Braga entre outros literáros e personalidades.
postado por Heloísa Helena 3° período de literaturas

INTERTEXTUALIDADE ENTRE AS MÚSICAS





“A intertextualidade entre as músicas:” pra que mentir? “De, o” Vadico” e Noel rosa e “Dom de iludir”de Caetano Veloso.
Introdução:
  A palavra intertextualidade significa a interação entre textos, pressupõe um universo cultural e amplo, pois implica na identificação e no reconhecimento de remissões a obras ou a trechos dela.
 Na literatura, a intertextualidade é uma constante, porque cada estilo de época se opõe ao interior e retoma parte da estética passada.
“Vejamos um exemplo de intertextualidade”

Para que mentir?
(Vadico e Noel Rosa)


Para que mentir
tu ainda não tens
Esse dom de saber iludir?
Pra quê? Pra que mentir,
Se não há necessidade
De me trair?

Pra que mentir
Se tu ainda não tens
A malícia de toda mulher?
Pra que mentir, se eu sei
Que gostas de outro
Que te diz que não te quer
?

Pra que mentir tanto assim
Se tu sabes que eu sei
Que tu não gostas de mim?
Se tu sabes que eu te quero
Apesar de ser traído
Pelo teu ódio sincero
Ou por teu amor fingido?











Dom de Iludir
(Caetano Veloso)

Não me venha falar na malícia
de toda mulher
Cada um sabe a dor e a delícia
de ser o que é.
Não me olhe como se a polícia
andasse atrás de mim.
Cale a boca, e não cale na boca notícia ruim.
Você sabe explicar
Você sabe entender, tudo bem.
Você está, você é, você faz.
Você quer, você tem.
Você diz a verdade, a verdade
é seu dom de iludir.
Como pode querer que a mulher
vá viver sem mentir.


   “O poema- canção ‘pra que mentir”?Foi escrito por Noel Rosa em 1934, em parceria com o compositor paulista Osvaldo Gogliano, ”o Vadico”
 A música foi feita para Ceci ,o grande amor de Noel .Dama de Cabaré Ceci chegou a viver um romance com o poeta ,mas mesmo assim não manteve um relacionamento duradouro,pois era uma dama de cabaré.
   Em 1982, Caetano Veloso compôs “Dom de iludir”, estabelecendo uma imaginária correlação dialogal com o poema de Noel. A música de Caetano Veloso mantém um dialogo explícito com o poema canção de Noel. A música, com o poema canção de Noel Rosa, como muitos poemas mantém interação  . O Eu - lírico de “Dom de iludir”ironiza as acusações feitas em pra que mentir”expondo sua ideologia machista.




ENVIADO POR VANESSA CRISTINA SIQUEIRA DA SILVA 6° PERÍODO LITERATURAS
POSTADO POR HELOÍSA HELENA 3° PERÍODO LITERATURAS




CENTENÁRIO DE NELSON RODRIGUES





Vestido de Noiva no CCBB
Montagem celebra 100 anos do dramaturgo Nelson Rodrigues



O Centro Cultural Bando do Brasil presta uma homenagem ao centenário do escritor Nelson Rodriges com uma montagem contemporânea da peça 'Vestido de Noiva'. A trama, dividida entre três planos interligados (alucinação, memória e realidade), narra o trágico amor de duas irmãs pelo mesmo homem. Na produção do Circo de Estudos Dramáticos, uma caixa em forma de octógono foi criada para abrigar a peça. A ideia é transformar a rotunda do CCBB no cabaret de Clessi, ambiente principal da trama.

Uma exposição multimídia ocupará a parte de baixo da estrutura do palco. Durante o dia o público poderá conhecer, por meio de oito telas touch screen, o universo dos anos de 1905 e 1943. Dentro de cada um há informações sobre o teatro, o Rio de Janeiro, as cantoras líricas, o ambiente político e as personalidades que marcaram aquelas épocas. O material é fruto da pesquisa do especialista em teatro Sergio Fontta.

Serviço: 

Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues 
Direção: Caco Coelho 
Coordenador do projeto: Charles Asevedo
Elenco: Vivianne Pasmanter, Renata de Lelis, Sara Antunes, Felipe de Paula, Charles Asevedo, Stela Guz, Alessandro Brandão, Luciana Belchior, Beto Russo, Dai Bomfim e Dai Fiorati - Participação especial: Flavia Pucci e Sandra Alencar.
Duração: (105min). 

Local: Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB - Rua Primeiro de Março, 66 — Centro - Tel. 3808-2020 
Qua a dom, 21h

Ingressos: R$ 6,00 
Classificação indicativa: 18 anos

De 24 de março a 6 de maio


ENVIADO POR VANESSA CRISTINA SIQUEIRA DA SILVA 6° PERÍODO LITERATURAS
POSTADO POR HELOÍSA HELENA 3° PERÍODO LITERATURAS.

