Final Alternativo para o
texto: ELLES,
Lygia Fagundes. Venha ver o pôr-do-sol. In: ______. Mistérios. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1981. p. 203-212.
... Não acreditando no que
Ricardo estava fazendo, Raquel grita dizendo que não o perdoaria nunca pela brincadeira
de mau gosto e que não queria vê-lo mais. Ricardo para por alguns instantes e
volta como se fosse abrir a porta, mas fica parado com a chave na mão perto da
fechadura. Raquel implora para que ele abra a porta, mas Ricardo continua
parado como se estivesse ausente. Por um momento parece que ele estava
arrependido; seu semblante é de desespero, mas seu olhar lânguido quase grita para
que Raquel o entenda. Sua mão acaricia sua bela desesperada e vai embora. –Não
me deixe sozinha, seu cretino! Não me deixe! Grita Raquel com seus olhos,
largando uma enxurrada de lágrimas. Sem mais esperanças de que Ricardo volte e
abra a porta, ela enxuga o rosto e se senta quase se jogando ao chão, repetindo
várias vezes a frase: - Por que ele fez isso? Por quê? Ela olha para os lados,
certa de que não pode fazer mais nada. Um feixe de luz noturna projetada para a
capela pelo entardecer da noite, ilumina uma inscrição. Raquel lê mentalmente
sem acreditar, mas seus lábios deixa escapar o nome do dono da caixa de ossos:
- Ricardo. Nesse momento ela percebe que ali seria seu túmulo eterno com Ricardo,
e que ele era uma energia volátil que passeava pela linha do tempo a procura do
seu amor de geração a geração. Raquel, Maria Emília e outras que ali estavam
são a mesma pessoa... o amor eterno de Ricardo. E os dois se encontraram
materializados em sua espiritualidade.
Enviado por Viviane da Cunha Bertolino
Licenciatura em Pedagogia 1º período-noite
Postado por Ionára Letras/Literaturas
Nenhum comentário:
Postar um comentário