Exausta
de tanto gritar e chorar, Raquel sentou-se ao lado de uma lápide e adormeceu,
por certo Ricardo se arrependeria e a tiraria dali pela manhã. Engano seu.
Mais
um dia, um terrível dia, onde a fome e a sede a consumiam. Raquel não era
religiosa, mas rogava a todo e qualquer Deus por socorro. Sentia falta do
cigarro. “ – Maldito hábito”- pensou.
Por
vezes gritou, desesperou-se, chocou-se contra as paredes e a porta, mas as
únicas coisas que conseguiu fora deslocar seu ombro e abrir feridas em seu
corpo.
As
vezes escutava barulhos, escutava as crianças correndo e brincando por perto,
mas por alguma razão ninguém a escutava, era assim então... morreria dessa forma,
sozinha, faminta, sem esperança?
Os
dias foram passando e a fome aumentando, Raquel passou a se alimentar de
insetos que conseguia pegar com nojo e sofrimento, só bebia água das goteiras
quando chovia muito.
Raquel
já não suportava de tão fraca, delirava de tanta fome e sede. Seu corpo já não
tinha a vivacidade de outrora, não havia esperanças e força para continuar a
lutar.
Foi
quando um barulho denunciou a chegada de alguém, era Ricardo, arrependido do
que fizera. Correu de encontro à Raquel, se jogou ao chão, não acreditou na
figura que encontrou. Raquel estava em seus últimos segundos de vida, Ricardo
em prantos pedia para que Raquel não morresse, foi quando em um ultimo suspiro,
Raquel olhou para Ricardo, e disse: Ricardo, eu te amava.
Oficina e produção de texto
Professor: Erivelto
Turma: Ciências Sociais 1º período - noite
Enviado por: Renato Paulo Gomes de Sousa
Rebeca Pashoal
Cassio Juan
Publicado por Ionára 4° Período de Letras/Literaturas
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