Indico a leitura do livro o seminarista por este se encontrar guardado com carinho em minha memória,onde a leitura deste romance me faz interagir tão intensamente com os personagens que a sensação que tenho é a de estar lá naquela época vendo tudo e querendo opinar em tudo.
O seminarista (1872) é um dos mais críticos romances de Bernardo Guimarães, onde percebe-se as críticas severas que o autor faz aos desmandos dos pais na sociedade patriarcal brasileira do séc XIX. Este livro é uma obra contra o celibato clerical o qual o faz permanecer atual.
Esta história conta o despertar inocente de um amor que emociona pelo fato de ter sido proíbido pura e simplesmente para satisfazer o ego de pessoas que derrepente nunca souberam o que é o amor, e mesmo tendo se passado muitos anos o sentimento que existia entre Eugênio e Margarida se manteve intacto.Pra mim o seminarista é uma obra que deveria ser lida por todas as classes sociais, sendo lindo, vibrante e cativante.
BERNARDO GUIMARÃES
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães (ouro preto, 15 de agosto de 1825 — 10 de março de 1884) foi um romancista e poeta brasileiro
Formou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1847, e nesta cidade tornou-se amigo dos poetas Álvares de Azevedo (1831-1852) e Aureliano Lessa (1828-1861). Os três e outros estudantes fundaram a Sociedade Epicuréia. Foi nessa época em que Bernardo Guimarães teria introduzido no Brasil o bestialógico (ou pantagruélico), que se tratava de poesia cujos versos não tinham nenhum sentido, embora bem metrificados. A maioria dessa poesia não foi publicada porque era considerada pornográfica, e se perdeu.
Recordação
Qual berra a vaca do mar
Dentro da casa do Fraga, Assim do defluxo a praga Em meu peito vem chiar. É minha vida rufar, Ingrato, neste tambor! Vê que contraste do horror: Tu comendo marmelada, E eu cantando, aqui, na escada, Lembranças do nosso amor!
Se o sol desponta, eu me assento;
Se o sol se esconde, eu me deito; Se a brisa passa, eu me ajeito, Porque não gosto de vento. E, quando chega o momento De te pedir um favor, Alta noite, com fervor, Canto, nas cordas de embira Da minha saudosa lira, Lembranças do nosso amor!
Mulher, a lei do meu fado
É o desejo em que vivo De comer um peixe esquivo, Inda que seja ensopado. Sinto meu corpo esfregado E coberto de bolor... Meu Deus! Como faz calor! Ai! que me matam, querida, Saudades da Margarida, Lembranças da Leonor!
O anjo da morte já pousa
Lá na estalagem do Meira, E lá passa a noite inteira Sobre o leito em que repousa. Com um pedaço de lousa, Ele abafa toda a dor, E, por um grande favor, Manda ao diabo a saudade, E afoga, por amizade, Lembranças do nosso amor! E caso queiram relaxar visitem o sítio burle marx as visitas acontecem de terça a sabadotel contato:2410-1412
publicado por Heloísa Helena 3° periodo
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