Ricardo, passa próximas as crianças e sorrir para uma delas que o encara, lembrando que aquele moço outrora, estava acompanhado por uma moça de salto e roupas finas. Raquel grita por Ricardo e ao mesmo tempo confusa tenta entender o que esta acontecendo. Porque ele fez isso com ela seria alguma brincadeira... “Sim, sim ele vai voltar” dizia ela... “Aquele cretino, idiota não! Não pode ser louco de me deixar aqui!” esbraveja com lagrimas nos olhos. Ele me ama sempre me amou... Não pode me deixar aqui! Ela olha ao seu redor naquele lugar silencioso, frio e sombrio. Tenta encontrar uma maneira de sair dali. Olha para um resquio de luz e observa a luz do Sol indo embora se apagando aos poucos. O desejo de sair logo dali se mistura com a raiva e o medo de Ricardo não voltar e ela ficar ali para sempre. Não, não isso não pode acontecer. Logo meu marido dará falta de mim e virá me procurar. Por favor, Deus me tira daqui! Porque ele fez isso comigo?”. Começa a escurecer e a angustia começa a deixar Raquel em pânico juntamente com o barulho das arvores e do vento que fazem Raquel, estremecer da cabeça aos pés pensando no que pode sair daquele lugar. Quem sabe algum animal, ou quem sabe, alma penada... "Aí não! Não vou pensar nisso. Enxugando o rosto com seu lenço. Ela começa lembrar o que pode ter feito para que Ricardo lhe fizesse tão mal. Raquel lembra que o amava sim, mas não o suficiente para deixar as mordomias e sua vida de luxo. Ela ainda se encontrava com Ricardo, mas não era a mesma coisa. Ela achava que era melhor do que ele, ambiciosa, esnobe, prepotente. Todos os momentos eram para brincadeiras, prazeres e nada mais. Enquanto ele tinha dinheiro ela o procurava, para satisfazer seus caprichos e desejo depois que ele perdeu o que tinha ela o abandonou e nunca mais o procurou. Mas ela ainda pensava nele, tanto que gostou quando ele reapareceu. “Ele me chamou aqui para conversamos, ele disse que me amava, eu até gostei da idéia de voltarmos a nos encontrar. Foi por isso que eu vim, eu acreditei nele MALDITO!” Raquel certa de que ele pode não voltar começa a pedir socorro, mas em vão quem poderia está num lugar daquele à uma hora dessas? Mesmo assim ela continuava a pedir por socorro, pode ser que alguém ouça. "Socorro, socorro! Mas Só o que ela ouve é o eco dela mesma. A noite demora a passar e a coitada fica cada vez mais exaltar, mas com todo o cansaço ela acaba adormecendo ali. Naquele lugar sujo e frio. Amanhece o dia e Raquel ouve alguns passos. Será Ricardo que voltou? Ela fica com receio e espera. Mas quando sente que os passos ficam distantes. Raquel começa a gritar por ajuda e socorro. E alguém entra na capelinha e encontra Raquel que desesperada e confusa pede para que tire ela dali. “Meus Deus obrigada, obrigada! disse ela aliviada. A criança acabou contando o ocorrido para os pais que viu um casal indo em direção ao cemitério abandonado e o moço voltou sozinho. O estranho é que a moça não era dali ela usava roupas finas e salto alto (o que era incomum por aqueles lados) Os pais da criança desconfiaram foram atrás acabaram ouvindo os gritos de Raquel. Dias depois ela está em sua casa e recebe uma telegrama anônimo. Quem seria? Ela Abre lê as primeiras linhas e chora. Era Ricardo, informando que agora sim ela sentia exatamente o que ele sentiu quando ela o abandonou. Como se ele estivesse sido enterrado vivo, esquecido como um morto. Raquel chora vai sua janela e fica admirando o pôr do Sol, imagina que jamais poderia avistar novamente aquele momento. Ela se debruça na janela e chora compulsivamente. FIM
Envaiado por: Amanda Pereira das Graças 1º período
Letras/Literatura.
Publicado por: Ionára 4° Período de Letras/Literaturas
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