Ricardo ainda fica imóvel durante alguns
segundos em frente ao imenso portão e com um leve sorriso sombrio se afasta
lentamente, acende e traga um cigarro que era de Raquel.
Ela por sua vez cansada de tanto
relutar, adormece, a noite cai fria e chuvosa, Raquel encolhida chora durante
todo o tempo. O tempo passa, o sol por entre as frestas ilumina os olhos
vermelhos e inchados de Raquel e ao por do sol uma surpresa a porta se abre e
lá está Ricardo com um buquê de flores e um cesta recheada de guloseimas,
Raquel assustada fica sem reação, ele age como se nada tivesse acontecido e a
obriga a fazer o mesmo. Um ano se passou e religiosamente a cada por do sol
durante todos os dias Ricardo a visitou, Raquel estava frágil, sua pele gélida,
seus olhos vidrados, já não suportava mais.
Até que um dia Ricardo não levava
somente flores, carregava consigo uma aliança no bolso, chegando ao jazigo que
parecia muito mais abandonado do que já era se desespera ao vê-la morta dentro
do túmulo de Emília, não suportando a dor de perdê-la Ricardo se tranca no
jazigo e joga a chave pela fresta da porta, preferindo morrer ao lado de sua
amada no próximo por do sol.
Thamyres Gonçalves Gomes - 1° Período Português/ Espanhol - noturno
Juliane Luiz de oliveira - 1° Período Português/ Espanhol - noturno
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