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Blog para apresentação de textos e desenvolvimento de práticas relacionadas à produção, manipulação, seleção, gerenciamento e divulgação de trabalhos de confecção de textos dos alunos e alunas do Professor Dr. Erivelto Reis, mediador, orientador e coordenador das atividades desenvolvidas no Blog, que tem um caráter experimental. Esse Blog poderá conter textos em fase de confecção, em produção parcial, em processo de revisão e/ou postados por alunos em fase de adaptação à seleção de conteúdo ou produção de textos literários.

terça-feira, 4 de setembro de 2012


 " Venha ver o pôr do sol "                                                      

....Um baque metálico decepou-lhe a palavra pelo meio. Olhou em redor. A peça estava deserta. Voltou o olhar para a escada. No topo, Ricardo a observava por detrás da portinhola fechada. Tinha seu sorriso meio inocente, meio malicioso.
- Isto nunca foi o jazigo da sua família, seu mentiroso? Brincadeira mais cretina! – exclamou ela, subindo rapidamente a escada. – Não tem graça nenhuma, ouviu?
Ele esperou que ela chegasse quase a tocar o trinco da portinhola de ferro. Então deu uma volta à chave, arrancou-a da fechadura e saltou para trás.
- Ricardo, abre isto imediatamente! Vamos, imediatamente! – ordenou, torcendo o trinco.- Detesto esse tipo de brincadeira, você sabe disso. Seu idiota! É no que dá seguir a cabeça de um idiota desses. Brincadeira mais estúpida!
- Uma réstia de sol vai entrar pela frincha da porta, tem uma frincha na porta. Depois, vai se afastando devagarinho, bem devagarinho. Você terá o pôr do sol mais belo do mundo.
Ela sacudia a portinhola.
- Ricardo, chega, já disse! Chega! Abre imediatamente, imediatamente!- Sacudiu a portinhola com mais força ainda, agarrou-se a ela, dependurando-se por entre as grades. Ficou ofegante, os olhos cheios de lágrimas. Ensaiou um sorriso. – Ouça, meu bem, foi engraçadíssimo, mas agora preciso ir mesmo, vamos, abra…



Ele já não sorria, Estava sério, os olhos diminuídos. Foi quando ele decidiu falar sua últimas palavras para Raquel. 
- Eu sempre te amei e você nunca ... - Ricardo tropeçou em uma pedra e bateu com a cabeça no chão e acabou desmaiando, deixando as chaves cair perto de Raquel, que acabou se soltando.
-  Como eu pude viver ao lado de uma pessoa tão doente... - disse ela para Ricardo ainda desacordado.
Raquel foi embora do cemitério, deixando Ricardo para trás desacordado. Algumas horas depois ele acordou, perdeu a memória e passou a viver no cemitério e toda tarde brincava de roda com as crianças


Enviado por:  Lorena de Oliveira Coutinho Paranhos - 1º Período - Pedagogia

Publicado por Ionára 4° Período de Letras/Literaturas

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