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Publicado em 26/11/2011

Centenário de Mário Lago é lembrado com festas no Rio e em São Paulo

Se estivesse vivo, Mário Lago completaria neste sábado (26), 100 anos. Porém, faz dez que ele se despediu deste mundo (em 30 de maio de 2002), deixando uma das obras mais completas da cultura brasileira. Em 90 anos, o carioca atuou como ator, advogado, poeta, radialista e letrista. Paracomemorar a data, uma série de eventos, lançamentos de CDs e um documentário dirigido por Marco Abujamra estão programados. 
É neste sábado de seu centenário que acontece o Projeto Mário Lago – Homem do Século XX e Cordão do Bola Preta, na sede do cordão, no Rio. Na ocasião haverá um baile de lançamento do CD "Folias do Lago", com o Cordão do Boitatá, João Roberto Kelly e Chamom apresentando sucessos de carnavalcompostos pelo artista.
Em São Paulo, a festa está marcada para a próxima sexta-feira, 2 de dezembro, como parte do projeto "O Autor na Praça", na Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima, com exibição de vídeos, música e leituras de textos e poemas, a partir das 19 horas.
Formado em Direito pela Universidade do Brasil, em 1933, Mário Lago era marxista convicto e foi preso sete vezes por razões políticas, em 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969. Inclusive, em 1964, ele teve os direitos políticos cassados pelo regime militar e perdeu as funções que exercia na Rádio Nacional. Uma das últimas participações políticas foi em 1998, quando foi âncora dos programas eleitorais de Luiz Inácio Lula da Silva, que era candidato do Partido dos Trabalhadores, ao qual sempre manifestava apoio e simpatia desde 1989.
As artes surgiram na vida dele aos 15 anos, quando publicou o primeiro poema. Mas a relação profissional veio logo após se formar, quando se envolveu com o teatro de revista. A primeira composição foi "Menina, eu sei de uma coisa", criada com Custódio Mesquita, gravada por Mário Reis em 1935. A parceria obteve o primeiro sucesso três anos depois, quando Orlando Silva gravou "Nada Além". Depois vieram "Ai que saudades da Amélia" e "Atire a primeira pedra", ambas de Mário Lago e Ataulfo Alves; e a marcha carnavalesca "Aurora", parceria com Roberto Roberti, consagrada na voz de Carmem Miranda.
Grande nome do teatro, do cinema e da televisão, Mário Lago atuou em vários clássicos dos diferentes meios. A estreia no teatro aconteceu em 1942, como ator da peça "O Beijo no Asfalto", de Nelson Rodrigues. Na televisão, atuou em telenovelas e minisséries como "Selva de Pedra" (1972), "Pecado Capital" (1975), "O Casarão" (1976), "Dancin’Days" (1979), "O Tempo e o Vento" (1985), "Grande Sertão: Veredas" (1985), "O Salvador da Pátria" (1989), "Barriga de Aluguel" (1990) e "Hilda Furacão" (1998).
Entre os filmes em que participou, estão marcos do Cinema Novo, como "O Padre e a Moça" (1966), de Joaquim Pedro de Andrade; "Terra e Transe" (1967), de Glauber Rocha; e "São Bernardo" (1971), de Leon Hirszman. Também escreveu quatro livros, além de roteiros e argumentos para o cinema, caso de "Banana da Terra" (1939), em parceriacom João de Barro, o Braguinha. Um ano antes de morrer, ele foi enredo da escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz..



 
 

 



Encantos e Paixões®
"Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade". 
 
O verso é um clássico do samba brasileiro – e é de autoria de Mário Lago, 
que antes de ator era um grande compositor e letrista de sambas, 
marchas e foxes. A música, para quem não se lembra, 
o que parece impossível já que clássicos do samba não morrem, é 
Ai Que Saudades da Amélia, de 1942 e gravado pelo grande Ataulfo Alves.
Para reavivar a memória musical, são também de Mário Lago as músicas
Aurora, de 1941,
Nada Além, de 1938, 
Atire a Primeira Pedra, de 1944 
e É Tão Gostoso, Seu Moço, de 1953, entre outras. 
São canções que vão além de meras “musiquinhas”  e
mostram um compositor engajado com o meio social.




Com o desaparecimento do mestre da cultura popular brasileira Mário Lago, perde o
Brasil um dos seus últimos intelectuais em franca atividade. No Brasil da submissão
cultural e da subversão dos valores fundamentais que deveriam nortear os principais
interesses dos cidadãos, a perda de um ativista, advogado, poeta, ator (tragicômico),
jornalista e defensor ferrenho de seus ideais, é algo que nos parece insubstituível. 
Não choram somente amélias e auroras que habitam todos os quadrantes do Brasil,
mas também choramos nós, cultores da arte e do belo, que conhecemos a extensão
deste tipo de perda! 
A precariedade da educação no Brasil, assim como o sucateamento de valores morais
e éticos, em nome de uma “modernidade” que só existe na cabeça dos imbecis 
(veja-se  o enorme contingente de “astros” que emporcalham a televisão brasileira), 
torna simplesmente impossível a reposição de peças preciosas como Carlos
Drummond de Andrade, Tom Jobim e Mário Lago.
Jamais o Brasil terá novamente homens daquela estatura!
Não perdemos apenas Lago, perdemos um grande oceano! Noventa anos é muito
pouco tempo de sobrevivência para um tão grande oceano de intenções e de idéias.
Ele foi criticado por ser comunista e também chamado de machista 
(por causa de sua Amélia). 
Contudo, aqueles que o criticaram são os mesmos que até hoje criticam tudo
quanto não conhecem e não fazem nenhum esforço para conhecer com maior
profundidade. São aqueles que sempre ouvem o cantar do galo,
mas não fazem a menor idéia de onde ele esteja...
Vá, Mário Lago! Vá misturar suas águas com as águas de outros oceanos. 
Pena que o Brasil continuará amargando sua seca. 
Vá, Mario! Aproveite e reze para que um dia as auroras do Brasil 
sejam mais sinceras e que as amélias brasileiras não achem mais
bonito não ter o que comer...  

ROBERTO DE LACERDA




Encantos e Paixões®



DICA DO AMIGO FELIPE MATURANA ESTUDANTE DO CURDO DE HISTÓRIA DA FACULDADE SIMONSEN QUE ACHOU O MÁXIMO A IDEIA DO BLOG.
PUBLICADO POR IONÁRA CARRARO.