I. APRESENTAÇÃO
Prof. Esp. Erivelto Reis, autor e mediador do projeto
O projeto do blog de Produção Textual Experimental FEUC/Letras 2012.1 nasce como resultado de um anseio de registrar as diferentes experiências que os alunos das FIC, nos Cursos que trabalham com produção textual, Oficina de Produção de Texto (1º período – comum a todos os cursos) e Produção Textual (3º e/ou 4º períodos – Português/Literaturas), e, eventualmente, trabalhar processos criativos ou de interação entre as teorias do texto e sua aplicação na confecção prática desse objeto tátil de percepção de cognição e sensibilização, de reconstrução lúdica e artística, desse registro escrito de um processo de ensino-aprendizagem, que é o texto.
A este anseio por registro, citado anteriormente, somam-se as possibilidades de se trabalhar com uma ferramenta de processamento de texto em ambiente virtual – blog, Facebook, e-mail e sites de pesquisa –, a manipulação do ambiente virtual no desenvolvimento, compartilhamento, seleção de conteúdos, facilidade de acesso, comunicabilidade e interatividade com o texto, enquanto construção e demonstração de sentido, cognição, percepção e aplicação prática de diversas teorias ligadas à leitura, à literatura, à arte, à educação e à produção de texto em suas mais diversas fases.
Em um blog experimental, voltado para as disciplinas que lidam com a produção textual, não apenas o que o aluno produz, como também, a interação com a linguagem da ferramenta utilizada e as linguagens multimídias a ela atreladas, além de preservar o itinerário da pesquisa que ele, o aluno, realiza. Nesse contexto em que a linguagem, o texto, as ferramentas tecnológicas e sua utilização parecem convergir em altíssima velocidade, é preciso que o aluno que trabalhe com a produção textual possa ter autonomia para operar com as diferentes teorias, a revisão da estruturas sintática, semânticas e semióticas dos próprios textos e dos textos e matérias selecionadas para a publicação são levadas em consideração.
Outros aspectos ligados à produção textual nos parecem tão importantes no mundo digitalmente globalizado e, socialmente, em busca de uma convergência de mídia e educação, quanto a organização textual de ideias em parágrafos e capítulos ou em versos e estrofes. Deve-se tentar, ao buscar incentivar o aluno leitor na autoria de seu próprio texto, como forma de favorecer o processo de ensino-aprendizagem quer seja das disciplinas clássicas de formação dos indivíduos, nos mais diversos cursos e nas inúmeras áreas do conhecimento humano, como também, com igual afinco e relevância, possibilitar a velocidade da comunicação, o trânsito livre de informações, o entretenimento, a difusão da arte e da cultura, de forma independente, o lazer, o estímulo à discussão e ao debate de ideias e a notoriedade dos indivíduos, das empresas, das instituições e das organizações que produzem, promovem, compartilham conteúdos em diferentes suportes de mídia, em ambientes virtuais de interatividade e comunicação.
Dar visibilidade ao processo de confecção, seleção de conteúdos e gerenciamento de textos, manipulação de tecnologias, para apresentação e interação pelo aluno-leitor; e ao resultado final destes trabalhos, tem se caracterizado como uma maneira eficiente de valorizar a produção, estimular a investigação sobre o próprio processo criativo e didático-pedagógico; e por processos produtivos análogos, relacionados ao texto, à arte, à educação, à literatura e à cultura. Bem como, tem proporcionado maior interatividade entre o aluno e o mediador da produção textual. Verifica-se ainda, que a convergência com a multimídia, com a linguagem icônica e imagética dos suportes digitais, virtuais e relacionados à internet, como veículo de divulgação dos resultados, tem valorizado sobremaneira os textos produzidos e estimulado aos alunos-leitores para que se tornem, efetivamente, alunos leitores.
Entende-se, como uma vertente agregadora de conteúdo da produção textual, que, ao fim de um processo público de produção, no ambiente virtual e com recursos de correção e orientação acadêmicas, indispensáveis, quanto aos conteúdos teóricos, próprios das disciplinas que lidam com a confecção textual, o aluno pode vir a tornar-se mais crítico em relação aos textos que seleciona e aos que produz; torna-se, ainda, mais responsável ao observar os efeitos lúdicos e cognitivos que geram os textos em si e na comunidade da qual faz parte – academia, família, amigos, trabalhos etc. –, e na comunidade virtual, formada por indivíduos que estejam inseridos no mesmo processo, até o mais remoto indivíduo que venha a acessar e a se sentir motivado a ler, a comentar, a compartilhar a produção textual realizada.
Finalizando essa apresentação, deve-se destacar que o prazer da leitura é algo que não deve se perder de vista e que há necessidade de que o texto produza emoção, cognição, reflexão naqueles que o escrevem e que o leem. Assim, todos os recursos que puderem ser utilizados para favorecer o processo de leitura e escrita não devem ser menosprezados. Da cartilha aos blogs; da poesia ao Facebook; do livro aos sites; da escrita solitária às postagens na internet, escrevamos. E eis que vamos escrevendo o futuro.
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